Cada vez mais em foco, o ESG (Environmental, Social and Governance) ganha espaço nas discussões de executivos de todos os nichos. Isso porque é um incentivo para melhores práticas ambientais, sociais e de governança, impactando positivamente não só a companhia, mas a comunidade como um todo. Por isso, entenda mais sobre o assunto e descubra como a tecnologia é fundamental para o sucesso das práticas.
O ESG na gestão de gastos das corporações
Para Liliane Czarny, sócia e CMO (Chief Marketing Officer) da Pagcorp, atualmente praticamente todos os empresários conhecem esse conceito. “O termo surgiu no mercado financeiro como uma forma de cobrar as grandes corporações para a integração desses aspectos nos capitais”, comentou.
Entretanto, pouco se fala sobre a relevância da gestão de custos dessa implementação, de maneira favorável, impulsionando os resultados. “Quando assumimos 100% o controle dos gastos corporativos, possibilitamos, por exemplo, o alocamento mais assertivo de recursos”, complementa Liliane. Assim, aqueles destinados incorretamente podem ser designados para potencializar os compromissos socioambientais.
Em contrapartida, em termos de governança, essa administração efetiva ajuda a garantir transparência e responsabilidade financeira na instituição. “Isso acontece por meio da adoção de políticas de controle de despesas e de relatórios financeiros claros e precisos”, pontuou. Dessa forma, como consequência, o diálogo entre os vários patamares da hierarquia se integram, como os investidores, colaboradores e clientes.
Ao delimitar as atuações de forma clara se torna possível criar métricas, entender o quanto a entidade investe em seus funcionários nos procedimentos internos, assim como todas as transações. “Vale lembrar: qualquer tipo de redução de consumo exacerbado já é algo positivo em termos de iniciativa ESG”, alerta Liliane.
Fique por dentro: o ESG é uma pauta atual nas corporações.
A importância de focar no ESG para melhorar as políticas internas
Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), um dos maiores riscos de governança corporativa está na falta de comunicação (59%), de clareza com os stakeholders (50%) e na demora em divulgar informações relevantes (37%). Ou seja, ter dados claros, confiáveis e acessíveis é essencial para quem busca melhorar sua cultura organizacional e seu processo de prestação de contas, visando uma estruturação otimizada e evitando, inclusive, fraudes e resultados falhos.
Enfim, quando uma marca é organizada e translúcida com seus custos, ela conquista mais reputação e demonstra uma postura ética. Por ser responsável, também amplia a lealdade e comprometimento dos envolvidos com as ações do empreendimento. Nesses quesitos, o ESG se mostra como um diferencial.
Quer saber mais sobre o assunto? Leia: acrescente políticas de ESG na sua companhia.
Como a tecnologia pode ajudar na implementação do ESG?
De acordo com informações do Google Trends, em 2021, o interesse pelo ESG atingiu seu nível mais alto em 16 anos. A procura foi quatro vezes maior se comparada com a média do ano passado e 13 vezes superior à de 2019. Em grande parte, quem impulsiona esse movimento nas empresas são os acionistas.
Para Bruno Arcuri, engenheiro elétrico, CEO (Chief Executive Officer) e cofundador da Diel Energia, isso tem muito fundamento, mas se torna um desafio. “Implementar o ESG não tem sido uma tarefa fácil, muitas empresas não sabem muito bem como podem chegar neste objetivo. Em outras palavras, há companhias com condições e recursos para inovar sem prejudicar o meio ambiente, porém seguem em dúvida sobre como transformar isso em ferramentas eficientes”, afirmou.
De acordo com um relatório divulgado pela consultoria PwC com panoramas da Europa, até 2025, 57% dos ativos de fundos mútuos estão em investimentos considerando os critérios do ESG, representando um total de 8,9 trilhões de dólares. Para corroborar, 77% dos entrevistados planejam parar de comprar produtos fora dessas normas nos próximos dois anos.
Esse contexto fica muito evidente quando olhamos internamente nos empreendimentos. “As greentechs e energytechs, startups em geral, estão assumindo um grande protagonismo no tratamento energético e na diminuição da geração de substâncias poluentes. Com a linha de atuação consciente, diversas áreas estão colhendo benefícios no seu dia a dia, de colaboradores a clientes e, obviamente, o próprio planeta”, exclamou Arcuri.
Um bom exemplo são os instrumentos de refrigeração. Segundo estudo realizado pela Agência Internacional de Energia (IEA), até 2050 haverá mais de 5,6 bilhões de equipamentos de ar-condicionado em todo o mundo e a expectativa de funcionamento deles é um gasto energético responsável por 10% do consumo de energia global.
Imagine quantas corporações no Brasil usam dezenas desses aparelhos. “Aí entra a tecnologia como um pilar fundamental para a redução dos impactos negativos ao meio ambiente. Como exemplo temos um software com benefícios, como uma gestão automatizada de temperatura desses aparelhos ou uma inteligência artificial para a manutenção preditiva, detectando um possível vazamento de gases tóxicos, gerando economia de custos e reduzindo a quantidade de carbono na atmosfera”, explicou o engenheiro elétrico.
Claro, ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas a urgência para a questão e a relevância da atuação já é sentida globalmente. Por isso, veja também: a sustentabilidade move os negócios!
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