Conforme um experimento realizado em 1932, intitulado de Efeito Hawthorne, quando um trabalhador sente-se avaliado, ele desempenha suas funções de maneira mais engajada e consegue aumentar a sua produtividade. Apesar de ser um estudo com mais de 90 anos, assumiu um papel importante na estruturação de um recurso muito utilizado no ambiente corporativo atualmente: o feedback. Venha se inteirar sobre o impacto positivo dessa ferramenta nesta matéria!
A comunicação e reconhecimento nas corporações
Segundo a pesquisa Data Report: The State of Employee Experience, uma boa devolutiva pode melhorar os pilares de uma organização como um todo. Até mesmo a rotatividade é reduzida quando implementa-se essa essa conduta regularmente nas firmas, demonstrando como uma simples conversa impactam a satisfação do time. Além disso, os indivíduos não notados por seus gestores possuem duas vezes mais possibilidade de desmotivarem-se, enquanto aqueles contemplados por seus pontos fortes têm 30 vezes mais chances de engajar.
Nesse sentido, estar atento à trajetória de todos dentro da companhia é essencial quando falamos sobre motivar profissionais. “Assim, deixa-se o velho hábito de confiar no fato de uma pessoa saber quando está trabalhando bem e se desempenha corretamente, afinal de contas, autoavaliação existe, mas não funciona da mesma forma como um feedback”, analisa Thiago Gomes, CEO do Smartleader.
Assim sendo, essa estratégia garante ao público interno uma certa maturidade e proporciona um upgrade necessário para lidar com os desafios do mundo corporativo. “Saber engajar vai muito além de apenas proporcionar às pessoas um ambiente para fazerem seu trabalho adequadamente, é inspirar e motivar equipes, sobretudo, dialogar e proporcionar possibilidades de crescimento por meio de conversas motivadoras”, reforça Gomes.
O poder do feedback em pauta
De acordo com a Harvard Business Review, 71% dos altos executivos classificam o engajamento dos colaboradores como chave para o sucesso dos negócios. Isso porque diminui o índice de turnover, aumenta a produtividade e alinha os valores empresariais. Para colocar esses conceitos em prática não existe segredo além da criação de um mecanismo fortalecedor da comunicação e sentimentos do quadro. Nesse contexto, elencamos sete dicas para aproveitar-se do poder do feedback. Veja:
Separe o tempo ideal para cada avaliação: os integrantes de um time possuem personalidades distintas e é preciso determinar um intervalo de devolutiva específico cada um. Com uma rotina de feedbacks em intervalos mais curtos, não haverá uma listagem tão grande de apontamentos. Caso a frequência de encontros seja menor, deve-se organizar um período de trocas maior. Sobretudo, não fale com pressa e faça pausas entre as frases e exemplos. “Sempre digo: investir o tempo com o seu funcionário com o objetivo de desenvolvê-lo, sem julgamento, é genuíno”, pontua Paula Simone, diretora da Health Business School.
Desenvolva um roteiro para conversar com o colaborador: organize os comentários em tópicos para conseguir desenvolvê-los com sensibilidade. Com tudo estruturado do começo ao fim, aproveita-se melhor o tempo com cada funcionário e conversar sobre tudo.
É interessante sentar-se de frente com o funcionário: como bem sabemos, o corpo fala e ele pode ajudar a reforçar a mensagem na qual se deseja transmitir. Posicione-se confortavelmente na cadeira e solte os ombros e membros como se estivesse com as mãos estendidas para auxiliá-lo. É importante lembrar: esse diálogo deve ser amistoso em prol de um melhor recebimento e compreensão do receptor.
Comece pelos pontos positivos: um conselho interessante é não começar a reunião pelo problema, pois esse início serve para a pessoa sentir-se acolhida e receber o comunicado de coração e cabeça aberta. Dependendo do indivíduo, um comentário negativo pode ter um efeito contrário e gerar frustração, desconexão e melancolia. Proporcione um ambiente favorável e de confiança, sempre fortalecendo a ideia de ser uma cultura organizacional essa conduta. Isso porque não se trata de uma iniciativa individualizada e todo o staff passará por isso.
Utiliza-se de exemplos para cada apontamento: dependendo da temporalidade de alguma situação, o indivíduo pode não se lembrar de um acontecimento específico ou identificar os próprios erros. Nessas horas, trazer a tona alguma atitude ou emoção pode ajudar na assimilação dos fatos. Seja um momento isolado ou em público, é necessário mencioná-lo para evitá-lo novamente. Não cabe ao gestor julgar a pessoa, mas o seu papel é trazer uma reflexão para o seu desenvolvimento profissional e até mesmo pessoal.
A clareza e transparência fazem a diferença: muitas vezes, o assunto a ser abordado pode ser delicado. No entanto, a verdade deve prevalecer acima de tudo. Nesse sentido, é relevante evitar o tom grosseiro e exercitar a empatia ao escolher os termos certos. Afinal, até mesmo a entonação da voz impacta uma fala ofensiva ou agressiva. “As palavras mal ditas, mensagens mal escritas, falta de um olhar e saber ouvir, podem desmotivar o funcionário”, conclui Paula.
Sempre agradeça pela oportunidade de falar: é fundamental colocar-se à disposição caso surja alguma dúvida e, principalmente, reforçar o seu papel em ajudá-lo e orientá-lo para atingir o máximo do seu potencial. Recapitule os pontos a serem trabalhados e reconheça suas competências de destaque. Elogiar, celebrar e divulgar boas condutas é a peça-chave para manter a equipe engajada. Isso deixará o integrante feliz e servirá de inspiração para os demais.
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