Com a pandemia, o trabalho remoto se popularizou pelo mundo, transformando a atuação de empresas e profissionais. Todavia, com o controle da crise sanitária, essa realidade foi colocada em cheque e muitas empresas, atualmente, têm se perguntado sobre as necessidades e benefícios de manter os colaboradores longe da sede física. Dessa forma, consolidou-se um contexto de diferentes modelos de ocupação no meio laboral. Conheça-os agora e saiba qual é a tendência do momento!
Home office: o sonho dos colaboradores
Após o fim do isolamento social, houve uma onda crescente de retorno às atividades presenciais, porém, os liderados têm se mantido relutantes. Segundo dados da 27ª edição do Índice de Confiança Robert Half, 35% das marcas exigiam a presença física diária, enquanto apenas 6% dos contratados preferiam esse modelo. Logo, o esquema híbrido tornou-se perfeito para ambos os lados, resultando em 58% das companhias funcionando dessa maneira e 7% totalmente em home office. De fato, para os trabalhadores, a preferência pela mescla de localizações era a predileta por 77%.
Ainda conforme o estudo, o retorno 100% ao antigo molde levaria 65% dos empregados a buscar um novo emprego. “Para alguns, o ambiente laboral proporciona uma sensação de pertencimento e conexão com a equipe, além de facilitar a troca de ideias e o aprendizado. Ademais, pode representar uma separação mais clara entre vida pessoal e profissional, ajudando a manter um equilíbrio saudável entre os dois aspectos”, comenta Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.
No geral, a flexibilidade, autonomia e bem estar são os maiores motivadores para o desejo de passar um tempo em casa. “Para as empresas, estarem juntos facilita a colaboração e a inovação, promovendo a troca de ideias e a resolução de problemas de forma eficaz. No entanto, muitas não têm nem espaço suficiente para acomodar 100% do time a todo o tempo”, complementa Mantovani. Assim, 11% dos desempregados só aceitariam uma proposta 100% presencial se não tivessem outra escolha.
Uma predileção das empresas ao presencial
Segundo estudo de 2023 da Owl LabsOs, 60% dos líderes expressam preocupação com uma menor produtividade à distância. Em contrapartida, 62% dos contratados afirmaram renderem mais nessas circunstâncias. De fato, em pesquisa do Nube - Estagiários e Aprendizes, dos 14.638 participantes, cerca de 89,93% considera o teletrabalho uma excelente opção. Contudo, a realidade é de uma forte onda de retorno ao presencial. “Existem locais onde o modelo fez diferença nos resultados e, para mim, isso tem muito a ver com o nível de maturidade de cada um”, explica a especialista em carreira, Patricia Y. Agopian.
Logo, é preciso uma avaliação individual em cada espaço. “Existem atuações impossíveis de serem remotas, mas também há o contrário. Estar fisicamente naquele ambiente, junto com outras pessoas, onde tem troca de ideias e energia, faz toda a diferença e isso tem sido percebido por algumas marcas. Todavia, mais uma vez, não se aplica a todos os casos, porque pode acontecer de um colaborador estar fisicamente mas não mentalmente, e, às vezes, pode acontecer pelo simples fato dele ter acordado mais cedo e enfrentado horas de trânsito”, pontua Patricia.
Diante dessa constante evolução e predileção a mudanças, as organizações precisam adotar estratégias proativas para atrair e reter talentos, além de impulsionar os resultados internos. “É importante reconhecer como as situações distintas para se trabalhar não vão agradar da mesma forma. Além disso, nem todos os negócios têm possibilidades de oferecer a escolha aos subordinados. Cabe a cada parte analisar suas necessidades, buscando encontrar um equilíbrio atentando tanto às demandas individuais quanto às exigências corporativas, independentemente do formato adotado”, finaliza Fernando Mantovani.
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