Para realizar projetos com base nas características do público, é preciso conhecer tendências e contextos genéricos de acesso por meio de dados estatísticos. Logo, quando se trata de marketing, seja ele digital ou não, alguns elementos são relevantes, como demografia no geral. Assim, o último censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) se faz relevante, onde mostra o Brasil com uma média de 215 milhões de habitantes das 5.570 cidades brasileiras. Desses, 49,2% faz parte da população masculina e 50,8% da feminina. Para 2023, a projeção atual é de 217 milhões de indivíduos na nação.
No contexto do mundo on-line, de acordo com a pesquisa Digital 2022 do Data Reportal, 77% são usuários de Internet, mas 79,9% utilizam redes sociais. Isso acontece porque, uma pessoa, geralmente, é usuária de mais de uma plataforma ao mesmo tempo, inclusive, o número médio mensal de acessos é de 8,7. No total, da média de mais de 10h gastas diariamente nesse universo, aproximadamente 5h e meia são via celular. Ou seja, saber utilizar essas informações a favor de uma marca pode ser uma alternativa muito consistente e lucrativa. Nesse sentido, a publicidade se desenvolve cada vez mais, tornando-se aliada de um negócio. Saiba mais sobre o ramo e sua importância.
Valores ESG e a nova geração
A inserção da doutrina ESG (meio ambiente, social e governança) no dia a dia corporativo tem desafiado entidades por todo o globo. Isso devido ao fato de não ser algo fácil colocar esses valores em prática, principalmente por envolverem um redirecionamento no modelo das organizações, implantando atividades de sustentabilidade nos três eixos e criando impactos comprovados e metrificados. “Nessa hora, o marketing traz ferramentas as quais permitem a ativação desses princípios por meio do branding social”, explica a pesquisadora e professora de Marketing da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Shirlei Camargo.
Pensando em maneiras de ativar essa parceria, desenvolvê-la no direcionamento certo é uma ótima abordagem. “Uma das questões a ser desmistificada é a aliança do ESG à caridade. Na verdade, é estratégico para a empresa investir e comunicar corretamente as ações baseadas nesses critérios”, afirma a especialista. Para ela, as gerações atuais estão mais atentas ao posicionamento das instituições. “A era Z tem um ‘chip’ diferente e está muito preocupada com o futuro da humanidade. Eles realmente cobram as organizações, com a mobilização dos consumidores”, ressalta.
Nesse caminho, o greenwashing é um risco, ao fazer propaganda de ser sustentável ou social, quando na verdade realizam somente pequenas ações de caridade, o chamado socialwashing. Por exemplo, existem corporações lucrando bilhões, porém destinam a projetos sociais menos de 50 mil reais. Assim, são mais valorizadas as marcas realmente focadas nesses valores.
A alta dessa cultura pós pandemia
Como um todo, existem lacunas reais para o impacto positivo proporcionado por essa cultura organizacional. “As marcas são as principais interessadas em fazer essas transformações acontecerem na sociedade, a partir da qualificação e de geração de renda, via presença digital. Esse é um nicho de expertise fundamental a ser acelerado e conectado com a cultura ESG”, pontua Claudia Coser, CEO e fundadora da plataforma Nobis.
A partir da sua atuação, a empresária avalia como tal implementação se encontra diversificada na sociedade. “O termo já era discutido há mais de uma década, mas, com a pandemia, os impulsos foram acentuados”, destaca. É interessante analisar esse comentário e qual a relevância da expansão do coronavírus e o isolamento social nesse cenário. Com toda a crise sanitária, a nação em geral se tornou mais adepta a preceitos mais humanizados, de saúde mental, preocupação com o entorno, incluindo outros seres e a natureza, além de uma qualidade de vida. A alavancagem foi promovida também a partir de fundos econômicos e organizações internacionais para aderirem. Isso se materializou, por exemplo, com o BNDES, o qual adota linhas de crédito com taxas especiais para entidades assumindo compromissos nessa agenda. “Isso fica muito atrativo para as empresas”, avalia a CEO.
Um outro ponto, provavelmente o de maior força a médio e longo prazo, diz respeito às alterações no comportamento do cliente. “Muitos sujeitos talvez não saibam exatamente o significado da sigla, mas, com certeza, desejam um planeta melhor para estar. Os indivíduos também querem sociedades mais justas, com menos desigualdades sociais, e isso vai influenciar as decisões de compra”, salienta.
A simplificação do termo em partes
De um modo geral, no quesito ambiental do termo, as firmas ainda estão em uma fase de cumprir os requisitos e deveres legais, porém, para andar na direção da Economia Regenerativa e Circular, são necessários outros passos fundamentais. “Trata-se de mudanças nas operações, materiais, ampliação do ciclo de utilização dentre outros aspectos com o poder de mudar o jeito de produzir e de consumir”, avalia.
Quanto ao social, as ações reportadas pela maioria das companhias ainda são muito mais assistencialistas e descoladas dos negócios e não comprometidas com a transformação de realidades. Isso porque o “S” da expressão é diferente do esperado e de costume da maioria dos estabelecimentos, tanto nas proporções internas quanto nas externas. “Uma prova de como as organizações precisam avançar nessa dimensão está relacionada ao fato do investimento social privado, na maioria dos lugares, não passar de 0,5% sobre o lucro operacional bruto, bem como não ultrapassa de 2% entre as bem ranqueadas”, destaca Claudia.
Quando o assunto é a governança, envolvendo GRC (Governança, Risco e Compliance) é necessário atentar-se para requisitos transcendendo à conformidade legal e expandir para relacionamentos de confiança entre ambos os públicos relacionados. “Em vez de assumir ou negligenciar riscos, os empreendimentos precisam se antecipar e ter estratégias para a mitigação deles”, finaliza.
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