A sociedade é formada por pessoas de diferentes classes, raças, estilos de vida e crenças. Dessa forma, alcançar um meio de se expressar e engajar todos os tipos de gente é uma tarefa árdua para os altos postos de um negócio. Nesse contexto, o desenvolvimento de uma campanha de incentivo eficiente é um desafio complexo, pois lida com grupos compostos por sujeitos distintos em busca de um objetivo comum, o mesmo ocorre na hora de criar um contato com ambos. Aprenda mais sobre como fazer isso e aprimorar o seu empreendimento!
A comunicação ativa é crucial para o desenvolvimento da marca
Segundo a Pesquisa de Tendências em Comunicação Interna 2023, desenvolvida pela Ação Integrada em parceria com a Aberje, engajar as lideranças como comunicadores é o principal desafio das empresas, com 74% das respostas. Muitas vezes, parte da gestão não sabe nem qual a importância desse diálogo interno e, por isso, não se sente engajada o suficiente para performar como tal.
Contudo, essa prática tem um papel fundamental no dia a dia, visando fortalecer a cultura e tornar mais claras as diretrizes. Por essa razão, é uma área com, cada vez mais, estratégica aos negócios. Dentre suas funções, a principal é criar facilidade, tanto dos fluxos de contato, quanto da rotina dos indivíduos, transmitindo informações claras e objetivas, impactando diretamente na execução do trabalho para alcançar os frutos esperados. Nesse sentido, veja cinco motivos para investir na esfera e no engajamento do colaborador, de acordo com Felipe Hotz, CEO do Comunica.In.
- Aproximação dos times: com o home office em alta, há certo distanciamento e desconexão entre os times. Por essa razão, é significativo investir em uma relação próxima, ágil, interativa e efetiva para diminuir as barreiras colocadas pela distância.
- Aumentar a produtividade: a partir de avisos e diálogos claros, os profissionais terão conhecimento dos objetivos da instituição e saberão, assim, como alcançá-los.
- Retenção de talentos: um grupo engajado resulta em pessoas satisfeitas com a cultura organizacional. É imprescindível, então, investir em ferramentas para conquistar e reter os prodígios.
- Resolução de problemas: com feedbacks constantes, as lideranças têm uma elevada visibilidade da insatisfação e erros, conseguindo, assim, solucionar os problemas antes deles se tornarem ainda maiores. Nessa etapa, a mensuração de dados é uma grande aliada para entender como os liderados têm recebido e reagido aos recados internos.
- Ambiente de trabalho mais aberto e eficiente: manter uma comunicabilidade sem ruídos melhora o local laboral e impede boatos tendo em vista como todos estarão cientes das informações pelos meios certos e nas horas corretas.
Outro quesito a ser aprimorado pelas entidades é a escuta ativa. Principalmente com o foco e a pressão diária voltados para resultados, a escuta ativa não deve ficar em segundo plano. “Desenvolver essa habilidade no meio corporativo pode ajudar com a saúde mental, consequentemente também com a produtividade, o clima organizacional, diminuição do turn over e direcionar a companhia para melhores resultados”, explica a fonoaudióloga Ingrid Gielow.
O engajamento e motivação certos fazem a diferença
Um levantamento do IMA (Incentive Marketing Association ou Associação de Marketing de Incentivo), mostra como 20% dos assalariados são de alta performance, têm carreira traçada, buscam conhecimento e crescimento. Há ainda 20% sem fé nas ações de incentivo e fazem o mínimo, jogando a culpa de não evoluírem na corporação. Já a grande parte, 60%, são os “persuadíveis”, os quais variam no desempenho de acordo com quem se relacionam no cotidiano. “Quando uma agência faz uma campanha de incentivo e não observa este viés, os ganhadores são sempre os mesmos e o projeto não afeta o restante. O objetivo deve ser criar uma ação, justamente, para os 60% influenciáveis”, destaca Pedro Bannura, presidente da Digi.
De acordo com o especialista, para impulsionar essa maioria, é necessário criar um leque de ações promovendo o engajamento rumo aos objetivos desejáveis. “Não basta seguir a receita de gerar pertencimento, reconhecimento e dar capacitação”, comenta Bannura. Para isso, existem sete fatores os quais auxiliam na motivação individual nas campanhas. São eles:
- Emoção: falar a linguagem do pessoal e ter sinergia com o contexto da realidade de cada um é fundamental. Assim, cria-se um mundo lúdico para envolver o público nos desafios criados. “O risco é atingir apenas os 20% da alta performance os quais já participariam e ganhariam naturalmente”, diz Pedro Bannura.
- Comunicação: é essencial para conseguir ânimo. Se o grupo não souber as tarefas, como e quando fazer, as tentativas de incentivo falharão.
- Adesão: é preciso ter uma galera para formar conversa e, para haver participação, é necessário criar ações de engajamento, explicando as regras e criando relação com a rotina de quem está inserido.
- Visibilidade: promover a visualização dos fatos ajuda a encorajar. “Quando apresentamos os efeitos promovidos, como o colaborador o qual resgatou uma geladeira ou viajou com a família, trazemos a sensação dos outros poderem também ganhar”, comenta.
- Utilidade: deve existir uma ferramenta de consulta ajudando no dia a dia e não algo gerando mais trabalho. A plataforma precisa ser útil, mostrar como está a performance do participante e o preciso para cumprir os propósitos.
- Suporte: serve para levar informação e acontecer um entendimento do necessário para fazer. Essa etapa é feita com capacitação, argumentação, treinamento e conteúdo.
- Análise: É fundamental usar sempre o aprendizado tido com o estabelecimento, analisar o mostrado pelos números, qual área não está funcionando, qual setor está em falta, qual equipe não está performando e qual canal não se engajou.
Seguindo esses tópicos, há uma observação dos fatos e reconhecimento. “Com motivação, os indivíduos passam a dar valor para a recompensa recebida pelo esforço a mais feito diariamente”, finaliza o executivo.
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