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Comece o ano com um RH renovado 

Notícia | 03/01/2023

Pedro Fagundes

De qual maneira o seu negócio encarou o ano de 2022? Apesar de ter sido um retorno ao cenário pré-pandêmico, diversas estruturas foram incisivamente alteradas. A insurgência da Covid-19 provocou marcas inapagáveis na face do mundo. O isolamento social foi responsável por forçar uma migração – em definitivo – das companhias para o on-line. Esse movimento proporcionou a aparição de tecnologias adormecidas, como o home office. A substituição de modelos descolou o ecossistema para a conectividade. Esse passo, por sua vez, potencializou a dinamicidade da atuação e colocou a relação entre homem e trabalho de ponta cabeça. Quer saber como lidar adequadamente com o contemporâneo? Acompanhe a matéria a seguir e confira!

 

Tendências do setor de recursos humanos

A abertura de novos ciclos costuma proporcionar a implementação de novidades nos mais diferentes setores. A bola da vez é olhar para o RH e enxergar a possibilidade de adaptar-se, a fim de encarar melhor os desafios do digital. Após quase três anos de crise sanitária, não apenas a labuta foi transformada, mas – principalmente – o perfil do colaborador. “No radar, estão os novos modelos de ocupação, híbridos ou remotos, e fundamentalmente, o fato de cada funcionário ter a sua particularidade. Esse é o momento para repensar o propósito e o valor da organização, apostando no indivíduo”, explica o CEO da Fit Anywhere, Pedro Kauffman.

De acordo com um estudo realizado pela Gartner, 60% dos entrevistados apontam a eficiência da liderança como a mais notável tendência do mercado de recursos humanos. Ou seja, a presença do gestor no cotidiano de seus empregados mostra-se, cada vez mais, importante para o contexto empresarial. Sua preocupação com o meio é chave para a promoção de conforto dentro das quatro paredes do escritório. “É preciso falar sobre saúde mental de forma aberta e transparente. Apesar dessa não ser uma preocupação restrita à pandemia, os últimos anos a colocaram como foco. Deve-se entender a unicidade do parceiro, com todas as suas dimensões e complexidades”, enfatiza a diretora executiva de pessoas na Sodexo, Fabiana Galetol.

A compreensão de existir uma vida apartada do ofício, repleta de necessidades específicas, é chave para iniciar a mudança. Por isso, prestar assistência é direcionar os olhos ao indivíduo, entender suas especificidades e oferecer soluções capazes de ajudá-lo como pessoa. Todo o contratado está em busca de um ambiente confortável, o qual preze pela reciprocidade e reconheça os esforços de seus integrantes. “Afinal, promover o bem-estar e a felicidade é a senha para a criação de um vínculo afetivo com o estabelecimento. Assim, reduz-se a taxa de turnover e impulsiona-se o time a alcançar melhores resultados”, pontua Kauffman.

 infográfico sobre o panorama trabalhista

Dicas para fomentar um RH voltado ao contemporâneo

Frente a um contexto amontoado por transformações, atrair os melhores especialistas do ramo prova-se um grande desafio. A renovação virtual ampliou os horizontes da atuação ao passo de alterar perspectivas, reformar relações e desengajar equipes. A fim de se adaptar à novidade, o Nube, em parceria com Fabiana Galetol, separou algumas orientações para ajustar a conexão com os trabalhadores e alavancar seu rendimento. Veja a lista abaixo:

Paranoia da produtividade: assim como o conflito acerca do retorno ao escritório, os altos executivos e suas equipes não estão de acordo sobre o rendimento do molde híbrido. Apesar dos trabalhadores acreditarem em sua eficiência, 85% dos líderes afirmaram ter dificuldades para conferir esse compromisso. A “paranoia da produtividade”, portanto, pode ser definida como a desconfiança obsessiva dos diretores em relação a sua equipe, por não conseguir observá-la presencialmente.

Quiet Quitting: trata-se de um movimento pautado pela busca de uma vida laboral equilibrada com os propósitos particulares. O ocupacional toma a decisão de limitar suas tarefas ao estritamente necessário. Essa distinção visa estabelecer limites claros entre o privado e o organizacional. Assim, as pessoas cumprem com suas obrigações, mas não demonstram esforços para a melhora. “Esse é o momento das lideranças se conectarem com os times e entenderem o seu propósito. Considerar os aspectos de segurança psicológica, pontos de vista diferentes, novas ideias e aprendizados a partir de erros se tornou fundamental”, ressalta Fabiana.

Cultura da confiança: os laboradores do futuro acreditam ter consciência sobre sua capacidade de entrega às firmas. Por isso, esperam das empresas, a formação de laços de confiança com eles. As longas jornadas e a utilidade medida por horas ficaram no passado. Os assalariados melhor qualificados querem ser avaliados por objetivos específicos, os quais permitam uma maior flexibilidade com o seu tempo.

Geração Flex: de acordo com o relatório de contração internacional da Deel, cerca de 74% das equipes remotas possuem entre 16 e 34 anos. Os jovens estão cada vez mais presentes nos ambientes empregatício. A maioria deles iniciou sua experiência trabalhista a distância e alguns, sequer, já pisaram em um escritório. Por isso, suas aspirações são diferentes e a maleabilidade é essencial na hora de aceitar uma oferta.

Diversidade, equidade e inclusão: a sustentabilidade dos empreendimentos está diretamente relacionada à adição de pluralidade e integração em suas agendas. Segundo uma pesquisa elaborada pela Fundação Getúlio Vargas, em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Humanos, somente 18% afirmaram observar, em suas corporações, planos com foco em grupos minorizados, como mulheres, pessoas negras, com deficiência, LGBTQIAP+ ou indígenas. “Por isso, é necessário avançar para estratégias capazes de ultrapassar as vagas afirmativas na base. Para tanto, é preciso criar ambientes onde prioriza-se a inclusão de maneira estruturada, com políticas e projetos prontos para serem veiculados”, finaliza a diretora executiva.

 

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