Quando se está prestes a adentrar no mercado corporativo, a dica mais comum de se ouvir é escolher uma área onde se sinta bem e goste do trabalho. No entanto, é realmente possível ser feliz nesse meio? A motivação e engajamento dos colaboradores se tornou um tópico recorrente nos últimos anos para as empresas, trazendo discussões acerca do assunto. Entenda mais sobre o cenário e como as instituições podem contribuir nesse processo.
A felicidade como pauta fixa no futuro do trabalho
Apesar da onda de debates acerca da construção de um espaço positivo para a atuação laboral, o assunto deixou de ser uma tendência passageira para se tornar uma questão estabelecida firmemente, trazendo urgência à implementação. Esse senso de importância se intensificou com a pandemia, quando a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022. Outros dados também se destacam nesse cenário, como o fato de problemas nesse viés retirarem, aproximadamente, um trilhão de dólares da economia mundial a cada ano.
“Qualidade das relações define a felicidade. As pesquisas têm demonstrado como a grande maioria dos empregados tem menos de cinco indivíduos com bom relacionamento. Para transformar essa situação é preciso de mais tempo de conexão”, pontua Vinicius Kitahara, fundador da Vinning. Essa atitude ainda rende ótimos frutos para os negócios, com um aumento na produtividade de até 31% consoante a Harvard Business Review, e 44% na retenção, de acordo com a Gallup.
O papel da entidade na cultura de bem estar
Segundo a 4ª edição do “Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho”, um estudo da The School of Life, 95% dos liderados e 96% dos líderes creem em uma responsabilidade por parte das organizações na construção do bem estar da equipe e menos de 1% descartam essa existência. Tendo em vista as expectativas apresentadas, é interessante as marcas oferecerem um clima saudável, com treinamento, apoio, acolhimento, disponibilização de recursos para o desenvolvimento pessoal, salário e benefícios compatíveis.
“Às empresas, cabe se manter atentas aos sentimentos, pensamentos, atitudes e emoções de cada um”, opina Diana Gabanyi, CEO da The School of Life Brasil. Nesse quesito, é imprescindível ter em mente como todos os aspectos da vida afetam essa percepção. Para cerca de 18% do total de entrevistados, essa é uma jornada relacionada com o equilíbrio entre ambos, assim como reconhecimento e valorização (18,5%), realização e senso de propósito (23%). “O mais adequado seria buscarmos realização. Tem muita relação com identificação de propósito e nos inspira a viver bem mesmo em momentos adversos, sem a necessidade de sorrir o tempo todo”, complementa.
Entender e auxiliar colaboradores é responsabilidade empresarial?
Na pesquisa, ainda ficou claro como existem pessoas infelizes com sua ocupação, o caso de 28% dos funcionários e 22% das posições de poder. A razão disso pode vir de diversos fatores, como falta de plano de carreira e relações tóxicas. Todavia, permanecem devido a três pontos principais: falta de alternativas melhores, estabilidade financeira e esperança de melhora. “Assim como a fuga de ambientes ruins representa um dos principais motivos para pedidos de demissão, uma cultura positiva pode ser o fator de desequilíbrio na atração de um talento diferenciado ou na retenção de um profissional-chave”, avalia Maria Sartori, diretora associada da Robert Half.
No geral, gestores alinhados com os objetivos e desejos do time, tornam-se embaixadores de contentamento, trazendo satisfação em todos os procedimentos e membros inseridos nas demandas. “O happy hour é importante, o tempo no cafezinho aproxima as pessoas, a escuta por parte da alta liderança inspira. Quando as conexões são cotidianas, as soluções dos problemas também se tornarão”, finaliza Kitahara.
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