É sempre interessante pensar na resistência inicial da sociedade como um todo para coisas novas. Quando a Internet começou a se popularizar e muitos gestores de marketing levantavam a importância de desenvolver um site e se integrar ao mundo virtual, inúmeras companhias não entendiam a necessidade de investir tanto em uma ação, inicialmente, vista apenas como propaganda. Hoje, poucas empresas sobreviveriam sem se apresentar on-line, tendo em vista como, antes de comprar ou até mesmo fechar um grande projeto, consumidores, especialistas e CEOs, visitam primeiro as páginas de buscas para encontrar referências sobre o parceiro. Hoje, o mesmo fenômeno incide sobre o metaverso. Todavia, as corporações não tem noção de como esse ambiente virtual está intrinsecamente ligado ao cotidiano empresarial. Por isso, entenda agora mais sobre ele.
O que é Metaverso e quais as suas funcionalidades?
Com a mudança, em outubro de 2021, do nome do império de Mark Zuckerberg para Meta, incluindo o WhatsApp, Facebook e Instagram, é quase impossível nunca ter ouvido falar do Metaverso, seja sendo impactado por algum anúncio de curso sobre o tema ou notícias de personalidades divulgando e monetizando seus avatares. Entretanto, o que seria exatamente isso? Vale a pena alocar tempo, equipe e dinheiro em algo ainda em processo de desenvolvimento? Para muitos pode parecer loucura, mas, na verdade, existem diversas chances e possibilidades dentro desse meio as quais tem o poder de expandir um negócio.
“O termo foi citado pela primeira vez há 30 anos, no livro de ficção científica Cyberpunk ‘Snow Crash’, do autor norte americano Neal Stephenson, no qual relata a história de um jovem entregador de pizzas utilizando dessa inovação para fugir da sua realidade distópica em uma sociedade fragilizada por crises financeiras, políticas e pela violência. Algo bem semelhante ao vivido recentemente”, esclarece Frederico Samartini, CEO da Yssy & CO.
Segundo a consultoria McKinsey & Company, esse artifício tech já recebeu 120 bilhões em investimentos só no ano passado, e tende a aumentar gradativamente mais nesse novo período iniciado em 2023. As características envolvem ambientes virtuais imersivos, coletivos e persistentes. Ou seja, precisa gerar vivências entre sujeitos por meio de personagens de si mesmos personalizáveis. Ademais, não pode ser pausado, mesmo você saindo. No geral, é uma evolução da Internet atual a qual permite estar presente e ter uma vida em dois universos distintos.
A adaptação a esse novo mundo
Pela novidade da tecnologia, os escritórios virtuais colocam o nome das marcas em destaque na mídia e entre os associados. “Com o lançamento da sede da empresa onde trabalho neste novo mundo, entendemos como os benefícios são bastante concretos. Ela já faz parte da cultura anywhere office, ganhando adeptos ao redor do globo, mas com a chegada no Metaverso, conquistamos um leque de oportunidades. Mantivemos a rotina básica de uma companhia em um local físico, mas com vantagens, como acústica, para as conversas informais permanecerem privativas, o nosso mural de recados sempre atualizado, auditório para grandes eventos e ações de endomarketing para lidar com a cultura, porém com muito mais aroma de b2”, explica Camila Bernardinelli, head de marketing da B2finance.
No caso dos profissionais de marketing, por exemplo, aumentam-se as ferramentas para encantar e engajar mais indivíduos. Para os clientes, existem salas individuais para encontros, com capacidade para comportar mais gente, onde pode-se realizar estratégias e assinar contratos. Ademais, para essa burocracias documentais, além de tudo, o Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), conta com uma união com a Assine Bem para ajudar com tais demandas. A firma é especializada em rubricas e arquivamentos digitais de certificados e declarações no geral, trazendo, com o auxílio da tecnologia, mais comodidade, economia, segurança e sustentabilidade.
“A cada nova reunião, os participantes externos saem encantados com a experiência do Metaverso e compartilham isso conosco e com o mercado. Outro ambiente é o próprio centro de convenções (ainda em construção), onde iremos expor continuamente nossas soluções e abriremos espaço para parceiros apresentarem suas marcas e serviços”, exemplifica Camila.
A expansão e massificação dessa tecnologia
Para fazer uma avaliação do quão interessante é para uma entidade adotar esse método, é relevante utilizar o Hype Cycle, uma metodologia de análise de crescimento de novas tecnologias, criada pelo Instituto Gartner. “Ele é dividido em cinco etapas subsequentes: Gatilho da Inovação, Pico das expectativas, Abismo da Desilusão, Rampa do Iluminismo e Planalto de Produtividade. Hoje, o Metaverso está na primeira etapa, sendo o momento no qual algumas organizações criam protótipos e ferramentas para testar no mercado. Essa etapa, geralmente, é cercada por um aquecimento no apelo midiático e especulações sobre o assunto. É uma ótima oportunidade para quem tem como estratégia de marketing ser percebido como “early adopters" de algo”, esclarece Samartini.
Entretanto, até chegar na última etapa, o momento onde passa a ser adotado em grande escala e fazer parte da rotina da massa, é necessário tempo e muito investimento, especialmente em infraestrutura. A expectativa é dessa fase levar mais de dez anos para de fato se estabelecer. “Do que valeria um smartphone se só pouquíssimas pessoas tivessem acesso a eles e sem rede de Internet móvel para poder se conectar?”, reflete o especialista.
É relevante estudar sobre assuntos como esse, emergentes no geral, as quais possivelmente farão parte de um futuro próximo, mas é ainda mais relevante as lideranças estarem preparadas para conduzir a transformação digital em suas entidades. Dessa forma, é viável entender a estratégia por trás do negócio e investir de maneira consciente e assertiva, sem estar constantemente vulnerável às rápidas mudanças do mercado. Essas alterações, como um todo, são algo inevitável e, para não ficar de fora, atrás da concorrência e se perder na modernização, todos os setores precisam se reinventar. O foco atualmente não é mais o novo normal visto com a pandemia e o pós Covid, mas a inovação acima de tudo.
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