Durante uma trajetória profissional existem inúmeras fases, entre elas, a demissão pode acontecer para alguns colaboradores, seja na aprendizagem, estágio ou em um cargo efetivo. No entanto, isso não é uma alternativa negativa, afinal, os objetivos, tanto do contratado, como da companhia, podem mudar ao longo do tempo. Nesse sentido, a comunicação e as condutas devem estar alinhadas, para assim, o acordo não ser prejudicial para ambos. Então veja, nesta matéria, quando é preciso encerrar uma contribuição.
Os desligamentos atingiram um alto nível no Brasil
De acordo com dados da pesquisa sobre offboarding de funcionários de 2023, realizada pelo Capterra, plataforma de comparação de softwares. Cerca de 57% dos trabalhadores de pequenas e médias empresas entrevistados relataram a presença de desligamentos nos últimos 12 meses, compreendendo o período de junho de 2022 a junho de 2023. Da parcela de respondentes, 36% observaram um aumento nessa atitude em suas companhias. Esse procedimento em elevação afeta diretamente o nome e os seus componentes.
Segundo pesquisas, existem motivos recorrentes para ocasionar o processo de demissão
Esse procedimento pode partir de um pedido da companhia ou pelo próprio colaborador, sendo executado por inúmeros motivos. Um relatório do LinkedIn descobriu as principais razões pelas quais as pessoas pedem demissão. Dentre elas, estão a falta de oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional, ausência de reconhecimento, recompensas e o clima de conflitos com gerentes ou colegas de trabalho.
Quando se trata da dispensa pelo contratante, uma pesquisa realizada pela consultoria Hays descobriu as causas utilizadas pelas organizações no instante de demitir os funcionários no Brasil. Segundo a entidade, incluem o desempenho insatisfatório, falta de adaptação à cultura da corporação e comportamento inadequado. Nesse cenário, Flávio Guimarães, executivo de multinacional e fundador da Escalada Corporativa, reforça para os gestores quais aspectos levar em consideração para efetivar o ato. Confira:
O colaborador não performa porque não quer: isso acontece porque esse componente simplesmente não vê propósito na sua posição e, portanto, não há motivação para agir. Muitas vezes essa pessoa se nega a dizer para si mesma não querer mais algo em sua vida e acaba gerando mais problemas. Nesse momento o líder deve ter um olhar atento, desligá-la e, até mesmo, apontar novos caminhos;
O funcionário não se encaixa na cultura organizacional da empresa: para ser líder, é preciso ter claro qual a cultura de sua empresa e onde se deseja chegar. Diante disso, passe a observar cada um e entender se ele tem fit com esses aspectos. Caso você veja alguém desconectado do propósito, é o momento de desligá-lo;
O membro atrapalha o time: esse é um item inegociável, pois estamos falando de caráter, valores morais. Muitas vezes existem pessoas as quais fazem fofocas, criam um ambiente tóxico e podem, eventualmente, satisfazer os demais componentes do quadro. Não hesite em tirar esse tipo de perfil da dinâmica.
A contratação de estagiários é uma ação primordial para reconhecer o talento do seu time por completo
Para as companhias com a intenção de reconhecer todas as etapas de aprendizado do seu aspirante, as vagas de estágio podem ser uma alternativa promissora para verificar se o talento tem um futuro na corporação. Em muitos casos, quem busca essa oportunidade, está iniciando em uma área, ou seja, não tem conhecimento prático sobre o assunto visto na universidade, por exemplo. Por isso, veja três vantagens de contar com essa posição nas equipes:
Moldar um novo profissional com a cultura da empresa: em muitos casos, os candidatos não têm nenhuma experiência profissional anterior, ou até mesmo, contato com o mundo corporativo. Nesse sentido, o gestor tem acesso a um currículo novo, sem o vício de outra organização, interessado e pronto para absorver a cultura da instituição.
Ofertar um plano de carreira: ao oferecer uma especialização por meio do estágio, o estudante pode ficar nessa posição por no máximo dois anos, como determina a lei n° 11.788/2008. Assim, a corporação consegue ponderar o seu desempenho e, posteriormente, oferecer uma admissão baseada no regime CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas. Isso demonstra o investimento no futuro daquele indivíduo, gerando valorização e satisfação.
Acrescentar inovação ao time: os estagiários têm mentes renovadas para o mercado, onde diariamente entram em contato com tendências e veem conceitos frescos na sua instituição de ensino. Além disso, ele entra com muito gás para demonstrar todo o seu potencial e colocar as ideias em prática, promovendo uma transformação na rotina empresarial e também influenciando os demais componentes a entrarem nesse ritmo.
Não perca os seus talentos, invista em employee experience
As desocupações sempre envolvem os dois lados da moeda. Por isso, para as corporações, não basta apenas exigir a ação e inspiração de seus participantes, mas sim, estimulá-la. Nesse cenário, a employee experience, surgiu como um conceito cada vez mais prezado pelos nomes e por quem busca uma inserção laboral.
Conforme aponta um levantamento da Qualtrics, os funcionários com uma vivência classificada como excelente têm 1,5 vezes mais probabilidade de permanecer na empresa e 1,7 vezes mais chance de recomendar a entidade para amigos e familiares. Além desse dado, em outro apontamento, feito pela Glassdoor, 77% dos trabalhadores pesquisados afirmam sobre a cultura organizacional ser relevante na decisão de aceitar um emprego. Logo, as medidas propostas por essa tendência interferem diretamente nos níveis de turnover.
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