Nos últimos anos, a saúde mental é uma preocupação cada vez mais presente nas discussões sobre bem-estar e qualidade de vida. O ambiente de trabalho, muitas vezes, pode ser tanto um local de crescimento e realização quanto uma fonte significativa de estresse, impactando diretamente no aspecto emocional de executivos, funcionários, estagiários e aprendizes.
O ritmo acelerado dos dias atuais, juntamente com as demandas constantes e a busca pela produtividade, podem levar a níveis alarmantes de irritação, ansiedade e esgotamento entre os colaboradores. A pressão para cumprir metas, a conectividade por meio de dispositivos digitais e a sensação de estar sempre disponível comprometem os limites entre as esferas pessoal e profissional, prejudicando o equilíbrio necessário.
Além disso, a falta de apoio emocional e psicológico por parte das empresas contribui para uma piora nesse assunto. Vários locais não oferecem recursos para lidar com o tema e isso resulta em problemas como depressão e Burnout. A cultura organizacional desempenha um papel crucial, pois promover o respeito pelas pausas, a comunicação aberta e a flexibilidade tende a criar um clima mais saudável.
A relação entre o fator emocional e a produtividade é evidente. Indivíduos sobrecarregados têm menor capacidade de concentração, tomada de decisões e criatividade, afetando diretamente a qualidade das atividades. Investir em programas de conscientização não é apenas uma ação socialmente responsável, mas também uma estratégia inteligente para melhorar o desempenho da equipe e a retenção de talentos.
Os integrantes devem ser encorajados a reconhecer seus próprios limites e a buscar ajuda quando preciso. O estigma em torno dessas questões ainda é um desafio a ser superado, mas o debate está crescendo. Existem algumas opções para o mundo corporativo, como as sessões de aconselhamento, palestras educativas e momentos de lazer. Logo, cada líder deve ficar atento e adotar as melhores medidas para seu negócio.
Vários trabalhadores têm problemas emocionais
Segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, os distúrbios psicológicos figuram como as principais razões para o afastamento laboral no país. Esse problema tem se infiltrado cada vez mais nas diretrizes internas de numerosas companhias e essa tendência é motivada por um dado alarmante. Conforme demonstrado no estudo "Uma análise profunda da saúde mental nas instituições empresariais brasileiras", conduzido pela Vittude, 33% dos entrevistados revelaram a presença de algum tipo de transtorno em níveis severos ou extremamente severos. Esses números ressaltam a necessidade premente de ter cuidado e proporcionar apoio e acolhimento.
Entre as condições examinadas, destacam-se a ansiedade, depressão e estresse. A aplicação de avaliações psicométricas permitiu a obtenção dessas informações alarmantes, reiterando a urgência de focar nesse âmbito. “Quando a organização tem essa preocupação, ambas as partes saem beneficiadas”, comenta a terapeuta, Madalena Feliciano. Diversos elementos têm potencial para impactar esse campo, desde sobrecargas de tarefas até relações interpessoais desfavoráveis.
Investigações conduzidas pela Universidade Roosevelt e pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts também enfatizam a relevância dos vínculos corporativos. Embora 80% dos gestores reconheçam as contribuições de seus times, apenas 20% dos subordinados se sentem reconhecidos. Ademais, um ambiente tóxico pode ser dez vezes mais prejudicial na rotação de pessoal se comparado a insatisfação salarial. A seguir, Madalena compartilha algumas abordagens com o objetivo de melhorar essa situação dentro das instituições:
Disponibilizar serviços de apoio social e emocional: tais serviços podem incluir consultas com profissionais de psicologia e assistência social, grupos de apoio e programas de atenção plena.
Cultivar um equilíbrio entre o emprego e a vida pessoal: horários flexíveis, teletrabalho e períodos de descanso são algumas alternativas. É crucial ter tempo para dedicar a si próprios e às suas famílias.
Investir na formação e capacitação dos líderes: os comandantes devem saber como lidar com essas adversidades. Todos os integrantes precisam se sentir resguardados e acolhidos.
Promover um ambiente de trabalho positivo: é imprescindível incentivar a colaboração, o respeito mútuo e a conexão da equipe.
Estimular a prática de atividades físicas e recreativas: atividades como ginástica laboral e grupos de corrida são bastante adotados. Paralelamente, é interessante disponibilizar passatempos e viagens.
Burnout se tornou um grande problema
De acordo com levantamento da Way Minder, há uma prevalência significativa do Burnout no Brasil. Essa síndrome, inclusive, foi oficialmente categorizada como uma doença relacionada ao trabalho pela Organização Mundial da Saúde - OMS, em 2022. As áreas mais atingidas são Recursos Humanos (43), Vendas (42,11), Educação (42,1), Liderança (40,43), Administração (38,38) e Tecnologia da Informação (36,61). Esses índices, quando ultrapassam a marca de 30, indicam o estágio moderado, mas acende um alerta tanto para os usuários quanto para as contratantes, incentivando a monitorização dos sentimentos e a implementação de estratégias para diminuir esse valor. A classificação varia entre nulo (0 a 18), baixo (19 a 32), moderado (33-49), alto (50-59) e grave (60-75).
Entre os potenciais fatores contribuintes mencionados estão: intenso envolvimento emocional, dificuldades de comunicação, decisões equivocadas, queda na produtividade e aumento das ausências. "As entidades estão adotando medidas e ferramentas para minimizar os efeitos negativos dessa condição aos negócios", destaca o CEO da Way Minder, Deivison Pedroza.
Ainda, a maior preocupação está entre os executivos de alto escalão, como diretores e sócios (44,41). Enquanto lideranças como gerentes e coordenadores registram uma pontuação de 37,43, sub gerentes e supervisores alcançam 39,47. Os membros da Geração X (nascidos entre 1965 e 1979), muitas vezes associados a práticas mais convencionais e busca por estabilidade, exibem as taxas mais elevadas (48,83).
Quando o estresse se torna crônico, ou seja, contínuo e intenso, pode resultar em exaustão, despersonalização e diminuição do desempenho. O Burnout é uma questão mais complexa e agravada, podendo ter sérias implicações para os cidadãos. "A situação afeta não apenas o indivíduo, mas também quem está ao seu redor. Diante desses fatos, é crucial um movimento para reverter o panorama atual", observa Pedroza.
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