A construção de uma carreira, de fato, não é algo simples. Esse processo exige tempo, dedicação, estudo e, em primeiro lugar, oportunidade. Contudo, o mercado de trabalho ainda carrega em sua cultura, estereótipos ligados ao gênero, principalmente, para as mulheres. Esse cenário tende a reduzir as chances de especialistas ou até mesmo interferir em momentos como a maternidade. Então veja, nesta matéria, a relevância de dar suporte para as mães manterem a sua trajetória com segurança no meio corporativo.
Conheça a participação das mulheres no mercado de trabalho
De acordo com os dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia, em 2023, a taxa de ocupação delas chegou a 47,9%, já a dos homens, alcançou um percentual de 68%. Quando se trata das posições de liderança, o espaço feminino também é reduzido. Conforme mostra uma pesquisa do mesmo órgão, elas ocupavam apenas 39,3% dos cargos gerenciais no país. Em média, essas líderes ganhavam 21,2% a menos quando comparadas aos homens na mesma posição.
A maternidade atrapalha o desenvolvimento da carreira?
O estudo do IBGE mostra como o nível de ocupação das mulheres adultas (entre 25 e 54 anos) é afetado. Em casas com crianças de até seis anos, 56,6% estavam ocupadas. Já em lares sem os pequenos, a taxa sobe para 66,2%. Entre os homens a tendência é inversa, em domicílios com essa presença 89% estão ocupados, contra 82,8% sem as crianças.
Ainda em outra análise promovida pela FGV - Fundação Getúlio Vargas, 50% das mães perdem o emprego depois do início da licença-maternidade. Além disso, após o período, metade delas se distanciam de seus ambientes de trabalho.
Para a advogada, Rosangela Almeida, infelizmente o momento atrapalhou o desenvolvimento de sua trajetória no meio corporativo. “O ganho de responsabilidade e a falta de oportunidade foram barreiras. Isso me impediu de dedicar o quanto gostaria e também percebi uma certa resistência das empresas em contratar quando nossos filhos são pequenos”, revela.
No entanto, para a supervisora de atendimento do Nube - estagiários e aprendizes, Gabriela Soares, também é possível ampliar as suas competências nesse processo. “Depois de me tornar mãe administro melhor o meu tempo e as atividades, tenho um senso de urgência mais apurado e também consigo realizar várias tarefas simultaneamente. Além disso, adquiri mais maturidade e clareza com os meus objetivos. Hoje me vejo uma profissional mais focada”, compartilha.
A rede de apoio é um aspecto fundamental para as mães dentro e fora do mercado de trabalho
O equilíbrio entre o lado corporativo e particular só foi possível com suporte. “Alcancei estabilidade quando minha filha começou a frequentar a creche e tive uma rede de apoio dos meus familiares”, contou Rosangela. Nesse contexto, o auxílio da organização pode fazer a diferença, com uma adaptação mais confortável.
“A política de acolhimento não visa somente ajudar as mães, mas também as entidades. É inegável o potencial positivo dessas profissionais, assim, ambos lados saem ganhando. Uma boa profissional não perde seu talento, muito pelo contrário, ele pode ser ampliado”, reforça Gabriela. Veja algumas ações valiosas para a cultura organizacional:
Licença à maternidade: o regime CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas, concede 120 dias para os casos de parto, adoção ou guarda judicial para adoção e natimorto. Esse tempo pode ser contado antes, ou após o nascimento do bebê.
Apoio da gestão: o apoio da equipe e, principalmente da gestão, faz a diferença no acolhimento da colaboradora. Isso tende a deixar o ambiente mais confortável e seguro, antes e depois do afastamento.
Benefícios: quando a organização oferece incentivos como assistência médica, auxílio creche, horário flexível, uma jornada híbrida, entre outros, fica ainda mais simples conciliar.
Por fim, segundo a advogada, quando existe um sistema bem definido, as chances de desenvolvimento ficam iguais para as mamães continuarem as suas carreiras.
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