Temas relacionados às mulheres ganham cada vez mais lugar e debate. Ao falar de mercado de trabalho, o assunto gera gradativas discussões, especialmente quando está relacionado à gestão de grandes companhias. Contudo, apesar do pé atrás de alguns locais, a equidade de gênero precisa estar sempre presente nas decisões do dia a dia, visando atingir uma cultura baseada em multiplicidade. Nesse sentido, entenda como elas tendem a ser o futuro promissor do mercado de trabalho.
A realidade do preconceito ligado à figura feminina no ofício
De acordo com um estudo divulgado em março pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB, apenas 29% dos cargos de chefia nas indústrias brasileiras são ocupados por figuras femininas, enquanto eles representam 71%. Além disso, a proporção média de funcionários e funcionárias nas firmas também é desigual, com personalidades masculinas correspondendo a 70% e 30% é somente destinado a elas.
O levantamento também revelou como apenas 14% das instituições têm áreas específicas dedicadas ao combate a desigualdade nesse quesito no lugar de ocupação e apenas 5% contam com orçamento próprio. Contudo, é encorajador notar o fato de 20% das corporações afirmaram ter a intenção de aumentar os recursos voltados a ações nesse sentido no próximo ano, com as geridas por elas (23%) mostrando uma maior disposição se comparadas aquelas administradas por homens (18%).
No entanto, a sondagem também indicou o preconceito sendo o principal entrave à implementação de programas de melhora, citado por 21% dos entrevistados, seguido pela cultura machista, com 17%. Enquanto isso, 14% dos executivos ouvidos disseram não ver barreiras.
A equidade de gênero como um sonho em sociedade
No geral, altas posições ocupadas por elas vêm ganhando cada vez mais espaço no mundo empresarial, rompendo barreiras e desafiando estereótipos. Isso demonstra como a multiplicidade não apenas é vantajosa para a igualdade, mas também promove o crescimento dos negócios e a inovação. “A presença delas no mundo dos negócios traz benefícios significativos, incluindo a pluralidade de pensamento e a promoção de ambientes de atuação mais inclusivos. Análises mostram como os lugares com maior variedade de gênero têm melhor desempenho financeiro e maior inovação”, esclarece a psicóloga, especialista em neurociência, mestre em comunicação e CEO, Shana Wajntraub.
Segundo pesquisas recentes, esse objetivo se tornaria realidade somente em 135 anos. Entretanto, a sociedade tem evoluído muito, nos últimos dez anos, por exemplo, as empresas em geral se mostraram cada vez mais responsáveis e focada em trazer iniciativas robustas para reduzir a discriminação no mundo corporativo. Todavia, apesar dos avanços, a jornada é longa para assegurar uma verdadeira voz para elas no país, pois, ainda ocupam menos de 10% das cadeiras do Congresso e têm participação reduzida em cargos de gestão nas entidades privadas.
Outro ponto é o quesito salário, onde a remuneração é mais baixa se comparada a aos homens nas mesmas posições. Diversos estudos apontam como a inclusão delas na atividade econômica representaria um aumento de trilhões de dólares ao PIB mundial. Ciente disso, mostra-se a relevância do tema e como precisa ser tratado com a devida urgência para evoluir mais todos os dias. “Nós trabalhamos com pessoas e sabemos como um quadro diverso amplia nosso poder de atuação. Não podemos entregar aos nossos clientes algo sem praticamos, por isso, temos esse olhar voltado para contratação, reconhecimento e promoção dos nossos colaboradores, focando em equidade de gênero e variado no geral”, afirma André Vicente, CEO da Adecco Brasil.
Se capacitar cada vez mais é fundamental na vida delas
Segundo o último estudo “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil - 2ª edição”, lançado em 2021, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, em 2019, elas, principalmente as pretas ou pardas, dedicaram aos cuidados de pessoas ou afazeres domésticos quase o dobro de tempo deles (21,4 horas contra 11,0 horas). A Taxa de Participação, com o objetivo medir a parcela da População em Idade de Trabalhar (PIT) na força de trabalho, é um dos indicadores os quais também merecem destaque, pois aponta a maior dificuldade de inserção de trabalhadoras no mercado. A quatro anos atrás, o índice de inserção das jovens com 15 anos ou mais de idade foi de 54,5%, enquanto entre os meninos da mesma faixa chegou a 73,7%, uma diferença de 19,2 pontos percentuais.
É um fato elas enfrentarem desafios adicionais na comunicação assertiva, devido, principalmente, a estereótipos e expectativas sociais. Há uma tendência de sempre esperar delas ações pensadas e comportamentos perfeitos, contudo, dar o braço a torcer e assumir um bom feito parece difícil em muitos casos. Logo, quando são assertivas, podem ser rotuladas como agressivas, autoritárias ou emocionais. Por outro lado, quando isso é colocado do outro lado da moeda, referindo-se a uma figura masculinizada, ao estarem corretos costumam ser vistos como fortes e decididos.
Para combater essas e outras pedras achadas no caminho, as em elevadas posições de poder devem desenvolver habilidades de comunicação e inteligência relacional. “A gente tem dificultadores significativos: a mulher é uma executiva, mas também tem responsabilidades com a casa e com os filhos. A demanda é muito grande e o esperado dela vai além do ofício. Elas têm muitas frentes para administrar e com pouco cuidado do seu empregador. São poucas as organizações olhando para isso com o cuidado devido e procurando aliviar a sobrecarga, ajudando-a a encontrar um equilíbrio entre vida pessoal e profissional”, finaliza Gabriela Mative, Diretora da Unidade de Staffing da Adecco Brasil.
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