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Minimize a ação das fake news nas empresas 

Notícia | 09/05/2023

Pedro Fagundes

Você se depara frequentemente com informações falsas no seu local de trabalho? Amplamente conhecidas como fake news, o termo popularizou-se em 2016, durante a eleição presidencial dos Estados Unidos, entre Donald Trump (Partido Republicano) e Hillary Clinton (Partido Democrata). Infelizmente, a representação máxima da manutenção da democracia viveu a trama contrária. O processo foi palco de diversos escândalos, como o roubo de dados pessoais e a disseminação em massa de notícias farsantes. Atualmente, a criação e compartilhamento desse tipo de conteúdo é vista como uma poderosa arma, capaz de influenciar escolhas, arruinar carreiras e transformar mentiras em verdades absolutas. Quer saber como proteger seu escritório desse perigo? Acompanhe a matéria a seguir e confira!

 

Aumento das fake news

A Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) realizou, pela segunda vez, uma pesquisa direcionada a abordar a disseminação de notícias falsas no universo empresarial. O objetivo dessa edição do levantamento, intitulado "Fake News: os desafios das organizações", é identificar a extensão do problema e encontrar soluções para mitigar seus efeitos. O diretor-executivo da Aberje, Hamilton dos Santos, destaca a urgência das organizações em incluir a epidemia de desinformação no compliance. “Ou seja, precisamos colocar essa pauta como cerne, dentro da matriz de riscos da organização. A partir disso, direcionamos esforços para o movimento atender aos critérios ESG (governança ambiental, social e corporativa), tão valorizados na contemporaneidade”.

A disseminação de fake news é notória e pode ser observada facilmente em grupos de WhatsApp, Twitter ou mesmo no boca a boca, presente nas ruas. O ato de inventar histórias deixou de ser apenas uma brincadeira de faz de conta para se tornar uma ferramenta de perpetuação de poder – tanto na esfera pública quanto privada. Em 2018, quando o estudo da Aberje foi realizado pela primeira vez, os números já eram alarmantes. Cerca de 85% dos representantes de negócios mostraram-se preocupados com o tema desde aquela época. No entanto, faltava ação. Apenas 67% das corporações incluíram o assunto em suas estratégias, e 20% possuíam departamentos destinados a verificar a veracidade do conteúdo compartilhado.

Metade das instituições participantes do levantamento já foram alvo de informações adulteradas. Isso levou 92% dos líderes a monitorar constantemente os posts na mídia sobre suas marcas. No mercado de trabalho, a conquista e manutenção da confiança é um dos atributos mais difíceis de alcançar e preservar, pois um único deslize tem o poder de comprometer anos de atuação. Portanto, é crucial se defender e cuidar da sua imagem. Uma única fake news é capaz de prejudicar sua reputação e credibilidade. “A dispersão desses dados podem ser um veneno para carreiras e empreendimentos. Por isso, é recomendável atentar-se e apontar a veracidade de manchetes espalhadas pela rede”, ressalta a gerente de hunting da NVH, Fernanda Andrade. 

 

Por onde circulam essas notícias

Tradicionalmente, as pessoas informavam-se por meio da televisão ou dos players da imprensa. Todavia, segundo a Aberje, essa tendência mudou. Principalmente após a Covid-19, toda a estrutura socioeconômica e comunicacional se viu diante de uma grande pendência: migrar para o digital. De acordo com a análise, jornais e revistas on-line são a principal fonte de conteúdo da população (81%). Em seguida, as redes sociais (61%) aparecem como a segunda ferramenta mais acessada. Por fim, as agências de notícias (48%), jornais impressos (32%) e a televisão (19%) dão as caras como as plataformas restantes. “Devido ao avanço da Internet, tornou-se comum receber fake news em meios alternativos, como WhatsApp, feeds de notícias do Facebook e Twitter”, afirma Fernanda.

Apesar da crescente adesão ao ambiente virtual, 95% dos participantes dizem ter ciência das redes sociais serem o principal ecossistema de circulação de fake news – um fato curioso, visto a contraditória busca por esses espaços. Mais de 50% das pessoas procuram fatos em um lugar onde reconhecem a presença de calúnias. Esse esquema paradoxal demonstra como a praticidade, muitas vezes, supera a angústia. A máxima de conseguir tudo por meio de um clique é sedutora. Logo, abaixa a crítica e abraça a dúvida. Além das redes, os blogs (76%) e os grupos de conversas (61%) são outros dois locais de disseminação de inverdades. Na esfera oposta, as mídias convencionais quase não foram citadas como disseminadoras.

Uma análise, realizada pelo Centre for the Study of Media, Communication and Power da King's College de Londres, discute a influência do digital na política e como a ascensão de plataformas tecnológicas, como Google, Facebook e Twitter, tem impactado o cenário e desafiado as instituições existentes. Na mesma toada, as redes sociais têm virado a lógica presente no mundo dos negócios de cabeça para baixo. O prestígio conquistado por meio de uma reportagem na televisão pode ser rapidamente destruído com uma fofoca maliciosa espalhada por stories. Atesta-se, portanto, como as referências de autoridade foram alteradas. 

 

Como lidar com o compartilhamento de fake news 

A maioria dos entrevistados pela Aberje (76%) não via as redes sociais como uma ferramenta eficaz para combater a disseminação de notícias falsas. Pelo contrário, essa esfera é considerada um obstáculo a ser superado. A observação da King's College de Londres questiona o princípio democrático das ferramentas digitais e alerta para o uso abusivo dessas plataformas em prol de objetivos próprios. A fim de evitar os prejuízos decorrentes da dispersão de mentiras, confira algumas dicas abaixo:

Estruture um comitê para lidar com a desinformação: a maioria das organizações participantes (57%) possui um comitê estruturado para lidar com deturpação e monitorar sua aparição na mídia e nas redes sociais. Santos ressalta como é dever de todos combater esse grave inconveniente contemporâneo. “Os estabelecimentos precisam preparar seus colaboradores para enfrentar os perigos e a urgência dessa questão”, pontua.

Divulgue notas internas e externas de esclarecimento: em situações de crise na reputação, a confiança é essencial e deve ser mantida. Quando a imagem de uma entidade é questionada publicamente, é essencial contar com a lealdade dos colaboradores, a fim de defenderem sua corporação. Comunicados e notas de esclarecimento devem ser divulgados para manter a transparência e restaurar a confiança. Uma vez alinhada, a equipe interna conseguirá promover uma divulgação externa mais eficaz. Supere essa situação difícil e enfrente esse desafio.

 

Gostou das orientações? Então, verifique as informações a sua volta, combata as inverdades e, claro, compartilhe o conteúdo com os amigos! Preservar o bem-estar da sua marca é essencial. Para tanto, basta ter iniciativa. Quer mais toques como esse? Continue nos acompanhando em nosso blog e nas redes sociais. Ah! Não esqueça de conferir o aplicativo Nube Vagas, disponível para Android e iOS. Para aproveitá-lo, deixe sempre as notificações ligadas e não perca nenhuma novidade.

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