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Erros de português: 83,5% dos candidatos perdem a sua vaga!  

Notícia | 12/02/2024

Larissa Almeida

O mercado de trabalho é um ambiente de grande competitividade. Nesse sentido, para conquistar a desejada vaga de aprendizagem ou estágio, todas as habilidades são levadas em consideração. Dessa forma, a capacidade de escrever e falar o português corretamente tem um alto impacto para os recrutadores. Então veja, nesta matéria, os dez erros comuns e como corrigi-los e ser um destaque nos processos seletivos. 

Segundo pesquisa, 83,5% dos candidatos perdem a vaga por dificuldades com o idioma! 

Apesar do português ser a língua materna dos brasileiros, as pessoas têm dificuldades em utilizá-la sem erros. Conforme uma pesquisa realizada pelo Nube - Estagiários e Aprendizes, esse é um dos principais motivos na desclassificação dos interessados em uma vaga. A análise do agente de integração foi feita a partir do desempenho de 59 mil  concorrentes. Desses, apenas 16,5% (9.845), passaram adiante. Já os outros 83,5% (49.931) foram desqualificados.

Vitória Ribeiro, analista de recrutamento e seleção do Nube, esclarece a relevância desse aspecto para o meio corporativo. “Erros linguísticos na fala e na escrita comprometem a clareza na comunicação. Isso afeta a imagem de quem emite a mensagem. Em muitas oportunidades, ter essa competência é imprescindível, por isso, gera o descarte do perfil”, relata. 

Por que não usamos o português corretamente? 

Para a orientadora educacional do Centro Paula Souza e professora de português, Taís Rubio, a barreira desse conhecimento surgiu com a cultura do imediatismo. “Na comunicação, a necessidade de passar a mensagem rapidamente, excluiu da rotina a preocupação com a pontuação e acentuação. O auxílio dos mecanismos como corretores ortográficos, a função de áudio entre outras tecnologias, também reduzem a prática da escrita e leitura”, explica a especialista. 

10 erros de gramática: saber o básico pode ser um diferencial! 

Nesse contexto, é normal surgirem questionamentos como: “por que eu preciso saber se o celular corrige sozinho?” ou "eu nem vou usar isso na minha vida”. No entanto, apesar de parecer difícil, a gramática é fundamental, pois trata-se da capacidade comunicativa, logo a sua compreensão é exigida em inúmeras situações, principalmente, no dia a dia laboral. 

Dessa maneira, deixamos os dez equívocos recorrentes no âmbito corporativo e as suas explicações. Confira: 

A gente ou Agente?

A gente, escrito separado, significa nós. Exemplo: ele vai ao parque com a gente

Agente, escrito junto é um substantivo, refere-se uma pessoa em ação. Exemplo: o Nube é um agente de integração. 

Para mim ou para eu? 

Os termos são pronomes pessoais. O para eu é usado quando há função de sujeito e o “eu” é acompanhado de um verbo no infinitivo, o qual indica uma ação. Exemplo: para eu conseguir um estágio preciso me inscrever no site do Nube. 

Já o para mim é usado quando há a função de objeto indireto, ou seja, complementa a oração, pois o mim é um pronome pessoal oblíquo tônico. Exemplo: essa vaga de estágio é para mim

A ou Há? 

O a indica situações futuras ou de distância. Exemplo: daqui a pouco vamos embora do estágio. 

O indica acontecimentos do passado. Exemplo: não atualizo o meu currículo muito tempo. 

Mais ou mas?

O mais refere-se a uma situação com adição. Exemplo: fui em mais uma entrevista. 

O mas é utilizado para justificar algo. Exemplo: fiquei nervoso na conversa com o recrutador, mas consegui passar! 

Esse ou este? 

Este se refere ao tempo presente. Exemplo: esta semana, este mês, este ano. 

Esse indica o tempo passado. Exemplo: esse dia já passou. 

Trás ou traz? 

Trás é um de advérbio de lugar e tem significado de após, depois de, na parte posterior, atrás ou detrás. Exemplo: o gato saiu de trás da árvore e me assustou!  

Traz é uma conjugação do verbo “trazer”. Exemplo: o João sempre traz marmita para o estágio. 

Por que, porque, por quê ou porquê? 

Por que é usado no início de perguntas. Exemplo: por que ele faltou? 

Porque é empregado nas respostas. Exemplo: porque ele estava doente, então não pode vir. 

Por quê vai ao final da pergunta. Exemplo: você não almoçou hoje? Por quê?

Porquê tem o mesmo sentido de motivo, razão. Exemplo: gostaria de saber o porquê não fui aprovado nessa vaga. 

Gerundismo

O gerundismo é um vício de linguagem caracterizado pela troca de um verbo no futuro pelo gerúndio. Essa forma de escrever e, até mesmo, falar, interfere na qualidade da comunicação. 

Exemplo: como posso estar me inscrevendo em uma vaga? (errado). Deveria ser da seguinte forma: como posso me inscrever em uma vaga? (correto). 

Gírias

O emprego de gírias no discurso não é errado. Contudo, no mercado de trabalho, principalmente em uma entrevista, é inadequado. Isso porque trata-se de um ambiente formal. Logo, é de suma relevância ter cuidado para não chamar o seu selecionador de “mano”, por exemplo. 

Pleonasmo

A construção de uma frase com pleonasmo também é considerada um vício de linguagem. Ele é o uso de termos redundantes. Exemplo: vou subir lá em cima (errado). A maneira correta é: vou lá em cima ou vou subir. 

“Para quem não vai se especializar, não é preciso memorizar todas as regras, como decorar os pronomes oblíquos, entre outros. No entanto, a compreensão da gramática é de suma importância para fazer o outro entender, ter objetividade e uma comunicabilidade assertiva”, aconselha a professora Taís. Sendo assim, em caso de dúvida, é possível pesquisar para conhecer ainda mais o português. 

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