De acordo com uma pesquisa, realizada pelo Instituto de Desenvolvimento de Conteúdo para Executivos (IDCE), 80% dos executivos atuantes em médias e grandes empresas reconhecem o networking como estratégico para o mercado de trabalho, mas os novos profissionais não usam a ferramenta de modo eficiente. Sendo assim, entenda mais sobre o assunto e fique por dentro de dicas valiosas!
Conheça o networking involuntário
Segundo André Duek, escritor, palestrante, sócio fundador do Duek Lara Group, da Duek Motorhomes, do 1BRZ Group e ex-CEO (Chief Executive Officer) do Grupo Fórum, a palavra “involuntário” ligada a essa expressão traz algumas dúvidas. “Eu descobri esse termo sem saber”, salientou.
Como o próprio nome diz, é um movimento inconsciente, com o intuito de aproximar cidadãos com fins comerciais. Ou seja, não é baseado apenas em negociações, acontece de forma natural, com interesse genuíno em criar um vínculo e trocar ideias. “Eu nunca fui fã de ficar distribuindo cartão de visitas e participar de eventos”, comenta.
Para explicar sobre esse desenvolvimento, André traz uma história de sua vida. “O porteiro da indústria onde eu trabalhava me conhecia desde pequeno e me chamava de Andrezinho. Quando eu me tornei CEO, ele ainda estava lá e mudou para ‘sr. André’. Eu disse a ele como o conhecia desde moleque e não queria ser apelidado dessa forma. Apenas André bastava. Porém, atrás de mim estava um cliente da empresa e ao entrar na fábrica, foi falar para o dono dela como esse era o tipo de corporação com quem ele gostaria de se relacionar”, destacou.
Desse modo, é algo do seu cotidiano, feito em diversas possibilidades, como uma troca no hall do seu prédio ou com as pessoas envolvidas nas suas histórias de criança. “Cada vez mais o networking tradicional aos poucos está caindo em desuso. Nesse modelo, as pessoas ficam ansiosas em fazer negócio e se conectam com as outras por suas ocupações e não por quem ela é”, apontou Duek.
Consoante ao sócio fundador do Duek Lara Group, infelizmente, nossa sociedade valoriza quem tenha boa performance, mesmo não sendo um ser humano íntegro. “A minha essência, ligada ao networking involuntário, abriu grandes portas para a minha vida profissional e posso dizer: ele tem um poder social transformador”, acrescenta.
Para Roberto Vilela, consultor empresarial e mentor de negócios, também podemos evidenciar a importância no mundo empresarial. “O relacionamento com o mercado, o conhecimento de possíveis parceiros e a presença para tornar você uma referência sempre foi, e continuará sendo, uma das mais certeiras estratégias para o sucesso”, finaliza.
Afinal, segundo uma pesquisa realizada pelo LinkedIn, cerca de 85% das vagas de trabalho são preenchidas através do networking profissional e pessoal. Para corroborar, a Universidade da Virgínia mostrou a diferença entre os experts. Para o professor Rob Cross, 20% profissionais com os melhores desempenhos se destacam não por ter um grande network, mas sim em como eles fazem essas conexões.
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