Diversos fatores contribuem para a construção de um ambiente de trabalho tóxico. Entre eles, pode haver cobranças excessivas, metas inatingíveis e um volume de trabalho extenuante. Isso tudo amplifica a ocorrência de fraudes e de comportamentos indevidos, como assédio moral, gestão injuriosa e ações ofensivas. Por essa razão, medidas tanto legais quanto corporativas tendem a ser fundamentais para a formação do bem estar geral. Conheça mais sobre essas questões agora.
O planejamento das metas empresariais precisa ser claro e saudável
A exposição frequente a cobranças excessivas tem como principal efeito colateral a adoção de condutas desonestas para atingir os propósitos. “Muitos dos clientes os quais atendo tiveram uma piora significativa de clima e até mesmo impactos na cultura da empresa, com movimentos intensos de saída de pessoas. A má gestão de metas e resultados certamente reduzirá a lealdade dos integrantes e afetará a capacidade de tomarem as melhores decisões. Obviamente, não se trata de aboli-las, mas de ter uma análise crítica da viabilidade dos objetivos propostos”, comenta o advogado e CEO da Shield Compliance, André Costa.
Todos esses pontos, além de tudo, ainda funcionam como um fator de desmotivação. “Quando as pessoas têm a ideia cristalizada de um objetivo ser impossível, podem deixar de tentar buscar por uma solução”, afirma o autor do livro Comportamento Indevido no Trabalho. Além disso, os desentendimentos no escritório tendem a aumentar gradativamente. “Uma empresa é como uma sociedade confinada. O mundo do trabalho vem mudando rapidamente, muitos países já perceberam como investir em uma cultura corporativa saudável melhora a produtividade. Não há mais espaço para líderes assediadores e carrascos. Pelo contrário, essa conduta agressiva amplia os riscos jurídicos para as companhias”, pontua.
Logo, o especialista indica finalidades fruto de um estudo sério, com base na realidade do mercado e na atual situação da própria organização. “Assim, a cobrança e acompanhamento de tais intuitos devem ser minuciosamente planejados e não simplesmente projetados sobre a cabeça dos indivíduos com uma míope divisão mensal ou qualquer outra métrica sem embasamento”, afirma.
As medidas legais acerca do assédio
Em setembro de 2022, foi sancionada a lei 14.457/22, a qual institui o Programa Emprega + Mulheres e altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), trazendo iniciativas visando a inserção e a manutenção delas no mercado. As corporações agindo de modo contrário ao cumprimento estarão sujeitas a multas, sanções e prejuízo de imagem. As medidas estabelecidas auxiliam no combate ao assédio sexual e outras formas de violência no local de ofício, empregabilidade e qualificação profissional das mulheres, ale´m de criar um local laboral melhor. Dentro disso, uma das exigências trazidas pela nova legislação é a obrigatoriedade do canal de denúncias.
As empresas possuintes de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA) deverão implementar um meio de acusação, com a possibilidade de registro de ocorrências, assim como acompanhar e apurar os fatos. Alinhado a isso, é necessária a capacitação e treinamento de colaboradores sobre temas como assédio sexual e violência no âmbito do trabalho.
De acordo com um levantamento feito pela Agência We Are Social em parceria com a Meltwater, o brasileiro passa uma média de nove horas e meia conectado à Internet em um dia normal. A média global é de sete horas por dia e o Brasil está em segundo lugar no ranking dos países mais conectados do mundo. Segundo outro dado, da pesquisa feita pelo Instituto Think Eva junto com o Linkedin, durante a pandemia houve um grande aumento de casos de assédio virtual. No geral, quem já praticava outras modalidades da violência se sentiu mais seguro em repetir o ato por trás das telas.
A ligação do assédio com mal estar mental
Ações como essas desencadeiam casos de Burnout, um esgotamento mental ligado à ocupação. Assim, sintomas como dificuldades de concentração e motivação, irritabilidade, insônia e percepção na elevação da sobrecarga mental se tornaram comuns. “Quando falamos da doença junto com o problema digital observamos a importância do papel dos gestores e líderes, para o bem e para o mau. Mesmo antes da pandemia já se falava em assédio virtual, mas com a chegada forçada do home office, nem todas as empresas souberam lidar com os funcionários longe de seus olhos e a desconfiança da execução de tarefas, cumprimento de metas, acabaram gerando um excesso de mensagens, e-mails e ligações fora do horário, interrompendo momentos pessoais muitas vezes com cobranças e reclamações” comenta Rebeca Toyama, especialista em carreira e comportamento.
Pensando nisso, a profissional elencou cinco dicas para ajudar as empresas a combaterem ambos os impasses.
1 - Estabeleça uma política clara de prevenção: certifique-se de todos os funcionários estarem cientes, entendam suas diretrizes e consequências.
2 - Promova a conscientização e a educação: realize treinamentos regulares para educar sobre qualquer tipo de perseguição, abordando as definições, os impactos e os jeitos de prevenção.
3 - Crie canais de denúncia e procedimentos seguros: estabeleça mudança efetiva e garanta ser um lugar seguro, acessível e livre de represálias.
4 - Promova um lugar equilibrado: estabeleça táticas de incentivo para os contratados desconectarem-se do serviço fora do horário de expediente, a tirarem férias e cuidarem da sua saúde física e mental.
5 - Monitore e avalie constantemente: esteja atento aos sinais dos desafios. Realize pesquisas de clima organizacional, promova estimativas regulares e esteja aberto ao feedback.
Para elucidar essa questão, é interessante relembrar constante de como a prevenção a todos esses empecilhos requer um esforço contínuo. Não se pode desistir de criar um espaço saudável, seguro e produtivo para todos.
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