O início do ano é marcado pela vontade de determinar inúmeras metas e o empenho para realiza-lás. Apesar de existir um conceito popular sobre a virada de chave para o novo período, onde diz como tudo começa somente após a semana de carnaval. No entanto, independentemente de quando é o ponto de partida, ao longo do tempo, a motivação pode ser um aspecto mutável, principalmente, quando perdemos o “pique” de mudar nossos hábitos. Nesse sentido, para as organizações não sofrerem com o desestímulo da equipe, seja por questões pessoais ou empresariais, é necessário saber como revigorar o sentimento de satisfação. Então veja, nesta matéria, a importância do engajamento!
Uma pessoa engajada pode multiplicar a satisfação dos demais
Não muito diferente do universo digital, uma pessoa tem o poder de influenciar os demais a sua volta, seja de maneira positiva ou negativa. Apesar de vertentes diferentes, o engajamento nas redes sociais consegue exemplificar bem o efeito do recurso. Afinal, no mundo das mídias, quem recebe esse quesito consegue atingir níveis mais altos e estabelecer a sua imagem digital.
Para medir como a performance dos colaboradores consegue alcançar o seu parceiro de equipe, o próprio Núcleo Braisleiro de Estágios (Nube) fez um levantamento. A partir da seguinte pergunta: “Conviver com pessoas motivadas influencia na minha produtividade?”, com cerca de 26 mil votos, a conclusão é uma afirmativa.
Para 76,42% a resposta foi sim e muito! Saem da zona de conforto e rendem muito mais! Outra parcela também é suscetível a persuasão, porém de maneira negativa, 8,17% justifica se estão ao lado de quem vive de baixo astral, as atividades são prejudicadas. Os demais, buscam formas das ações não intervirem, assim 12,53% procuram se blindar para não ser afetado por quem está ao lado e 2,88% aponta como depende do seu estado emocional, se estão bem, não há importância, mas na situação contrária, seguem ladeira abaixo.
Além dessas métricas, outros números apontam como esse fator é positivo para o gerenciamento das companhias. Segundo a Gallup, as empresas com uma equipe nessa circunstância são até 22% mais lucrativas quando comparadas às concorrentes, as quais têm um nível baixo de empenho. O dado apurado pela Clevry fala sobre o impacto na taxa de rotatividade, algo preocupante para os nomes atualmente. De acordo com a entidade, uma força de trabalho engajada atinge um rodízio de funcionários cerca de 24% menor.
Veja como tornar todos os colaboradores, ou pelo menos a maioria, um pilar favorável dentro da organização
Apesar de parecer um quesito simples, não é tão fácil satisfazer uma equipe completa. No entanto, existem algumas atitudes para criar essa atmosfera favorável. “Manter uma equipe interessada e com propósito, é uma missão um tanto quanto desafiadora para muitos líderes, mas, é um processo com resultados a curto e a longo prazo. Sendo os benefícios não apenas para a companhia, mas também para o time e para o próprio desenvolvimento em demais áreas da vida dessa pessoa”, aconselha Juliana Simões, Head of Customer Experience na Kamino. Então, Alexandre Zuvela, sócio da EXEC, consultoria especializada em Executive Search, dá cinco dicas para instaurar essa cultura no grupo:
Reconhecimento: a falta de práticas de reconhecimento da qualidade do trabalho do profissional, seja com elogios, agradecimentos ou simplesmente notar o desenvolvimento de um colaborador, pode afetar rigorosamente a motivação. É desanimador dar o seu melhor em uma entrega e não receber um retorno adequado.
Para mudar esse cenário, os líderes podem estabelecer algumas práticas para reconhecer o alcance de metas e destaques na performance, oferecendo algum tipo de premiação ou aumento de remuneração. “Quando a empresa conquistar um resultado importante, comemore com todos. Isso esclarece o quanto a participação deles contribuiu para a organização alcançar o êxito. O reconhecimento pela dedicação e empenho, mostra preocupação com seu time”, comenta.
Definir metas para dar significado ao trabalho: o salário já não é mais o único aspecto para um profissional talentoso sair de casa e se dedicar a uma jornada de trabalho. Embora o dinheiro seja importante, muitos indivíduos estão em busca de desafios. Os objetivos são um combustível. Para a empresa significa a possibilidade de aumento no faturamento, já aos colaboradores, é essencial ser um propósito maior de conquista para realização de sonhos.
Com isso, estabeleça metas diárias, semanais, para pequenos grupos e áreas, sempre os desafiando a se superarem. “Um ambiente harmônico, colaborativo e participativo vai estimular nas pessoas sentimentos bons e relacionamentos saudáveis. Mesmo em dias de tensão, excesso de trabalho e pressão, se houver suporte, estrutural e emocional, ainda assim, desempenharam um bom resultado”, explica o especialista.
Focar e incentivar o desenvolvimento: é fundamental incentivar a participação da equipe a partir de treinamentos, seminários, workshops e lives. Logo, contribuindo para o desenvolvimento de quem compõe a sua marca. Além disso, o aprendizado de novas metodologias, ferramentas e soluções tecnológicas, ajuda na formação de especialistas.
Promover uma escuta ativa: é ideal ouvir para saber como estimular a motivação. Além das pesquisas, é essencial promover um canal de escuta ativa. Essa ação dá voz para alcançar um retorno sobre algum assunto, ação ou comportamento. O feedback, por exemplo, pode ser o meio de conexão com os gestores. No entanto, de nada vale esse instante se os líderes não estiverem realmente dispostos a acolher os relatos. “Escutar é uma virtude e requer se despir de objeções e preconceitos para, então, entender as causas de uma possível desmotivação”, analisa Zuvela.
Ser flexível: essa ação é ter a capacidade de se reinventar. Uma empresa com esse perfil é aquela disposta a realizar mudanças, uma necessidade cada vez maior diante de um mercado tão dinâmico e competitivo. A flexibilidade consiste tanto em uma modalidade com liberdade em termos de localização quanto de horário para executar suas atribuições.
Zuvela ainda complementa: “já não estamos mais na era do cumprimento de tarefas com foco apenas em remuneração. Os colaboradores querem mais, eles buscam propósito, desafios, bem-estar, e os líderes devem deixar processos rígidos de lado e adotar esse ponto como um pilar da gestão para motivá-los”, finaliza o profissional.
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