Nos últimos anos o mundo corporativo passou por mudanças significativas e empresas de diversos segmentos tiveram de se adaptar à uma nova realidade, mantendo, ainda assim, o engajamento dos seus colaboradores. Esse cenário impulsiona tendências, as quais devem se fortalecer e otimizar o ritmo de trabalho. Assim sendo, estar ciente das mesmas e a par das novas abordagens em foco é imprescindível para se sobressair à concorrência e alcançar o sucesso. Se atualize do assunto agora!
Tendências corporativas para 2023
No geral, entender as movimentações acontecendo no mercado é importante para desenvolver um planejamento bem sucedido. “No momento de traçar metas e as estratégias para a empresa, é fundamental o líder ter uma noção antecipada das próximas tendências a vista”, comenta Constanza Hummel, CEO e fundadora da Building 8. “Independentemente dos objetivos de negócio, quando a questão em jogo é como se preparar para as novidades, a resposta-chave é a mesma: investir em aprendizado contínuo”, completa.
Assim sendo, cinco inclinações chamam a atenção para 2023 e, de acordo com a especialista, ganharão ainda mais destaque este ano. Veja quais são elas!
Soft skills: em um cenário desafiador e de mudanças constantes, o termo ganhou espaço. É o conjunto de competências ligadas à personalidade, ao comportamento e a maneira como as pessoas estabelecem suas relações interpessoais. Nos próximos anos, essas características serão mais valorizadas por líderes e gestores. “Apesar de subjetivas e intrínsecas, o mercado observa com mais cuidado as soft skills e estão evidenciando a capacidade dos indivíduos de se adaptar a mudanças e desafios do cotidiano”, ressalta.
Estratégias de retenção de talentos: reduzir a taxa de rotatividade de pessoas é um objetivo claro entre grande parte das instituições, seja para economizar com recursos para substituição de contratados, melhoria corporativa ou maior engajamento, a fim de gerar aumento do rendimento. “Tão relevante quanto contratar sujeitos competentes é a capacidade de mantê-los sempre motivados e dispostos a contribuir com as iniciativas propostas”, explica.
Saúde mental: o assunto ganhou mais espaço nas estratégias de gestão de gente e virou sinônimo de sucesso entre as companhias. “Cada vez mais será comum a implementação de ações ajudando a garantir o bem-estar dos profissionais e há um bom tempo deixou de ser um diferencial para se tornar parte integrante da rotina das organizações”, esclarece.
Trabalho remoto: em 2020, o teletrabalho se intensificou devido à expansão da pandemia da Covid-19, mas essa é uma oportunidade sem indícios de perder força, pelo contrário, nos próximos anos deve estar ainda mais alinhada à tecnologia. “As firmas entenderam os benefícios oferecidos pelo trabalho remoto para o desenvolvimento e engajamento”, comenta Constanza. “Além de entregar maior liberdade e horários flexíveis, essa modalidade ultrapassa barreiras geográficas e promove a integração de todo o time, independentemente da localidade”, continua.
Autonomia dos funcionários: as novas configurações como o home office integral ou híbrido, oferecem mais liberdade para os subalternos e impactam positivamente na atuação individual. Além de desenvolver habilidades como gestão de tempo, disciplina e qualidade de vida. “O colaborador com mais autonomia para executar suas atividades, automaticamente é mais engajado e produtivo. As organizações vão, cada vez menos, microgerenciar suas equipes para extrair o melhor de cada um”, finaliza.
Novas abordagens já no processo seletivo
Com o crescimento do universo tech no Brasil, muito se fala sobre a falta de profissionais qualificados para as vagas deste segmento e como os estabelecimentos têm se posicionado para encontrar os perfis ideais. Em levantamento feito pela Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), no Brasil, é estimado haver uma carência de 400 mil especialistas do setor para as chances existentes. Pensando em diminuir esse número, a prática de recrutamento humanizado tem se destacado como uma ação permitindo um fluxo de seleção mais leve, ágil e assertivo, além de mais acolhedor e atrativo para os candidatos.
Essa atitude traz o foco para os indivíduos durante os processos seletivos. No geral, é notório como as prioridades dentro do mundo corporativo mudaram atualmente e não se concentram apenas em hard skills, mas também em soft skills e na importância dada às preferências individuais das partes interessadas, seja para saúde física e mental ou até mesmo para a conexão de valores estabelecidos na relação empregatícia. Entre as vantagens disso, estão a retenção de talentos alinhados com o propósito da firma e, consequentemente, o aumento do comprometimento, melhorias na produtividade e redução nos índices de turnover.
A necessidade de humanização no setor de tecnologia
Considerando as altas exigências nas qualificações, as contratações no ramo de tecnologia costumam ser mais cansativas pelos extensos procedimentos e variados testes para avaliação. Isso tudo pode atrapalhar a demanda caso falte um olhar humano durante as etapas. “Os processos seletivos tradicionais já não se adequam às necessidades de profissionais e times de tecnologia”, aponta Karine Silveira, COO e Head de Cultura, Pessoas & Pets da Impulso. “Atualmente, as relações de trabalho saudáveis e consequentemente produtivas acontecem a partir do cuidado genuíno uns com os outros, e isso deve começar desde o primeiro contato”, aponta Karine.
Segundo a executiva, é crucial a ação ocorrer sempre em um ambiente acolhedor e com um alinhamento assertivo de expectativas entre as partes. “Após o esclarecimento das fases e das expectativas da corporação, é essencial a utilização de uma linguagem empática e dispor de uma comunicação clara e objetiva, principalmente sobre o detalhamento e atualização dos estágios a seguir. O mais essencial é manter a cultura do feedback transparente para os candidatos não terem a sensação de perda de tempo ou dúvidas quanto à decisão”, pontua a COO.
“Na contramão dos processos tradicionais, essa prática busca proporcionar um local saudável para os iniciantes e, em consequência disso, apresentar os aspectos positivos do empreendimento. Com uma postura garantindo o acolhimento das pessoas, passamos a mensagem do reconhecimento dos trabalhadores vindo à frente do lucro da companhia”, finaliza Karine.
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