Já a algum tempo, o salário não é o único fator decisivo para as pessoas permanecerem ou aceitarem um novo cargo. Com diversas mudanças de hábitos, compromissos e prioridades nos últimos anos, os trabalhadores têm procurado posições com um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, além de outros tipos de vantagens dadas pelos líderes. Essa questão afeta a vida de estagiários, aprendizes e profissionais no geral. Nesse sentido, se manter a par dessa nova mentalidade acerca da população é essencial para chamar a atenção dos melhores candidatos. Faça isso agora!
A mentalidade do trabalhador mudou
Um levantamento do Instituto Ipsos mostrou como 61% das pessoas buscam bem-estar no ofício, em especial sob a forma de cuidados com saúde mental e física ou na prevenção do Burnout, deixando claro como as coisas mudaram. “O trabalhador e suas necessidades estão no centro de tomadas de decisão de gestores de RH, ganhando um papel cada vez mais estratégico nas empresas. Por isso, é importante estarem atentos a essas transformações para oferecer os benefícios mais atrativos para uma nova geração de colaboradores”, comenta Jéssica Silva, psicóloga da 3778.
Esse movimento das organizações reflete uma mudança de comportamento da sociedade, a qual, cada vez mais, valoriza a flexibilidade e a diversidade, algo muito latente após a pandemia. Assim, alguns pontos tendem a ser mais populares por diversas razões. Conheça mais deles:
- Cuidados com a saúde mental: uma pesquisa realizada entre os clientes da 3778 apontou 78% dos afastamentos médicos de 2021 e 2022 por transtornos psicológicos. Infelizmente, a ocupação pode ser uma fonte de estresse, ansiedade e outras condições. Por isso, muitos indivíduos se atentam a essa questão. “Essa preocupação é uma bandeira já consolidada deste século. Por isso, criar políticas e estratégias para cuidar dos colaboradores passou a ser pré-requisito, em muitos casos. A promoção de atividades físicas e meditação, a oferta de acompanhamento psicológico, a promoção de um ambiente saudável e programas periódicos de treinamento são alguns exemplos”, explica Jéssica.
- Tempo livre: a busca pelo equilíbrio entre a casa e o escritório está em alta e é um grande desafio. Hoje, já se fala muito da semana de quatro dias, um modelo o qual proporciona mais períodos para se dedicar a si mesmo. A Microsoft testou esse modelo por cinco semanas e apontou um aumento de 40% na produtividade, maior satisfação entre os funcionários e redução de diversos custos. “Este tipo de estratégia pode ser uma das soluções para os funcionários não sintam estarem dedicando todo seu tempo ao trabalho”, comenta a especialista.
- Educação financeira: desorganização e falta de dinheiro causa um estresse significativo e impacta diretamente no rendimento. Conforme uma pesquisa realizada pelo Serasa em parceria com Opinion Box, 86% das pessoas com dívidas relataram dificuldades em dormir, 74% enfrentavam desafios para se concentrar nas tarefas diárias e 61% tiveram crises e ansiedade ao pensar no problema. Por isso, é crucial as firmas, por meio do setor de recursos humanos, pensar em proveitos visando ajudar seus contratados a minimizar os danos.
Benefícios além do salário destacam uma empresa
O ramo de benefícios cresceu muito em 2022. Essa afirmação foi confirmada pelos dados do Guia Nacional de Benefícios 2022, realizado pela Swile, em parceria com a Leme. Lá, ficou claro como 44% das entidades entrevistadas já oferecem esse tipo de oferta aos seus subordinados e 23% pretendem adotá-lo futuramente. Todavia, para ter sucesso nessa implementação, alguns quesitos devem ser observados com assertividade, segundo a entidade:
- Reveja a sua estratégia: é essencial avaliar o ofertado hoje e se isso atende realmente as necessidades. O caminho para entregar as melhores possibilidades aos funcionários é a adoção de diferentes categorias para cada local escolher de acordo com sua precisão. São eles: alimentação, refeição, mobilidade, educação, saúde, home office, e premiações e incentivos.
- Ouça os seus colaboradores: para trazer a liberdade buscada, é imprescindível um canal de escrita. Logo, ouça seus subalternos, visando entender suas preferências. “Desenvolver essa habilidade no meio corporativo pode colaborar com a saúde mental, consequentemente contribuindo com a produtividade, o clima organizacional, diminuição do turn over e direcionar a companhia para melhores resultados”, explica a fonoaudióloga Ingrid Gielow. Dados recentes, citados no e-book "Benefícios Corporativos: insights, tendências e segurança jurídica" da Swile, mostram como 63% da parcela economicamente ativa deixariam o emprego por uma vaga com mais bonificações, mesmo com uma renda igual ou menor. Ademais, 42% dos pedidos de demissão são motivados pela busca por melhorias nesse sentido.
- Avaliar a prática de mercado: para essa etapa, vale estudar as práticas realizadas por outras corporações como forma de estar à frente da concorrência e manter a competitividade.
- Planeje o valor de investimento: um bom planejamento financeiro e um olhar detalhado de quanto o estabelecimento poderá investir na adoção dos benefícios flexíveis garantirá uma visão prévia sobre o custo-benefício do molde. Todavia, é relevante lembrar como o retorno sobre essa aplicação é garantido.
- Pense em um pacote diferenciado: a expansão da Covid-19 trouxe à tona questões relacionadas a bem-estar, saúde e desenvolvimento. Na hora de montar a carteira, traga diferencial indo além do tradicional, utilizando disso para atrair e reter os melhores talentos.
- Escolha seu fornecedor: avalie as opções disponíveis e coloque na balança aspectos relacionados à qualidade, diversificação de oferta, suporte e se esse parceiro atende aos requisitos legais.
- Avalie o impacto da adoção dos benefícios flexíveis: uma vez inserido, é fundamental acompanhar qual o impacto no índice de satisfação e no clima organizacional. Se necessário, fazendo ajustes de rota.
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