Devido à persistente taxa de desemprego e outras dificuldades históricas, uma parcela significativa da população brasileira nutre o desejo de abrir o próprio negócio. Com a chegada da pandemia, muitas empresas não conseguiram sobreviver e precisaram declarar falência ou demitir um grande número de funcionários. Contudo, essa conjuntura pode oferecer oportunidades interessantes para a criação de novos empregos e estágios.
Empreendedorismo poderia ser ensinado para crianças e adolescentes
Cada vez mais, o empreendedorismo ganha relevância no mundo. Em um contexto de constantes mudanças e incertezas, é essencial ter a capacidade de identificar oportunidades, encontrar soluções e inovar para se destacar no mercado de trabalho. Nesse sentido, é crucial as escolas aplicarem iniciativas estimulantes desse pensamento entre os estudantes.
Essa perspectiva é compartilhada pelo diretor administrativo da Escola Teia Multicultural e CEO da Edtech Asas Educação, Lucas Briquez. Para ele, o primeiro passo para fomentar essa mentalidade é cultivar o senso crítico, “Os alunos devem analisar o mundo ao seu redor, detectar problemas e se verem como agentes de transformação, buscando soluções criativas para os obstáculos encontrados. Isso requer sair da zona de conforto e adotar uma postura proativa diante das situações", afirma.
No entanto, para se sentirem motivados a enfrentar esses desafios, é fundamental o desenvolvimento da autoconfiança e autoestima. “Apenas quem acredita em si e em suas habilidades será capaz de conceber soluções e se dedicar para implementá-las. Portanto, a instituição de ensino tem um papel chave ao promover atividades para estimular essas competências nos jovens", acrescenta.
Outro ponto relevante destacado por Briquez é a relação entre esforço e conquista. Segundo ele, é essencial compreender desde cedo a necessidade de se dedicar para alcançar um objetivo. Assim, os educadores podem criar atividades e estabelecer metas a serem cumpridas antes de obter alguma forma de recompensa. Isso contribui para a criação do senso de responsabilidade e disciplina, além de incentivar a busca por resultados.
A fim de garantir a eficácia da educação empreendedora, é crucial a adoção de uma abordagem prática e colaborativa. “Os discentes devem ser encorajados a trabalhar em equipe, experimentar soluções e aprender com seus erros. Além disso, é interessante proporcionar espaços e recursos para eles colocarem suas ideias em prática, tais como laboratórios de inovação e incubadoras de projetos. Ao desenvolver essa mentalidade nos estudantes, eles se preparam para o mundo real, estimulando a criatividade, a inovação e o protagonismo", complementa o diretor administrativo.
O empreendedorismo é fundamental para geração de estágios e empregos
De acordo com um levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - Caged, aproximadamente 80% dos postos de trabalho gerados no Brasil em 2022 foram criados por micro e pequenas empresas - MPE. Essa tendência positiva resultou em um acumulado de mais de dois milhões de novas vagas ao longo do ano, com quase 1,6 milhão dessas oportunidades surgindo nos pequenos negócios.
Mesmo em comparação com o ano de 2021, quando as MPE foram responsáveis por mais de 2,17 milhões de empregos, representando 77% do total no período, é evidente a participação das corporações menores no saldo total, atingindo 78,4%. "Mais uma vez, essas instituições demonstraram sua importância para o país. Assim como em 2022, neste ano, as MPE, especialmente os Microempreendedores Individuais (MEI), continuarão impulsionando nossa economia, com destaque para os setores de Serviços e Comércio", afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Ao longo dos 12 meses do ano anterior, os setores de Serviços (828.463), Comércio (332.626) e Construção Civil (229.755) se destacaram como os principais empregadores. No ranking dos saldos de empregos por estado, Roraima ocupou o primeiro lugar, seguido por Amapá e Amazonas.A pesquisa também revela um panorama de dezembro de 2022. Assim como em anos anteriores, as demissões superaram as contratações, resultando em saldos negativos para todos os portes de empresas.
Quais os principais erros dos empreendedores?
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil registrou a abertura de 357.937 novas companhias em janeiro de 2023, representando um aumento de 3,9% em comparação com o mesmo período de 2022, quando o número foi de 344.368. Esses resultados também demonstram um crescimento de 68,4% em relação a dezembro do ano anterior, quando foram 212.552 registros.
No entanto, apesar da vontade de seguir esse caminho, muitas vezes falta conhecimento técnico para os indivíduos. Segundo o CEO da BS Tecnologia, Resende Neto, alguns erros são mais cometidos por quem está iniciando nessa jornada:
Gestão do negócio:
De acordo com Neto, essa é a principal razão para o fechamento de estabelecimentos nos primeiros três anos de atividade. "Muitos não elaboram um planejamento. Eles começam sem saber o necessário sobre finanças, vendas, marketing, liderança, lucro e investimento para entrar no mercado. Isso diminui significativamente as chances de sobrevivência", afirma.
Dificuldade em vender de forma previsível e recorrente:
A maioria dos micro e pequenos empresários têm um grande desejo de atuar com vendas, porém, muitas vezes, não possuem essa competência. "Frequentemente, o dono é responsável por todos os serviços. Essa sobrecarga impede o foco em outras demandas. Além disso, eles enfrentam dificuldades para gerar uma receita previsível, se posicionar no cenário e demonstrar seu diferencial", explica. Para elevar o lucro, é determinante ter um programa comercial bem estruturado e alinhado aos objetivos. "Analise o desempenho do ano anterior e identifique os aspectos positivos. Esses dados ajudarão a pensar o futuro".
Formar e manter uma equipe de trabalho:
Dentro da organização, o proprietário assume o papel de líder e, como tal, precisa ser capaz de contratar e lidar com pessoas. "É necessário contar com outros colaboradores se deseja sucesso e prosperidade", afirma o CEO. Para superar esse desafio, ele recomenda estabelecer uma relação positiva com a equipe, ou seja, respeitá-los, motivá-los e reconhecer seu bom desempenho.
A solidão do empreendedor na tomada de decisões:
"Muitas vezes, o indivíduo não tem com quem compartilhar suas dúvidas, angústias e inseguranças. Para evitar esses fatores influenciando o desempenho, é aconselhável buscar ajuda, procurar mentoria e participar de grupos de apoio", aconselha Resende.
Equilibrando profissionalismo, família e saúde:
Como equilibrar o profissionalismo, a família e a saúde? O especialista sugere estabelecer limites, manter hábitos saudáveis e uma rotina de lazer. "Quem está iniciando a jornada precisa se esforçar e muitas vezes acaba estendendo o horário de trabalho, pois está envolvido em todos os processos”.
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