A Inteligência Artificial (IA) promove mudanças significativas no mercado de trabalho, afetando desde funções simples até as mais complexas. Conforme essa tecnologia se consolida em diversas indústrias, o conceito de emprego é redefinido. Segundo o Fórum Econômico Mundial, 97 milhões de novos postos de trabalho poderão surgir, exigindo habilidades específicas relacionadas à modernidade.
A IA já é realidade no mercado de trabalho
De acordo com o CEO da Seabra Academy, Fernando Seabra, essa transformação está sendo guiada pelas empresas com a noção da necessidade de rápida adaptação ao novo cenário. "A IA transforma nossa forma de atuar e cria novas oportunidades em ritmo acelerado. Não se ajustar a essa realidade é assumir o risco de ser deixado para trás", alerta.
Enquanto as startups avançam rapidamente, as grandes companhias enfrentam o desafio de ajustar suas estruturas para acompanhar essa evolução. Para o executivo, as corporações mais tradicionais precisam acelerar seus processos digitais para se manterem competitivas. "A velocidade será decisiva para a sobrevivência no futuro", ressalta.
Para continuarem relevantes nesse cenário, tanto profissionais quanto organizações devem investir em aprendizado contínuo, desenvolvendo habilidades complementares, como criatividade, solução de problemas e pensamento crítico. "Educação e adaptação serão vitais", afirma o CEO.
A mudança trazida pela IA deve ser encarada como uma oportunidade para transformar o ambiente laboral. "A verdadeira inovação não está em substituir o ser humano por máquinas, mas em criar formas inéditas de colaboração entre ambos. Isso torna as equipes mais eficientes e o negócio aumenta a produtividade", complementa.
Como a IA otimiza o mundo corporativo?
Além da escolha entre o modelo híbrido ou remoto, os cidadãos agora desejam exercer suas atividades de onde for mais conveniente. Esse conceito é conhecido como "anywhere office" e se consolidou de forma ampla. Seja em casa, no escritório ou em movimento, os colaboradores precisam de estrutura com qualidade e recursos.
Logo, é necessário contar com um espaço físico bem equipado, mas também é preciso estar preparado para ações on-line. Essa mudança pode até gerar economia, pois permite a realização de reuniões virtuais e a diminuição de custos com viagens e deslocamentos. “Hoje, as soluções evoluíram das simples chamadas telefônicas. As exigências dos últimos anos levaram essas tecnologias a um novo nível de sofisticação. Mesmo com o retorno aos escritórios, muitas empresas seguem investindo na modernização desses ambientes”, destaca o Digital Workplace Expert da Logicalis, Elvis Marques.
Para proporcionar essa experiência diferenciada, várias funcionalidades, potencializadas pela Inteligência Artificial, estão sendo aprimoradas e já são amplamente encontradas, como:
- Redução de ruídos e melhoria do áudio: é possível filtrar ruídos indesejados e aprimorar a qualidade sonora.
- Ajuste automático de câmera: a IA ajusta o enquadramento da câmera automaticamente para focar no participante falando.
- Reconhecimento facial e contagem de participantes: os sistemas identificam rostos e contam automaticamente o número de pessoas presentes na sala, auxiliando no gerenciamento do espaço.
- Comandos de voz para interação com dispositivos: o usuário inicia reuniões com comandos de voz, sem necessidade de manusear controles físicos.
- Legendas e tradução simultânea: legendagem em tempo real, convertendo a fala em texto instantaneamente, além da tradução simultânea, facilitando a comunicação em diferentes idiomas.
- Transcrição de reuniões com identificação do orador: transcrições detalhadas e pesquisáveis das reuniões.
É preciso ter cuidado com o uso da IA
Se antes, o volume de informações e demandas tecnológicas já causava ansiedade e sobrecarga, agora a preocupação com a perda de empregos e a necessidade de acompanhar as rápidas inovações aumentam esse cenário. Caroline Garrafa, especialista em neurociência observa as mesmas dificuldades em milhares de pessoas: insegurança, estresse crônico, desmotivação, necessidade de adaptação, pressão por resultados, dificuldades de comunicação e falta de liderança. “Esse ambiente tem contribuído para o crescimento de problemas como depressão, ansiedade e burnout”, alerta.
Para ela, as empresas podem ter um papel essencial ao implementar programas de desenvolvimento pessoal para seus colaboradores. “Essas práticas promovem o bem-estar dos colaboradores, geram maior retorno financeiro e aumento de produtividade para as próprias organizações.Embora muitas funções tenham sido automatizadas, a maioria delas são de caráter técnico. A IA ainda não consegue replicar certas qualidades intrínsecas ao ser humano, como criatividade, empatia, capacidade de liderança, negociação e habilidades sociais", explica Caroline.
Segundo a especialista, a questão central não é evitar a tecnologia, mas integrá-la de forma inteligente. “A Inteligência Artificial já faz parte da realidade e deve ser usada para otimizar tarefas, aumentar a eficiência e fornecer dados e insights para a tomada de decisões. O segredo está no equilíbrio”.
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