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RH é responsável pela carreira e felicidade dos colaboradores? 

Notícia | 12/11/2024

Carolina Amaral

A gestão de pessoas tem se tornado um campo cada vez mais estratégico dentro dos negócios, sendo um dos grandes debates relacionado ao impacto do RH no crescimento e alegria dos liderados. Esta questão abre um leque de discussões sobre a eficácia das políticas de gerenciamento, o efeito das iniciativas organizacionais e como elas influenciam a marca como um todo.

 

Manter e gerir talentos: um desafio para o RH

Segundo pesquisa da Ticket,  ter uma perspectiva de crescimento profissional é um fator importante para 34% das pessoas optarem por permanecer ou mudar de emprego. Ainda, para 25% dos 1.700 entrevistados, o salário é o segundo aspecto mais relevante e o ambiente de trabalho ocupa a terceira posição, com 24% das menções.  “Para incentivar talentos, pode-se adotar estratégias como trabalhar junto às lideranças para criar PDIs desafiadores e alinhados aos objetivos; discussão de desempenho de maneira construtiva; acesso a cursos e outras formas de aprendizado; mobilidade interna, mostrando haver caminhos para o crescimento; e a implementação de um sistema de recompensas, valorizando a contribuição individual”, indica Yolanda Brandão, gestora de treinamento e desenvolvimento do Nube.

 

O profissional no controle da sua carreira

O mundo passou por alterações bruscas nos últimos tempos, afetando o funcionamento da sociedade. Assim, hoje, há uma forte diversidade geracional no mercado, com destaque à Geração Z, dos nascidos entre 1995 e 2010. Esse pessoal é responsável por influenciar diretamente as alterações da dinâmica empresarial, valorizando novos vieses e posicionamentos. Dessa maneira, a ideia de permanecer por um longo período em um único emprego não é mais atraente.

Conforme o LinkedIn, 60% dos brasileiros consideraram mudar de ocupação e 20% já estavam ativamente buscando por vagas. Dentre as razões para isso, variavam entre salário (40%) e equilíbrio com a vida pessoal (39%). Dessa forma, o protagonismo da própria carreira é uma responsabilidade do candidato, apesar das campanhas ainda darem um direcionamento. “Essa é uma construção do profissional, levando em conta seus valores, desejos e perspectivas para o futuro. O plano é uma criação única, muito pessoal e feita quase artesanalmente. Todavia, as áreas de desenvolvimento podem contribuir muito e empresas com políticas relacionadas tendem a ser entendidas como foco para se atuar”, explica a gestora.

Ela lista, ainda, algumas ações possíveis nessa circunstância:

  • Criação de ações promovendo o aperfeiçoamento, como feedbacks frequentes, avaliações de desempenho e táticas de aprimoramento individual;
  • Oferecimento de treinamentos e workshops para preparar os colaboradores para novos desafios. Além disso, benefícios a fim de subsidiar a educação formal está indicado entre os dez benefícios mais buscados, segundo a pesquisa Benefícios 2024, da Robert Half.
  • Programas de mentoria para ajudar na identificação e alcance dos objetivos;
  • Promoção de processos seletivos internos transparentes e competitivos, promovendo mais mobilidade e possibilidades de ascensão.

 

Práticas de sucesso para o setor de recursos humanos

Tendo em vista o contexto, mecanismos como avaliações 360 chamam a atenção, contribuindo com competências técnicas e comportamentais. Ainda, tais ferramentas se mostram interessantes para gerar relações de confiança e bem estar. “A felicidade do time está profundamente ligada à atuação do RH, pois o setor tem como missão fomentar um ambiente de trabalho saudável. Isso inclui desde políticas de saúde mental até uma cultura corporativa inclusiva e justa”, analisa. 

Desse jeito, a área de recursos humanos tem efeito direto na qualidade de vida, ao implementar práticas de equilíbrio entre saúde mental, física e emocional. Dentro do contexto corporativo, constrói um convívio de respeito e reconhecimento, além de manter canais de comunicação, dando liberdade aos membros para expressar preocupações e sugestões. “O departamento desempenha um papel fundamental na formação de líderes, dando os recursos necessários para a construção de habilidades. Algumas atitudes ainda incluem projetos de treinamento direcionados; mentoria e orientação com o compartilhamento de experiências; e identificação de possíveis gestores, dando chances de capacitação”, finaliza Yolanda.

Fonte: Yolanda Brandão, gestora de treinamento e desenvolvimento do Nube.
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