Quando trata-se de um cargo de liderança, qual imagem vem a sua cabeça? A figura de um chefe ideal pode variar, de caso a caso. No entanto, com o passar dos anos ela tem transitado – de maneira uniforme – para uma direção oposta à recorrente, anos atrás. O comandante carrasco, responsável por utilizar da força e autoridade como metodologia de cobrança, caiu em desuso. Hoje, perante a ascensão de debates – sociais e introspectivos –, a rispidez padece frente à escuta ativa e ao respeito. Segundo uma pesquisa realizada pela Robert Half, 87% dos executivos brasileiros consideram o papel de ouvinte como chave do sucesso de um gestor. Quer descobrir como acompanhar essa tendência? Confira a matéria a seguir!
Interpretação sobre os cargos de liderança
O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) realizou uma pesquisa, com 26.551 estudantes, a fim de entender a percepção sobre o tempo necessário para exercer uma função dirigente. Os resultados mostraram como 39,34% afirmaram conseguir cumprir a labuta em até um ano. Outros 28,40%, indicaram um curto período, de um a três anos, para despir-se da posição de encarregado. Surpreendentemente, apenas 25,32% dos entrevistados citaram "experiência" e "maturidade" como necessárias para ocupar a liderança. Esse ímpeto precoce, apesar de demonstrar engajamento, pode reverberar na insurgência de lideranças despreparadas. “É preciso rodagem para entender as entrelinhas da interação interpessoal. Antes de colocar o funcionário no centro, deve-se compreendê-lo”, defende a especialista, Tonia Casarin.
Para atender às necessidades de um estabelecimento, um candidato deve ter disposição e estar atento a diversas qualidades – porém, com foco na aprendizagem. É essencial para quem busca gerenciar, seguir as tendências e os fluxos de sua área, visto a constante mudança do ecossistema. O surgimento da tecnologia transformou completamente a maneira como as corporações relacionam-se com seus clientes, suas experiências, o modelo de negócios e a construção de suas marcas. Carlos Eduardo Altona, sócio fundador da Exec, destaca a relevância de se adaptar às alterações. A partir delas, conduzir equipes e organizações – diante a aparição de desafios imprevisíveis – torna-se menos afrontoso.
Para chegar ao cargo de chefia, é necessário ter uma combinação de habilidades. Os headhunters ainda persistem em caçar executivos com características clássicas de um coordenador. Todavia, também buscam um mindset digital avançado, ou seja, adaptado à tecnologia e suas trepidações. Conforme um levantamento da Michael Page, 58% dos recrutadores procuram profissionais com capacidades de comunicação e relacionamento interpessoal. Ou seja, o vínculo tornou-se pré-requisito para o comando. “Ser um líder vai além de masterizar uma única competência. É preciso colecioná-las, a fim de sempre ampliar o seu leque organizacional. Portanto, ser um gestor eficaz significa ter um repertório flexível. Detenha, desde o domínio das hard skills, às aptidões comportamentais”, complementa.
Orientações para gerir como referência
Para auxiliar nessa jornada até o topo, o Nube, em parceria com os dois especialistas, coletou algumas dicas imperdíveis para abrilhantar os olhos de selecionadores do chamado C-level. Dessa forma, será possível aperfeiçoar o perfil de futuros gestores. Veja os tópicos abaixo:
Apoie-se no lifelong learning: quem apresenta-se hábil para permanecer em contato com o conhecimento, sempre estará à frente dos demais. Isso é crucial para viver em um mundo o qual apresenta-se em metaformose, dia após dia. “A cada crise econômica, o mercado altera a sua dinâmica e exige uma adaptação à nova realidade. As pessoas tomam decisões de trabalho e consumo cada vez mais movidas por propósito e impacto socioambiental. Pautas como essa não estavam tão escancaradas na mesa há alguns anos”, destaca o sócio fundador da Exec.
Aflore sua visão estratégica: ter em suas mangas a capacidade de síntese é algo fundamental para executivos de alto escalão. Deve-se priorizar os principais problemas a serem solucionados e erguer a cabeça para o futuro, a fim de entender quais as oportunidades, efetivamente, mais relevantes a serem exploradas.
Invista na comunicação: ter o amplo domínio da fala é um recurso valioso para quem lida com material humano. Portanto, o diálogo é peça substancial para um comandante popular, cativante e reconhecido. “Hoje em dia, gerar impacto é um fator basilar nas relações empregatícias. A comunicação é uma das chaves para se tornar um ocupacional de sucesso. É por meio dela, como conseguimos alinhar e definir expectativas, bem como engajar e inspirar. Em um cenário pós pandêmico, com atuação híbrida ou em home office, têm-se um contato menos intenso com os funcionários. Isso apenas reforça a crucialidade de ter uma estratégia de interlocução para construir empatia e gerar comprometimento”, pontua o executivo.
Opte sempre por ser participativo: a capacidade de construir um ambiente positivo e diverso, com equidade e oportunidade, é primordial no contemporâneo. “Com a insurgência da pandemia, o ecossistema empresarial finalmente acordou para a importância da saúde mental dos colaboradores. Desde então, cobra-se dos gerentes uma postura mais humanizada. Assim, a qualidade de vida e o equilíbrio entre o âmbito pessoal e profissional foram para o centro do debate. Dentro desse contexto, a pauta da pluralidade e inclusão também cresceu. Precisa-se saber lidar com as diferentes gerações presentes, muitas vezes, em um mesmo time. Pautar seu método de administração no acolhimento do grupo é, hoje, um grande diferencial”, sinaliza Altona.
Oriente-se para resultados: em um sistema extremamente competitivo, com alto senso de urgência, a competência de deixar claro quais os resultados factíveis de serem entregues é medular. No final das contas, não há como escapar dos rendimentos. Porém, é possível mirar esse objetivo a partir do bem-estar. Com um clima mais leve e humano, no ambiente de trabalho, a equipe consegue operar em harmonia – obtendo maior performance. “A saúde dos grupos impacta na sua produtividade. Assim, amplifica-se o alcance de suas metas”, finaliza Tonia.
Gostou das indicações apresentadas? Então, não fique parado, atualize-se, treine o diálogo, siga tendências e alcance seus sonhos! A hora para mudar o mundo a sua volta com o seu impacto e abastar-se de futuro é agora. Tenha iniciativa e permaneça aberto para aprender. Quer mais toques como esse? Continue nos acompanhando em nosso blog e nas redes sociais. Ah! Não esqueça de conferir o aplicativo Nube Vagas, disponível para Android e iOS. Para aproveitá-lo, deixe sempre as notificações ligadas e não perca nenhuma novidade.
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