De acordo com um estudo realizado pela Employment Hero, metade da força de trabalho do Reino Unido sente-se esgotada e a previsão é desse índice chegar a 70% dos trabalhadores ao redor do mundo. Esse desgaste é consequência dos cortes orçamentários e aumento das demissões, principais responsáveis pela sobrecarga de quem permanece na firma. Torna-se evidente, portanto, como investir no bem-estar do time é essencial para estimular o senso de pertencimento e satisfação profissional. Sendo assim, descubra como conquistar talentos com estabilidade e oportunidades pode ser uma estratégia interessante!
A mudança de paradigmas no mercado
Segundo o estudo What Job Seekers Wish Employers Knew, publicado pelo Boston Consulting Group, os brasileiros em busca de um novo emprego possuem preferências e comportamentos distintos de outros países. Dentre eles, 28% priorizam desenvolvimento, aprendizado e segurança. Enquanto isso,em parâmetros globais, 21% está à procura de compensação financeira e, por fim, 19% deseja equilíbrio entre vida pessoal e laboral.
Dessa forma, percebe-se como estamos em um cenário de escassez de talentos e grande parcela dos funcionários brasileiros demandam uma capacitação para progredir em suas trajetórias. “É a oportunidade de as empresas gerarem qualificação para formar, reter e atrair as pessoas. Diante do cenário econômico do país, os profissionais querem também estabilidade em seus empregos", comenta Santino Lacanna, líder da prática de Pessoas e Organização da consultoria da BCG .
Além disso, as descobertas demonstram uma nítida modificação no mercado devido essa nova visão sobre suas áreas de atuação. Apesar da remuneração ser relevante, grande parcela da sociedade quer ir além disso. “As companhias precisam repensar sua abordagem para atrair e reter os talentos, ou enfrentarão uma concorrência séria. O recrutamento precisa ser positivo e inspirador, para candidatos e empresas”, ressalta Lacanna.
Aposte na cultura de talentos!
Conforme o relatório A Bomba Relógio dos Talentos, elaborado pela Thomas International, 76% dos tomadores de decisões no RH acreditam na existência de menos de dois anos para desenvolver uma cultura de talentos antes de sofrer consequências competitivas ou financeiras. Fica nítido, portanto, como uma equipe de excelência e unida é o foco das estratégias das corporações em busca de uma maior valorização do público interno. Pensando nisso, elencamos sete dicas para alcançar essa meta. Veja!
Idealize o perfil certo do cargo: como de costume, a descrição de uma vaga contém os detalhes sobre as tarefas do cotidiano, exigindo alguma experiência ou domínio sobre um determinado programa. No entanto, a grande parcela de empregadoras relatando escassez de competências interpessoais, mostra-se um ponto relevante incluir os traços de personalidade desejados e as expectativas sobre os aspirantes ao cargo. Com isso, conquista-se um olhar mais analítico no quesito emocional para, assim, certificar-se sobre a resiliência ou capacidade de lidar com mudanças e ambientes acelerados.
Leve o potencial em consideração: obviamente, as vivências anteriores somam na hora de avaliar o perfil de alguém, mas é preciso ir além da análise de currículos. Para isso, existem várias metodologias para analisar as aptidões das pessoas, como é o caso de avaliações psicométricas antes mesmo da realização de entrevista. “Você obterá uma compreensão muito melhor do potencial de sucesso dos candidatos, como eles funcionam e como funcionam dessa maneira – todas as informações cruciais e difíceis de discernir em um currículo”, aponta Rejane Matos, gerente de Marketing da Thomas International Brasil.
Analise a compatibilidade com as skills do time: para formar uma equipe coesa, é preciso observar as habilidades e personalidades dos colaboradores atuais para depois avaliar o aspirante a uma oportunidade. Antes de contratar alguém, é necessário pensar a fundo se ele se encaixa na organização em seus traços e comportamentos. Essa conduta não julga apenas a competência da pessoa, mas também sinaliza eventuais áreas de fraqueza no staff já existente.
Aposte no recrutamento consciente: nos últimos anos, houve um crescimento no debate sobre as pautas sociais no ambiente corporativo. Nesse sentido, as iniciativas de D&I (Diversidade, Equidade e Inclusão) tornaram-se ainda mais presentes na rotina laboral, principalmente no momento do recrutamento. Por essa razão, seguir o viés psicológico auxilia na formação de uma visão objetiva sobre o desempenho do indivíduo ao longo do contrato. Com as estatísticas, verifica-se quais dados demográficos são mais comumente filtrados pelo processo com sucesso. “A partir daí, pode usar essas informações para garantir ao seu processo de seleção não favorecer ou desfavorecer nenhum grupo específico, evitando a discriminação em qualquer direção e dando chances justas, baseadas nas habilidades, em vez de apenas em seu histórico”, reforça a especialista.
Conte com a ciência para aperfeiçoar a seleção: na era da tecnologia, é imprescindível ir além das entrevistas e investir nos métodos científicos para otimizar todo o procedimento. “Quando você tem todos os dados na sua frente, em vez de apenas sentimentos e pensamentos, é mais fácil (e rápido) definir a sua procura, comparar possíveis funcionários e ajudá-los a se integrar perfeitamente à nova equipe”, completa Rejane.
Acredite nas pessoas com objetivos: apesar de uma certa parcela não atingir os requisitos exigidos para uma determinada oportunidade, isso não significa necessariamente uma desconsideração. A partir da convivência, aprende-se como fornecer e receber feedbacks, dispor de uma comunicação assertiva e estimular o senso colaborativo. Assim como as hard skills, as soft skills também podem ser aprendidas na prática do dia a dia. Quando se entende os pontos fortes e as motivações de cada um, abre-se espaço para conectar uma área de destaque.
Invista em uma cultura de evolução constante: o meio laboral passa por constantes mudanças e o seu futuro certamente será marcado pelas tendências atuais. Por isso, é fundamental estar à frente do tempo para atrair e reter talentos para a companhia. Além do salário, os benefícios e bem-estar coletivo são excelentes alternativas para engajar o quadro. “Esses itens precisam ser continuamente reavaliados à medida como o ambiente econômico muda, garantindo sua empresa a ser continuamente capaz de despertar o interesse dos melhores talentos possíveis”, conclui a gerente de Marketing da Thomas International Brasil.
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