Caracterizado como “nativo digital” por seu domínio das soluções tecnológicas, esse grupo nasceu entre os anos 2000 e 2010. Esses estagiários, aprendizes e efetivos estão imersos na dimensão virtual desde o nascimento. Com a transformação digital, essa capacidade se tornou muito valiosa para continuar as negociações on-line, investir nas redes sociais e dentre outros processos organizacionais. Sendo assim, como é a Geração Z no mercado de trabalho?
Dados e estatísticas sobre a atuação da Geração Z
Todavia, diversas corporações têm encontrado dificuldades para lidar com esses jovens por conta de suas características confrontarem outras gerações. Para corroborar essa realidade, o relatório “Tendências de Gestão de Pessoas”, conduzido pelo Ecossistema Great People & GPTW, apontou: 68,1% dos entrevistados dizem ter impasses ao lidar com essa geração.
Entretanto, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), eles correspondem a 32% da população mundial. Só aqui no Brasil, são 47 milhões de pessoas nessa faixa etária, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Desses jovens, 48% são economicamente ativos e fazem parte do mercado de trabalho.
Para contextualizar, Lina Nakata, professora da FIA Business School, aponta mais algumas características. “Essa geração está mais propensa a desistir do seu emprego ao se sentir sobrecarregada e estressada, com a saúde mental afetada, quando percebem como seus valores não estão compatíveis com o pregado e praticado. Eles têm seus propósitos mais claros, evitam trabalhar onde não se preocupam com sustentabilidade ou diversidade, e não querem estar vinculados com corporações antiéticas”, ressalta.
Mitos e verdades sobre a Geração Z no mercado
Segundo Mari Galindo, fundadora da Nice House, existem alguns mitos corriqueiros quando tratamos desse assunto. A especialista nos ajuda a desmistificar. Veja:
1. Falta de compromisso com o trabalho: MITO.
Em geral, são ótimos funcionários e ajudam a alcançar as metas da instituição, focados nas soluções digitais. “A dificuldade de gerir a Gen Z no ambiente de trabalho tem a ver, na maioria dos casos, com mentalidade da outra geração - tal qual o modo como ela interpreta a carreira profissional e, sobretudo, uma tentativa de quebrar os padrões estabelecidos por comunidades passadas, hoje considerados antiquados e obsoletos”, explica Mari.
2. A educação recebida em casa contribui para certas posturas no trabalho: VERDADE.
Por conta das soft skills, muitos recrutadores estão prestando mais atenção nesses novos integrantes. “Algumas questões comportamentais, durante a entrevista e também no ambiente de trabalho, tanto positivas quanto negativas, vêm da educação recebida pelos jovens em casa. Não necessariamente se tratam de características geracionais”, conta.
3. Os jovens preferem o trabalho 100% remoto: MITO.
“A pandemia de Covid-19 acabou impactando a Gen Z de maneira mais severa. Quem procurava emprego desde 2020 já estava sendo apresentado ao modelo home office (ou semipresencial, dependendo do segmento), isso também moldou as expectativas em relação ao mercado como um todo”, aponta. Em 2021, por exemplo, o LinkedIn apontou: 70% da Geração Z acreditava no quanto um distanciamento de colegas de trabalho mais velhos e gestores impacta negativamente a carreira.
Enfim, mesmo a contragosto, essa galera chegou para revolucionar a dimensão empresarial como é conhecida hoje. “Ignorar o potencial deles não é o ideal para nenhuma empresa”, ressalta Mari.
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