Antes, quando éramos apenas crianças, a decisão de quem queríamos ser se classificava como algo simples. No entanto, ao crescemos, as coisas são diferentes no instante de escolher a carreira. Janeiro chegou ao fim e o início das aulas coloca ainda mais pressão sobre esse tópico. Nesse sentido, para quem terminou o ciclo básico ou está indo para o último ano do ensino médio, a definição de uma área para a atuação está cada vez mais próxima. Então veja, nesta matéria, como selecionar uma profissão sem medo.
Como as pessoas decidem o seu futuro profissional?
Para mensurar como isso ocorre, o próprio Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), fez uma pesquisa a partir da seguinte questão: “o que te fez escolher sua futura profissão?”, com aproximadamente 28 mil respondentes, os resultados se dividiram. Sendo para 36,12% a remuneração e as chances de crescimento, 29,42% definiu a partir de pesquisas realizadas sobre essa carreira, já 24,85% usou da orientação de profissionais com base em suas características pessoais, já 7,19% considerou o status da área na sociedade, por fim, 2,41% foi influenciado pela opinião de amigos e familiares.
Afinal, porque ser especialista em um segmento é tão importante?
Atualmente, o mercado de trabalho ainda é um ambiente de extrema competitividade. Dessa forma, escolher um nicho para se dedicar é fundamental para ir em busca do conhecimento e aplicá-lo. Assim, a formação além da escola tem um grande impacto nos níveis de participação quando se trata do ambiente corporativo. De acordo com um levantamento recente feito pela Abmes (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior) sobre empregabilidade, 69% dos graduandos — basicamente sete em cada dez — estão empregados.
Ao ingressar em uma universidade ou em uma formação técnica, é possível ampliar o seu campo de atuação e até mesmo, experimentar as teorias vistas em sala de aula, na prática. Isso porque, as pessoas com a matrícula regularmente ativa em sua instituição de ensino podem ser candidatos do estágio. Essa modalidade acaba sendo um fator decisivo, pois mostra para os aspirantes como é atuar em determinada função. Logo, caso o discente não se identifique com aquele cotidiano, é uma alternativa para procurar outra opção.
O autor Uranio Bonoldi pontua como ponderar essa questão sem medo. “Obviamente, assumir riscos é importante para o nosso crescimento profissional e, certa dose de imprevisibilidade é benéfica, pois isso nos instiga a usar a criatividade para agir. Porém, é preciso cuidado com uma decisão equivocada. É preciso se prevenir para não gerar um ciclo de erros, os quais tornam ainda mais difícil a recuperação da sua carreira”, alerta.
Confira as profissões estimadas pelo mercado de trabalho
Antes de considerar uma atividade, é necessário ter em mente um aspecto de extrema relevância: o âmbito empresarial está em constante modificação, agora com ainda mais rapidez. Uma coisa é fato, caminhamos para uma adaptação digital intensa, então, presume-se como os cargos serão completamente renovados daqui a alguns anos. Afinal, segundo uma pesquisa encomendada pela Dell Technologies ao IFTF (Institute For The Future), a qual analisou os impactos das tecnologias até 2030, estima-se para esse instante, como 85% dos postos de trabalho existentes serão novos. Por isso, Larissa DeLucca, CEO da Negócios Acelerados e Diretora da Fundação Mulheres Aceleradas, aponta as profissões em alta neste instante:
- Engenharias: sempre renovada e atualizada, a engenharia acompanha a evolução da sociedade há milênios, sendo responsável por diversas inovações da sociedade moderna. Hoje, as mais requisitadas funções da engenharia são as associadas ao mundo atual, a engenharia de dados cresceu meteoricamente e agora já está consolidada, como uma maneira eficiente de analisar as informações de uma companhia. Já o Engenheiro de ESG (Environmental, Social and Governance) - sigla responsável por estabelecer diretrizes de objetivos sociais para as companhias - é uma promessa de demanda ainda maior nos próximos anos.
- Finanças: com a constante abertura de novas organizações no Brasil, é necessário especialistas de finanças e contabilidade com a expertise para lidar com a criação e o seu cenário futuro. Além disso, o consumidor vai exigir outras práticas das empresas, como sustentabilidade e responsabilidade social.
- Jurídico: as dificuldades da Internet incentivam a presença de órgãos jurídicos também nessa área. Um levantamento feito pela Robert Half, mostrou como a tecnologia, o varejo, e-commerce, serviços, bens de consumo e agronegócios são os segmentos com mais oportunidades juristas no momento e esse segmento deve crescer ainda mais com a iminência do metaverso em nossas vidas.
- Recursos Humanos: o aumento da conscientização e percepção sobre a saúde mental, está causando um grande aumento na procura por aspirantes qualificados da área. Em linhas parecidas, colaboradores especializados em onboarding e comunicação interna estão sendo mais requisitados, mostrando a clara procura por quem sabe se aplicar esses aspectos com uma equipe.
- Tecnologia: desde o início do século, o meio tecnológico já se estabeleceu como o mais lucrativo para as marcas, inclusive, as com maior valuation da modernidade. Ou seja, aquelas relacionadas ao digital. No momento, a Apple é a primeira colocada, avaliada em U$1 trilhão. Portanto, desenvolvedores, programadores e técnicos de TI devem ganhar cada vez mais espaço no campo comercial, pois a busca por indivíduos criativos e eficientes para pensarem em boas soluções irá aumentar.
- Empreendedorismo: não se trata exatamente de uma carreira, empreender é uma alternativa considerada por milhões de brasileiros. Ela está em constante crescimento no Brasil, basta ter uma boa ideia, dedicação e força de vontade para começar seu próprio negócio, sem a necessidade de passar por entrevistas e os processos burocráticos.
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