Com qual frequência você se depara com as chamadas fake news? O termo explodiu no ano de 2016, durante a disputa eleitoral norte-americana entre Donald Trump (Partido Republicano) e Hillary Clinton (Partido Democrata). O evento, o qual deveria representar a manutenção da democracia, foi, na verdade, berço de inúmeros escândalos, como o roubo de dados pessoais e a propagação massificada de notícias falsas. Hoje, a criação e compartilhamento de inverdades é vista como uma poderosa arma, capaz de reverter escolhas, findar carreiras, e transformar mentiras em verdades absolutas. Quer descobrir como se afastar dessa ameaça? Acompanhe a matéria a seguir e confira!
Contexto de crescente das fake news
Com os olhos voltados ao tema, a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) realizou, pela segunda vez, uma pesquisa destinada a relatar a pulverização das falácias no universo empresarial. Esta edição do levantamento “Fake News: os desafios das organizações”, tem como objetivo identificar a dimensão do problema a ser enfrentado e encontrar soluções capazes de mitigar os seus efeitos. “Percebemos uma crescente na necessidade das organizações em incluir a desinformação no compliance. Ou seja, dentro de sua matriz de riscos e como parte do atendimento aos critérios ESG (Governança ambiental, social e corporativa)”, aponta o diretor-executivo da Aberje, Hamilton dos Santos.
Não é preciso de muito para perceber o aumento nas fake news. Basta acompanhar um grupo de WhatsApp, o feed no Twitter ou, simplesmente, sair na rua. Inventar histórias deixou de ser somente uma prática lúdica. Agora, é um artifício de perpetuação do poder, seja ele público ou privado. Em 2018, na primeira tiragem do estudo, os números já mostravam-se alarmantes. Na época, o tópico preocupava 85% dos representantes de negócios. Todavia, 67% das corporações não o tinham incluído em suas estratégias. Menor ainda era o número de entidades com departamentos destinados a verificar publicações deturpadas, somente 20% das entrevistadas.
Atualmente, os olhos se esbugalharam ainda mais para esse quesito. Conforme a associação, metade das organizações participantes já foram alvo de notícias adulteradas. A preocupação dos líderes também cresceu. Hoje, 92% deles apresentam receios quanto ao assunto e, portanto, realizam o constante monitoramento de posts na mídia sobre sua marca. A confiança é um dos atributos mais difíceis de se conquistar dentro do mercado de trabalho. Pior ainda é manter esse status de excelência, pois qualquer deslize é suficiente para manchar uma história de sucesso. Logo, a veiculação de uma única lorota tem o poder comprometer anos de atuação. Por isso, defenda-se e preze pelo bem-estar da sua imagem.
Por quais canais circulam as fake news
Tradicionalmente, quando alguém está à procura de informações relevantes, é natural recorrer à televisão ou a um grande player da imprensa. De acordo com a Aberje, essa tendência histórica já deixou de ser verdade. Principalmente após a insurgência da Covid-19, toda a estrutura sócio-econômica-comunicacional se viu diante de uma grande escolha: migrar para o digital. Consoante à análise, jornais e revistas on-line (81%) são a principal fonte de conteúdo da população. Em sequência - a estrela de sua geração - as redes sociais (61%) são a segunda ferramenta mais acessada. Por fim, as agências de notícias (48%), jornais impressos (32%) e a televisão (19%) aparecem como as plataformas restantes.
Apesar dessa movimentação manifesta para o virtual, 95% dos próprios participantes acreditam encontrar nas social medias o principal ambiente de circulação de fake news. Observa-se, portanto, uma cilada. Um número superior a 50% dos indivíduos optam por procurar fatos em um local onde eles mesmos reconhecem calúnias. Esse fenômeno demonstra como a praticidade vence a angústia. Além das redes, os blogs (76%) e os grupos com amigos e familiares (61%) destacam-se como os outros dois notáveis recintos da disseminação de inverdades. Na esfera oposta, as mídias convencionais praticamente não foram citadas como propagadoras ativas de notas ilegítimas.
O diretor do Centre for the Study of Media, Communication and Power, da King’s College de Londres, Martin Moore, reflete sobre a influência do digital, porém no âmbito político. “A revolução nas comunicações – o colapso dos veículos e a ascensão de plataformas tecnológicas hegemônicas, como Google, Facebook e Twitter – tem maltratado as nossas eleições. Mais ainda, tem reestruturado a política, desafiado as instituições existentes e remodelado o papel do cidadão”. Do mesmo modo, no mundo dos negócios, as redes sociais foram capazes de colocar o absoluto de ponta cabeça. O prestígio adquirido com a aparição em uma reportagem na TV pode ir por água abaixo, caso criem uma fofoca maléfica ao seu respeito. As referências foram perpassadas.
Como lidar com o compartilhamento de fake news
Imersos no meio remoto, a maioria dos ouvidos pela Aberje (76%) não enxergam nas redes sociais uma ferramenta capaz de auxiliar no combate contra publicações distorcidas. Pelo contrário, entendem-na como um revés a ser tratado. “Erraram ao presumir o princípio democratizante das ferramentas digitais. Usaram-nas para correr atrás de seus objetivos e obtiveram benefícios desproporcionais. Não importava se os alvos eram democráticos, autocráticos ou anárquicos”, indaga Moore. A fim de fugir dos malefícios inerentes à mentira, veja abaixo algumas dicas.
Estruture um comitê para lidar com a desinformação: as organizações participantes, em sua maioria (57%), têm um comitê estruturado para lidar com uma eventual deturpação. Sua função é monitorar a sua aparição nas redes e na mídia. “É dever de todos combater esse grave inconveniente do contemporâneo. As companhias precisam preparar mais seus colaboradores para enfrentar os perigos e a urgência dessa questão”, sinaliza Santos.
Divulgue notas internas e externas de esclarecimento: em momentos de crise informacional, a convicção é um elemento basilar a ser conservado. Quando a imagem de um estabelecimento é questionada publicamente, os colaboradores devem ser os primeiros convencidos a permanecerem fidedignos ao seu lado. Para tanto, a divulgação de comunicados e notas de esclarecimento é fundamental. Após o sucesso de uma campanha interna, ficará mais fácil estruturar uma divulgação externa. Dê a volta por cima e combata esse malefício.
Gostou das orientações? Então, verifique as informações a sua volta, combata as inverdades e, claro, compartilhe o conteúdo com os amigos! Preservar o bem-estar da sua marca é essencial. Para tanto, basta ter iniciativa. Quer mais toques como esse? Continue nos acompanhando em nosso blog e nas redes sociais. Ah! Não esqueça de conferir o aplicativo Nube Vagas, disponível para Android e iOS. Para aproveitá-lo, deixe sempre as notificações ligadas e não perca nenhuma novidade.
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