A gestão financeira é um dos pontos a serem priorizados quando um empreendimento começa a sair do papel. Ter o controle de tudo torna o fluxo de capital organizado e possibilita o crescimento da firma. Essa demanda é imprescindível em diversas vertentes, seja no início, para gerar uma estabilidade, quando a longo prazo, para manter essa situação, prevenindo gastos inesperados e evitando dificuldades.
Dessa maneira, um local precisa de um fluxo de caixa saudável para manter a fluidez dos processos. Sem isso, é inviável arcar com os pagamentos necessários, prejudicando a todos os envolvidos, desde os fornecedores até os colaboradores. Assim, fica clara a importância do assunto, o qual impacta na vida de estagiários, aprendizes e profissionais em geral. Fique por dentro do tema agora!
O impacto dos pequenos negócios no Brasil
Os pequenos negócios estão cada vez mais presentes na economia brasileira. Conforme uma estimativa feita pelo Sebrae, metade da população é impactada direta ou indiretamente por eles, seja MEI ou MPE. Ao todo, segundo o estudo, são 95 milhões de pessoas. O número é cerca de 10% maior ante o detectado em 2021, quando foram estimados 87 milhões de brasileiros beneficiados. “São pessoas as quais se sustentam e movem a economia por meio dos recursos gerados por esses estabelecimentos. Por isso, é tão essencial a execução de políticas públicas beneficiando esse segmento, um dos caminhos para o Brasil deixar de fazer parte, mais uma vez, do mapa da pobreza e caminhar para a geração de renda e emprego”, comenta o presidente do Sebrae, Décio Lima.
Considerando os ativos com essa atividade como sua única fonte de renda, juntamente com seus familiares, chega-se à marca de 39 milhões de brasileiros relacionados. Ademais, indiretamente falando, há outros 56,1 milhões de sujeitos, grupo composto por funcionários (18,3 milhões) e suas respectivas casas. “O empreendedorismo é o caminho adotado por milhões de indivíduos em situação de vulnerabilidade mas, muitas vezes, não sabem como formalizar e impulsionar o seu negócio”, ressalta Lima. Nesse sentido, o número divulgado pelo levantamento poderia ser ainda superior, se levando em conta as circunstâncias informais.
Invista em um bom planejamento de dinheiro
Como um todo, o controle financeiro precisa ser a prioridade em qualquer marca, pois justamente a má administração, é responsável pelas crises internas. Conforme o Sebrae, 17% dos negócios fecham as portas por falta de planejamento, enquanto 59% afirmaram focar nessa logística somente após o sexto mês de atuação. Nesse contexto, para evitar uma taxa de mortalidade institucional, é crucial um manejo minucioso sobre o dinheiro circulado. “Se estabilizar como uma pequena empresa é um desafio, ainda mais se o mercado de atuação for abrangente. Um dos primeiros passos para começar a ter êxito é priorizar o controle financeiro, ter um objetivo de crescimento, fazer os investimentos necessários e desenvolver a organização de forma mais adequada.” afirma Rafael Somera, CEO da Solutudo.
Pensando na relevância da temática, Somera dá quatro dicas para alcançar o sucesso nessa questão:
- Determine gastos e metas: criar uma margem de perdas e ganhos a partir das análises monetária e das oportunidades de crescimento é um jeito de aumentar o progresso;
- Crie uma reserva: em momentos de crise, é fundamental estar preparado. Com um fundo guardado, garante-se um amparo em meio a um desequilíbrio no orçamento;
- Invista: faça o capital render, realize aplicações vantajosas, rendendo um bom retorno;
- Tenha um fluxo de caixa: acompanhe toda a quantia de entrada e saída, enxergando bem a situação e auxiliando na tomada de decisões.
Cuidado com o capital financeiro é um ponto de atenção
O endividamento acarreta em transtornos indo além das dificuldades para obtenção de crédito, pois cria um ciclo vicioso impactando negativamente em outros aspectos da vida pessoal. Todavia, quando se está à frente de uma corporação, além da responsabilidade individual, há incumbências gerais relacionadas, como o futuro desse ambiente. De acordo com uma análise realizada em abril de 2023 pelo Serasa, o Brasil conta com quase 72 milhões de cidadãos em situação de inadimplência, representando um acréscimo de 732 mil novos em relação ao mês anterior.
Diante deste cenário desafiador, é crucial tomar medidas para planejar a quitação das parcelas em atraso e acabar com as contas no vermelho. Com o objetivo de oferecer suporte nesse processo, Edemilson Koji Motoda, diretor do Grupo KSL, apresenta alguns pontos de alerta nessa trajetória rumo à organização e recuperação do equilíbrio. Conheça algumas dicas para reconquistar a estabilidade nesse sentido:
- Anote tudo: registrar as despesas em uma planilha ou caderno é uma prática essencial. Ao escrever as contas fixas e variáveis, ganha-se maior consciência sobre como está sendo utilizado o montante;
- Tenha controle: antes de se envolver em novos gastos, é significativo manter em dia os já em andamento, evitando atrasos os quais geram cobranças de multas e juros. É aconselhável entrar em contato com o credor e buscar uma negociação, sempre garantindo um encaixe das parcelas do novo acordo no orçamento, mesmo caso isso exija um esforço extra durante um período específico;
- Equilíbrio é tudo: defina as prioridades e faça um planejamento para manter os ganhos acima dos gastos;
- Crie metas: estabeleça objetivos para curto, médio e longo prazo. É essencial definir propósitos atingíveis e de impacto positivo, mas lembre-se sempre dos prazos;
- Discipline-se: para manter tudo sob controle diariamente, é essencial se organizar, mas manter o condicionamento ainda tem forte potencial nessa jornada.
Manter as contas pagas e ter o nome limpo não deve ser uma opção, é indiscutível para a abertura de novas linhas de créditos, financiamentos e a prosperidade de uma entidade. A saúde financeira em dia também é uma forma de cuidar da mente, evitando o estresse e todas as consequências causadas com a desorganização.
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