O mercado de trabalho passa por inúmeras transformações e o ritmo de mudança não tende a parar por aí. Dentro de muitos fatores responsáveis por essas atualizações, existe um com grande potencial, a entrada de uma nova Geração nas organizações. Nesse sentido, quando um grupo de pessoas com diferentes perspectivas começam a chegar nos cargos, as dinâmicas tendem a mudar para reter esse público, seja em vagas de aprendizagem, estágio ou efetivos, pois ao mesmo tempo eles também se tornam consumidores. Então veja, nesta matéria, como preparar a sua corporação para os novatos do meio empresarial.
Entenda mais sobre a divisão de Gerações
A segmentação dessas pessoas acontece de acordo com as alterações significativas no cenário mundial. Logo, são definidas por viver em determinado período e o seu desenvolvimento ter sido baseado na cultura da época, opiniões, história, política e outros fatores. Como por exemplo, os bebês nascidos neste instante, terão contato com os smartphones e as suas funcionalidades como algo natural em seu aprendizado. Esse conhecimento é contrário à criação de seus avós. Então, confira mais sobre a divisão geracional:
Baby Boomers: em livre tradução, esse termo significa explosão de bebês, essa geração é fruto de um período pós Segunda Guerra Mundial, entre aproximadamente 1945 e 1964, fazem parte da grande quantidade de nascimentos influenciados pela volta dos soldados para as suas casas. Atualmente, representam a população com 58 a 77 anos, em idade eletiva para a aposentadoria e o descanso da rotina laboral. Em suma, devido a conduta utilizada na época, se caracterizam como pessoas mais rígidas e disciplinadas. Elas prezam pelo bem-estar e estabilidade financeira.
Geração X: um novo comportamento surge para se “opor” ao anterior, assim como as escolas literárias, mas longe de uma competição. Essa relação de diferença mantém ativa a diversidade e os novos aprendizados para os mais velhos. Logo, por volta de 1965 e 1979, com um tempo menor de dominância, se faz presente as inovações e idéias do grupo X. Esses indivíduos tomaram a técnica de uso dos recursos tecnológicos em seu início, pois a data condiz com a corrida nesse meio promovida pela Guerra Fria. Eles são adeptos a uma liberdade maior para romper com os princípios anteriores. Hoje em dia, encontram-se com 43 a 57 anos, ainda em contribuição com o mercado.
Geração Y ou Millennials: fazem parte dos anos 1980 até 2000, nessa época pautada pela globalização, a conexão com outras culturas e o comportamento consumista tinham níveis elevados. Além disso, eles têm presença marcada no início das tecnologias de comunicação e da Internet. Por isso, são um público com uma compreensão natural sobre essas ferramentas. O momento em questão já pregava o conceito de imediatismo e aceleração, afinal as coisas começaram a ficar cada vez mais ágeis devido às atualizações propostas. No presente, essa Geração têm de 23 a 43 anos. Seu comportamento no mercado foge da fixação em um local e buscam por recompensas atrativas ao seu padrão de vida.
Geração Z: chegaram ao mundo a partir dos anos 2001, até hoje, os nascimentos nessa fase fazem parte dessa classificação geracional. A sua idade atual é a mais diversa, com recém nascidos até pessoas com 22 anos. Mesmo assim, já existem muitos deles compondo o universo laboral e junto com a similaridade da criação anterior, prezam pela liberdade, diversidade e ascensão financeira. O mecanismo recorrente em sua rotina é a presença nas redes sociais.
Além disso, de acordo com Ahmed Sameer El Khatib, coordenador do Instituto de Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), o contexto o qual essa galera foi inserida foi de alta movimentação. “A Geração Z é a primeira a ter crescido em uma economia globalizada e digitalizada e muitos destes indivíduos têm uma compreensão mais abrangente da inflação e suas implicações. Além disso, são mais conscientes do impacto ambiental e social de suas escolhas financeiras e podem estar buscando opções mais responsáveis e sustentáveis para investir e gastar seu dinheiro. Além disso, passaram pela pandemia de Covid-19, recessão econômica e alta da inflação. Essas preocupações afetam seu comportamento, inclusive de consumo”, analisa.
A Geração Z se tornou a novidade nas organizações, saiba como recebê-los
A Geração Z já representa 32,7% da população mundial. São quase 2,5 bilhões de pessoas nascidas no mundo digital. Sendo assim, a sua inclusão nas companhias tem se tornado uma ação efetiva para alcançar a nova atmosfera tecnológica do universo empresarial. Então, para reter esses talentos, a CEO da John Richard, Pamela Paz, lista quatro atitudes consideradas essenciais pelos novatos:
Transparência e clareza - esses profissionais prezam mais a razão da existência de uma empresa e menos a sua proposta comercial. "Definir e comunicar claramente o propósito da entidade, motiva os talentos a trabalharem diariamente melhor. Além disso, quando não se identificam, nem se conectam com os pontos defendidos pelo nome, logo perdem a motivação e tendem a buscar novos desafios. Resumindo, os discursos de fachada não os convencem”, afirma.
Flexibilidade - eles também preferem um modelo de trabalho mais flexível e espontâneo. De acordo com Pamela, valorizam mais autonomia e, por isso, horários rígidos, monotonia, férias fixas e tarefas rotineiras são um convite à demissão.
Inclusive, segundo uma pesquisa sobre “Flexibilidade no Mercado de Trabalho”, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope, 73% dos brasileiros desejam ter um expediente mais flexível. “Esta liberdade e independência os tornam mais proativos e dedicados”, aponta a CEO.
Feedbacks - acostumados com os sistemas de avaliação dos sites e redes sociais, surge a necessidade de receber feedbacks sobre suas competências e habilidades. “Investir nas considerações, sejam elas para reconhecimento ou até mesmo instruir melhorias, é essencial. Afinal, eles enxergam esses incentivos às hard skills como uma forma de afirmação do quanto são importantes dentro e fora da companhia”, destaca Pamela.
Cultura Organizacional - esse grupo está muito preocupado com os aspectos sociais e ambientais. Por isso, sempre buscam apoiar causas nobres. Inclusive, a identificação com a cultura organizacional é apontada por eles como o principal motivo para permanecer em uma corporação. Portanto, demonstre e ofereça um ecossistema justo, igualitário, com respeito às diferenças e valor das relações humanas.
Gostou das sugestões? Quer saber mais sobre as tendências do mercado e como colocá-las em prática na sua posição ou vida pessoal? Acompanhe o Nube! Estamos prontos para te atualizar sobre assuntos em alta no meio corporativo, diariamente, pelo blog e nas redes sociais. Siga o @nubevagas no Twitter, Instagram, Linkedin, TikTok, Youtube e Facebook e não perca nenhuma novidade.
O Nube incentiva e apoia a diversidade e inclusão!