Qual a sua avaliação sobre o ambiente de trabalho o qual você está inserido? Basta olhar em volta e logo percebe-se uma significativa mudança de clima, quando comparado com o período pré-pandemia. De acordo com uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o número de demissões voluntárias, no Brasil, tem aumentado – mês após mês. Conforme especialistas na área de psicologia e gestão de pessoas, a procura por novos ares, fora do contexto laboral, tem se mostrado uma demanda física, comum a cada vez mais setores da população. Quer descobrir suas principais causas e como mitigar a problemática? Acompanhe a matéria a seguir e confira!
Aumento do número de casos
Essa prática espontânea, cerceada pelo desapego, tem atraído inúmeros funcionários ao redor do país. Somente no primeiro semestre de 2022, foram registrados mais de 2,9 milhões de desligamentos optativos. O número – alarmante – evidencia um aumento de 32,5%, em relação ao mesmo período, em 2021. Essa modalidade representou 33,4% de todas as dispensas reportadas nos últimos cinco meses. Ou seja, um terço das demissões correntes nas companhias acontecem, não por ordenamento do gestor, mas pela insatisfação do funcionário. Para a psicóloga Mônica Campelo, o fenômeno das renúncias em massa implicará em novas reflexões sobre o embate entre a importância do trabalho e a qualidade de vida.
Um movimento como esse, retira parte significativa do controle de uma equipe das mãos do coordenador. Logo, prova-se um male, não somente a quem se sentiu restringido ao ponto de “abandonar o barco”, como também às próprias organizações. Por isso, a rotina empresarial carece, cada vez mais, da inclusão de temas, como saúde mental e o convívio com os parentes. A partir de sua introdução, será possível humanizar os espaços e construir um diálogo seguro entre colaborador e gerência. “Formas de inverter a prioridade do ofício, motivação, produtividade, competição e outros fatores responsáveis por ‘sequestrar’ as pessoas do seu convívio íntimo, são algumas das mudanças trazidas pela influência da Covid-19”, pontua Mônica.
Transformações pandêmicas
O ano de 2020 sempre será marcado como um divisor de águas na história humana. Com a insurgência da pandemia, o chamado status-quo foi colocado, mundialmente, de ponta cabeça. Sonhos, ao redor do globo, foram assombrados pelo medo, ideais se modificaram e relações reconfiguraram-se. “Com o apagar das luzes, a reclusão nas casas e todas as suas consequências, os valores de sobrevivência foram ressignificados. Percebeu-se como a vida é muito curta. Entre ter o básico e ter o dia amanhã, preservou-se o futuro. Em linhas gerais, esse boom tornou-se responsável por embaralhar a prioridade de valores das pessoas”, sugere a gestora de carreira e neurocientista, Andrea Deis.
Atualmente, quando se pergunta a alguém a respeito dos fatores considerados insubstituíveis, a resposta surpreende por sua humanidade. “A tendência é receber uma réplica com valores fins. Qualidade de vida, momentos com a família e o puro ato de sorrir são relatos frequentes. O processo de ‘ter, fazer para ser’ não é mais sustentável. Nessa lógica, caso algum dia você não tenha mais nada, entraria, portanto, em uma despersonificação de si”, complementa Andrea. Esse período alterou drasticamente a forma como lida-se com os próprios pensamentos. Logo, um ato reflexo no universo do relacionamento interpessoal prova-se algo premeditado.
Nessa mesma linha, Mônica enxerga a influência do coronavírus como uma encruzilhada. Perante a ela, pôde-se ter a chance de optar, novamente, por decisões deixadas para trás ou nunca antes apresentadas. “Esse evento epidêmico trouxe para nós a coragem de fazer escolhas. Isso reverbera na relação entre empregados e empreendimentos. Apesar das dificuldades, idealmente, todos devem ganhar. A corporação, caso ceda ao fluxo, receberá em produtividade. Os parceiros, por sua vez, poderão exercer o direito de guiar-se por opções, em prol de sua qualidade de vida e saúde mental”, observa.
Complicações da tendência
A preocupação pelo bem-estar e sanidade intelectual é ainda mais latente no cenário pós pandêmico. Infortúnios, como a síndrome de Boreout, Burnout e a demissão silenciosa (quiet quitting, do inglês), são alguns exemplos em voga. Eles são frutos, justamente, da transformação de valores no meio ocupacional. Outras prioridades são postas na frente do “viver para o trabalho”. Desse modo, caso não haja nenhum tipo de apoio ou incentivo, perde-se engajamento e, consequentemente, produtividade. Para lutar contra isso, a promoção de expedientes positivos é indispensável. Apenas dessa maneira, colaboradores conseguirão acalmar-se em meio às demandas, vencer a chateação e conseguir encontrar motivos para colocar seus esforços em prática.
Com um ecossistema saudável, os turnovers, decorrentes das adversidades citadas, são diminuídos. Portanto, deve-se prezar por lideranças positivas, estimular um senso de pertencimento e abrir espaço para todos serem ouvidos. Conforme a gestora de carreira, o salário é, hoje, o terceiro ou quarto critério para um concorrente sentir-se feliz em uma vaga. “Quando falamos de um local benéfico, tratamos da diminuição de doenças psicossomáticas, fortalecimento de propósito e engajamento. Quem está contente, precisa de um esforço menor para realizar grandes conquistas. Já os frustrados, com tédio ou depressão, necessitam de um empenho muito elevado para obter pequenos resultados”, dimensiona.
Introduza hábitos saudáveis
Perante um contexto tomado por dores e adversidades cansativas, é preciso abandonar o marasmo e desenvolver um plano de melhoria. O resgate de metodologias e estratégias aparece, portanto, como uma saída viável. Para isso, o Nube, em parceria com a gestora de carreira e neurocientista, separou algumas orientações perfeitas a fim de atingir um clima ideal dentro das entidades. Veja a lista abaixo:
- Aposte em flexibilidade de horário
- Lidere participativamente
- Celebre conquistas e superações
- Priorize o bem-estar psicológico
- Invista na educação
- Proponha novos desafios
É preciso compreender como a chave do tesouro – muitas vezes – não está guardada em questões individuais ou egocêntricas. Quem desenvolve o ambiente, aprimora toda um grupo, de uma só vez. Ou seja, tem resultados exponencialmente maiores, quando comparado com um investimento unitário. Para Andrea, o segredo do sucesso reside na valorização de quem está ao seu lado. Portanto, tome como princípio a seguinte máxima: “cuide de quem se presta a te ajudar”, finaliza.
Gostou das indicações? Então, adapte o seu negócio conforme as diretrizes do mercado, cuide dos membros de uma equipe e, claro, compartilhe o conteúdo com os amigos! A hora para alavancar a atuação dos times é agora, basta ter iniciativa. Quer mais toques como esse? Continue nos acompanhando em nosso blog e nas redes sociais. Ah! Não esqueça de conferir o aplicativo Nube Vagas, disponível para Android e iOS. Para aproveitá-lo ao máximo, deixe sempre as notificações ligadas. Mantenha seu cadastro atualizado, atenda às nossas ligações e consulte o seu e-mail para não perder nenhuma novidade.
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