Segundo uma pesquisa do Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios, 17,57%, de um total de 17.483 respondentes entre jovens de 15 a 29 anos, querem ser seu próprio patrão e idealizam não trabalhar para ninguém. Nessa estatística, encontramos estagiários, aprendizes e efetivos. Afinal, gradativamente mais o profissional observa o empreendedorismo como uma solução. Sendo assim, se você também possui esse sonho, fique por dentro do assunto!
As estatísticas são favoráveis para quem quer abrir o próprio negócio
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem mais de 25,7 milhões de trabalhadores autônomos. Já o MEI (Microempreendedor Individual) alcançou a faixa de 13,5 milhões de empresas registradas.
Existem muitos motivos para levar alguém a esse desejo. Principalmente em um cenário de crise, como o vivenciado na pandemia, a alta taxa de desemprego pode levar a esse caminho como uma maneira de contornar a situação e uma chance para mais indivíduos. Em geral, pode ser temporário até uma recolocação formal, mas, por vezes, se torna um projeto de vida.
Além disso, conforme o levantamento do Nube, 17,53% ou 3.064 dos entrevistados, é visto como uma boa opção, considerada precursora para abrir portas, considerando mais tranquilidade e controle. Isso porque ser seu próprio coordenador permite um mar de possibilidades, como maior liberdade com horários e prosperidade financeira.
Para o professor de economia da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio, Rubens Moura, a contratação dessa mão de obra tende a se expandir e ser consolidada no país. “O aumento do empreendedorismo no país vem crescendo gradualmente e essa transformação também afeta as instituições. Ao observar o cenário, é possível ter perspectivas para o futuro, como a inclusão de outras fontes de renda, ao oferecer um produto ou serviços para terceiros ou clientes”, explica Moura.
Todavia, a alta inflação e demais obstáculos criam barreiras para novos negócios, interferindo na continuidade da marca. “No Brasil, não temos essa cultura, pois é arriscado e exige pensar no comportamento do mercado. As responsabilidades também crescem, pois o empreendedor precisará pensar no fornecedor, colaborador, imposto e em todos os processos para o funcionamento da operação”, destaca.
Para Moura, é essencial abordar esse assunto nas escolas como uma maneira de estimular futuros executivos na nação. “A educação empreendedora é libertadora. Com o novo ensino médio, os alunos terão a oportunidade de despertar essa atividade em sala de aula. Até o trabalhador deve pensar na inovação para melhorar o serviço, produção e criar negócios”, conclui.
Também é uma ótima alternativa para acompanhar as transformações constantes, como as tecnológicas. Segundo o professor, as startups são formas de empreendedorismo, assim como as fintechs (serviços de financeiros). O diferencial dessas corporações diz respeito aos pensamentos disruptivos, com destaque ao ESG (sigla para Social, Ambiental e Governança), cooperativismo, veganismo, responsabilidade social, entre outros.
Quer entender mais sobre o assunto? Leia: entenda a ascensão do ESG nas empresas!
Quero abrir meu próprio empreendimento, e agora? Como ter ideias sobre novos negócios?
De acordo com dados levantados pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) apontam: o Brasil registrou um número recorde de abertura de pequenos negócios em 2021. Foram mais de 3,9 milhões de empreendimentos, representando um aumento de 19,8% em relação a 2020, quando foram criados 3,3 milhões de micro e pequenas empresas.
Para corroborar, o Ministério da Economia publicou na página do Governo Federal, as métricas do primeiro quadrimestre de 2022, as quais demonstram a abertura de mais de 1,3 milhão de instituições na nação. O saldo no período ficou positivo, com 808.243 ativas, já descontando as 541.884 fechadas. Com esse resultado, o total subiu para 19.373.257 companhias operando efetivamente.
É claro, empreender diz muito sobre quem tem a iniciativa, ainda mais para fazer a marca superar os primeiros anos e se consolidar no mercado. Além disso, também está relacionado a personalidade. Em geral, são pessoas com uma ampla visão e muito comprimento com seus objetivos. Contudo, ter concepções novas é um dos maiores dilemas, independentemente de quem está à frente na jogada.
Para Cleber Brandão, especialista em gestão de lojas e focado no varejo, é crucial se atentar para alguns pontos. “No processo para geração de novas ideias, o mais importante é dar a atenção necessária para a estruturação, existindo alguns caminhos a serem seguidos”, comenta.
Dessa forma, ele orienta: “um desses trajetos é buscar ideias a partir do próprio perfil pessoal. Ou seja, quem é, quais coisas mais gosta, os conhecimentos e, principalmente, a sua rede de relacionamentos. Essa abordagem é conhecida como “effectuation”, quando se pega os tópicos preferidos e transforma em fonte de renda. Isso também é conhecido como propósito de vida”, declara. Assim, a chance de criar algo no qual você acredita e confia é ainda maior.
De acordo com o especialista, outra opção é observar com atenção à sua volta. “É possível identificar uma oportunidade valiosa durante uma viagem, por exemplo, como no caso do executivo Dietrich Mateschitz, da Red Bull. Em uma visita à Tailândia descobriu uma bebida energética para o ajudar com o jetlag. Ele levou o licor para a Áustria e desde então se espalhou ao redor do mundo”, relata. Para contextualizar, o jetlag é um distúrbio temporário do sono, ocorre quando o relógio biológico do corpo está fora de sincronia com os sinais de um novo fuso horário.
Acompanhar tendências e analisar como elas podem se projetar no futuro também é uma maneira assertiva. “O envelhecimento da população brasileira, por exemplo, além de uma perspectiva, é uma realidade. Dessa forma, pensar em soluções para as necessidades emergentes, é um caminho para a descoberta de novas fontes de negócios”, comenta Brandão. Desse modo, você consegue ter mais clareza se realmente quer administrar uma corporação e tem paixão nisso. “Se não der brilho nos olhos, não é um negócio”, finaliza o executivo.
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