Devido ao instante pandêmico, as relações e o modo de vida foram completamente alterados. Diante disso, foi preciso se adaptar a uma nova realidade, além de superar uma grande perda. Nesse cenário, outra preocupação se instaurou na população, a saúde mental virou uma pauta essencial após o desgaste gerado pelo período. Assim, as pessoas voltaram a atenção para o seu bem-estar em diversas áreas, dentre elas, o mercado de trabalho ganhou destaque. Por ser um âmbito essencial e presente no cotidiano, foi cotado como um ambiente dependente de políticas de saúde para se manter estável. Então veja, nesta matéria, qual a importância de sustentar esses aspectos ativos na corporação.
Por que o mercado de trabalho é conectado com a saúde mental da população?
Quando o assunto é cuidados mentais, diversos universos têm influência nesse estado. Dentre eles, o familiar, estudantil, financeiro ou outros, isso porque eles podem despertar sentimentos e ações nocivas para a estabilidade. Nesse sentido, o meio empresarial se destaca por envolver e depender dessas demais partes citadas. Além disso, o seu funcionamento, muitas vezes, tende a causar gatilhos, os quais resultam em problemas psicológicos.
Essa relação frágil com o ecossistema corporativo foi comprovada quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou a Síndrome de Burnout como uma doença ocupacional. Ela caracteriza uma condição de esgotamento por uma rotina intensa de trabalho, responsável por ocasionar estresse, ansiedade, doenças cardíacas e até mesmo um quadro de depressão. Apesar de ter sido reconhecida oficialmente apenas no início do ano passado, ela já aflige os brasileiros. Segundo a pesquisa Pebmed, um em cada três trabalhadores sofrem com a patologia, assim ela afeta mais de 30 milhões de pessoas no Brasil.
Afinal, quais são as causas do esgotamento?
O relatório Saúde Mental pela Perspectiva das Pessoas Colaboradoras, produzido pela Talenses Group em parceria com a plataforma Wellz aponta quais atitudes, dentro de uma empresa, têm a capacidade de piorar o psicológico dos seus funcionários. Com 572 respondentes, o resultado foi: 43% dos entrevistados citaram o excesso de tarefas como “gatilho” de crises, seguido por pressão por resultados e metas (31%) e o sentimento de precisar estar disponível o tempo todo (30%).
As metas estipuladas por muitos brasileiros, para este ano, incluem o cuidado mental
Para reduzir as métricas e dar esperança de um cotidiano melhor, muitos indivíduos estabeleceram como objetivo o cuidado com esse quesito. Segundo um diagnóstico, apurado pela MindMiners, esse propósito fica atrás, somente, do foco financeiro, o qual é a prioridade de 54% dos respondentes, em seguida é colocada em perspectiva a saúde física 50% e a mental 49%.
Esses tópicos podem se conectar quando o aspirante procura e desenvolve a sua carreira a partir de uma paixão. Sendo assim, quando a felicidade é alcançada com mais facilidade em seu ofício, a performance e o crescimento tornam-se melhores também. “A saúde mental pode ser impactada tanto por questões pessoais quanto profissionais, então, a falta de satisfação pode sim comprometer as relações e a qualidade do trabalho. O alerta está aí, é quando o colaborador começa a ficar mais recluso e sem disposição para as demandas por conta do cansaço físico, mental e da dificuldade de concentração”, explica a especialista em carreira e comportamento Rebeca Toyama.
Como as organizações podem contribuir na criação de uma atmosfera saudável para os seus colaboradores?
Dar suporte a uma equipe por completo é uma missão difícil, mas não deve ser descartada pelos gestores. Então, para auxiliar os líderes nessa tarefa e tornar a organização preparada para superar as adversidades psicológicas a psicóloga e professora de mindfulness, Fabiana Saes, apresenta cinco pilares essenciais para estabelecer esse hábito:
1.cultura: ao investir em uma cultura de saúde mental no ambiente de trabalho, as corporações podem tornar o local mais acolhedor e menos estressante para seus funcionários. As companhias devem promover esse tópico, tornando-o uma parte integrante dos costumes. Então, disponibilizar o acesso a programas de auxílio psicológico, como terapia, aconselhamento e atendimento por especialistas da área, além de programas e treinamentos de bem-estar, exercícios físicos, meditação ou outras atividades com o intuito de ajudar a gerir os sentimentos ruins ocasionados pela rotina
2.comunicação: manter o diálogo aberto e transparente é fundamental para os funcionários se sentirem confortáveis em discutir suas preocupações e receber o apoio de seus colegas e superiores. Colaborar para uma cultura de comunicação honesta, clara e ampla, permite também os trabalhadores compartilhem seus pensamentos e sentimentos sem medo de julgamento e também se sintam valorizados, ouvidos e amparados.
3.diversidade e a inclusão: esses conceitos são importantes para garantir para todos os funcionários um local de valorização e aceitação, independentemente de sua origem, raça ou gênero. Assegurar um ambiente de contribuição seguro e saudável, sem discriminação ou assédio, pode acontecer por meio de treinamentos de comunicação não violenta, diversidade, inclusão e entre outros.
Uma investigação feita McKinsey & Company, acerca do tema, aponta para quando o mundo corporativo contrata pessoas de outras raças, as chances de rendimento acima da média são 35% maiores, assim como manter colaboradores com diversidade de gênero também elevam em 15% o rendimento.
4.flexibilidade: um ofício nessas circunstâncias pode ser caracterizado como o qual permite os funcionários a terem mais tempo para sua vida pessoal. Dessa forma, o resultado prevê a redução no estresse e a sensação de sobrecarga. As entidades podem deixar o seu quadro trabalhar de forma flexível, além de incentivá-los a tirarem férias regulares.
5.acompanhamento: a assistência regular de saúde mental é crucial para garantir o recebimento do apoio. Assim é possível captar e reconhecer as suas necessidades a fim de se manter saudável e equilibrado.
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