Recentemente, começou no mercado uma onda de discussões a respeito da igualdade de gênero em cargos mais elevados dentro das empresas. Nesse contexto, as mulheres tendem a, gradativamente mais, ocuparem posições de destaque em inúmeras áreas. Contudo, ainda existe uma discrepância significativa quando se compara com a realidade masculina. Entenda mais sobre o tópico e qual a relevância de se proporcionar um ambiente laboral saudável a elas.
A realidade das oportunidades para elas no mercado
Segundo levantamento realizado pela consultoria de Recursos Humanos ManpowerGroup, com 39 mil pessoas em 40 países, 47% das organizações estabeleceram o ano passado como fundamental para elas chegarem ao topo. Além disso, 35% contam com uma meta até 2023 para mudar o equilíbrio entre os gêneros no alto da pirâmide das companhias. “Se capacitem, estudem e potencializem suas habilidades. Não se amedrontem com qualquer obstáculo, sejam resilientes. Construam boas redes de relacionamentos, pessoas para te apoiarem, ajudarem e principalmente te inspirarem. Sejam empáticas, entendam como os outros pensam e agem sempre ajuda”, afirma Renata Bruggioni, sócia-diretora da Pratika.
Conforme pesquisa da Sodexo Benefícios e Incentivos, 44% dos respondentes apontam ter menos de 25% de figuras femininas em posições de logística no local onde trabalham. Já 25% enxergam o percentual de liderança delas entre 25% e 50%. De acordo com 23% dos entrevistados, este volume fica entre 50% e 75% no seu ambiente laboral. Por fim, somente 8% dizem ter em sua firma um número acima de 75%. “Dados como esses mostram uma grande oportunidade para as entidades fomentarem a equidade em todas as esferas e cargos, com o aumento dessa presença principalmente na gestão. Tivemos importantes avanços nos últimos anos, mas ainda há muito espaço para melhorar esses números, com mais mulheres na administração, ou seja, promovendo a pluralidade e maior representatividade”, explica Fabiana Galetol, Diretora de Pessoas na Sodexo Benefícios e Incentivos.
Ainda com base no estudo, 59% dos participantes indicam não haver nenhum programa voltado para essa base na sua organização. Na verdade, apenas 24% apontam ter contato com alguma iniciativa neste sentido e outros 15% não têm conhecimento sobre nada relacionado. Outro ponto indicado é o fato de quase metade dos respondentes (47%) afirmar não existir vagas exclusivas para elas em alto comando na sua companhia, um recurso apontado como presente nas organizações por cerca de 33% e os demais 20% não souberam indicar.
A maioria em determinadas esferas
Em certos setores, a presença feminina é superior à dos homens. “A própria escolha por cursos na área de humanas tem desdobramentos de características predominantes. Somos mais determinadas, temos um olhar mais empático sobre as relações humanas e, com isso, há uma propensão maior da graduação ser nessa área e atuar em RH”, aponta Thaisa Batista, fundadora da Abler.
O fato do campo de recursos humanos ser conhecido por ser predominantemente feminino, traz um cenário e um ambiente propício para elas se sentirem mais acolhidas na hora de escolher a atuação profissional nessa esfera.“Temos observado novas gerações de homens se abrindo para esse olhar e entendendo mais sobre empatia, relação com o outro, saber ouvir, não julgar e buscar esse equilíbrio o qual conseguimos exercer. Em contrapartida, elas também estão sendo mais racionais, trazendo mais dados e bebendo de fontes mais estratégicas para não ficar, muitas vezes, só no aspecto relacional e humano”, declara Veridiana Barcelos, líder de Pessoas e Cultura da Abler.
Nesse sentido, a humanização das relações empregatícias segue como um diferencial em comparação a eles. “Se uma organização conta com um gestor e uma gestora de RH, muitas vezes, os colaboradores irão buscar a mulher como um ponto de apoio para se abrir, explicando uma baixa de produtividade por um problema na vida pessoal ou qualquer outro motivo. Isso fala muito sobre a questão da vulnerabilidade, trazendo o histórico da nossa sociedade e sobre como fomos criados. Os homens ainda têm muita dificuldade de mostrar esse sentimento e quando as pessoas se exibem dessa forma, isso traz conforto e identificação com aqueles apresentando uma postura mais humana”, revela.
A desigualdade como uma grande barreira
No geral, a desigualdade é aparente na prática. Conforme uma pesquisa da Deloitte, houve um aumento discreto (0,8%) no número de mulheres ocupando lugares de presidência em estabelecimentos. Atualmente, 1,2% dos empreendimentos no Brasil possuem CEOs do sexo feminino. Além disso, revela-se como 7,3% dos cargos relacionados à diretoria financeira são ocupados por elas. No último levantamento, eram apenas 4%.
Esse cenário pode ocorrer por diversas razões, entre elas pelo viés majoritariamente masculino nas tomadas de decisão. “Isso também ocorre na promoção entre um especialista do gênero masculino e feminino. O preconceito contra elas também têm um papel fundamental, pois muitos acreditam terem uma capacidade analítica limitada quando falamos de um crescimento passando do nível operacional, tático e chegando ao estratégico”, lamenta Thaisa Batista.
Contudo, apesar dos desafios, em determinadas situações, tais empasses de ascensão parte delas mesmas. “Em algum momento, paralelos entre a vida pessoal e profissional podem entrar em conflito, como no planejamento de uma família e a dedicação aos filhos. Isso faz elas, por vezes, se sintam obrigadas a escolher entre dar mais atenção ao lar ou evoluir na carreira”, finaliza.
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