O ano virou e a preocupação com as matrículas nas universidades começa a tomar o dia a dia dos estudantes. Isso porque em primeiro ponto saem as notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), também iniciam as inscrições em programas como o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e o Prouni (Programa Universidade para Todos), os quais promovem a entrada dos aspirantes em uma graduação. A partir dos estudos mais aprofundados em uma determinada área é possível construir seu nome no mercado, mas afinal, como decidir a profissão correta? Então, para responder esse questionamento, fique até o final da matéria e descubra como determinar a sua futura carreira.
Por que é tão importante investir em uma profissionalização?
Não necessariamente é preciso ingressar em um curso superior após encerrar o ensino básico, ou seja, o nível médio. Existem sim outras alternativas para promover uma especialização e tornar o seu perfil profissional atraente para as empresas. Em suma, é preciso frisar o quanto o mercado de trabalho continua competitivo e exigente. Logo, quem não tem experiência anterior fica em desvantagem e, para os indivíduos sem uma formação ampliada, é ainda mais difícil encontrar um espaço, pois não tem potencial para ser desenvolvido, ou conteúdo teórico para colocar em prática.
Veja quais são as vantagens para quem cursa o ensino superior
De acordo com um levantamento recente feito pela Abmes (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior) sobre empregabilidade, 69% dos graduandos — basicamente sete em cada 10 — estão empregados. Ainda nessa mesma linha, um estudo sobre os níveis de emprego, realizado pelo Instituto Semesp (Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação), em parceria com a plataforma Symplicity, demonstrou como para 82,2% dos oriundos de universidades, tanto públicas quanto privadas, houve alguma melhoria em sua vida pessoal após terminar o curso de graduação. Cerca de 24% citaram aprimoramentos salariais, 19,9% ingressaram em uma pós-graduação e 33% relataram conseguir o primeiro emprego ou um novo cargo em seu segmento de atuação.
A especialização pelo nível técnico também não fica para trás
Para a especialização técnica, os números também são positivos. Segundo a pesquisa “Inclusão produtiva de jovens com ensino médio e técnico-profissional: experiência de quem contrata”, feita pela Fundação Roberto Marinho, Itaú Educação e Trabalho e Arymax, os discentes do ensino técnico têm 81% mais chance de conseguir uma oportunidade. O estudo também mapeou a percepção das companhias sobre a inserção de jovens no mercado de trabalho. Além da maior taxa de empregabilidade, o levantamento mostrou como a partir dessa formação profissional, há maior possibilidade de permanência e ascensão nas corporações.
O que aflige os futuros profissionais a decidirem um caminho?
A Kathia Maria Costa Neiva, Psicóloga e parceira da Vetor Editora explica quais fenômenos aumentam a preocupação na hora de escolher uma trajetória para se dedicar. “São inúmeras as variáveis a serem consideradas no momento de tomar essa decisão. Sendo assim, elas provocam muitas dúvidas, questionamentos e inseguranças”, explica a especialista. Dentre os empecilhos impostos, Maria encontra três principais:
Medo de escolher errado: o ser humano tem muitos interesses, diversas habilidades e, portanto, não existe uma única profissão capaz de proporcionar a felicidade. Em qualquer escolha, incluindo a da carreira, corremos riscos. Aceitar os imprevistos inerentes à uma via é o primeiro passo.
Instabilidade nas áreas: Outro fator importante, é o número de profissões, esse cresceu vertiginosamente nos últimos tempos e continuará em ampliação. O estudo “Projetando 2030: uma visão dividida do futuro” encomendado pela Dell Technologies ao IFTF (Institute For The Future), estima para 2030: 85% dos trabalhos existentes serão novos.
As possibilidades do mercado: isso se baseia em escolher uma opção com um bom mercado de trabalho. Ou seja, com ofertas e garantia de oportunidades. Por isso, muitos hoje vislumbram a possibilidade de empreender, de constituir suas próprias “startups”.
Afinal, como tomar uma decisão assertiva?
O próprio Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), fez uma apuração para observar quais são os critérios considerados pelos aspirantes. A partir da pergunta: “O que te fez escolher sua futura profissão?”, os 28.203 participantes dividiram os seus motivos. Para 36,12% foi a remuneração e as chances de crescimento, 29,42% definiu a partir de pesquisas realizadas sobre essa carreira, já 24,85% usou da orientação de profissionais com base em suas características pessoais, já 7,19% considerou o status da área na sociedade, por fim, 2,41% foi influenciado pela opinião de amigos e familiares. Então, encontre outras maneiras de descobrir quem você quer ser, mesmo já tendo crescido:
Orientação profissional: esse é um processo auxiliar, pois amplia o autoconhecimento, permitindo a identificação de interesses, habilidades, valores e expectativas com relação ao futuro. Além disso, amplia a percepção da realidade profissional, educativa e treina o instante de decisão, facilitando assim a escolha de forma consciente e madura. Esse serviço é oferecido por orientadores profissionais, em geral psicólogos ou pedagogos.
Testes vocacionais: para quem não sabe nem por onde iniciar uma busca mercadológica, um teste pode ser a melhor opção para visualizar as alternativas compatíveis com seus gostos e habilidades.
Buscas sobre as áreas pretendidas: avaliar o desempenho da área no mercado, suas expectativas, oportunidades e funcionalidades efetivas pode ser um fator influente no momento de escolher para onde ir, isso tudo com uma base sólida e factual.
Auto reflexão: além das avaliações, ponderar seus gostos, competências e outras noções sozinho deve ser uma missão a realizar antes de qualquer decisão efetiva.
Estágio: saindo um pouco do ponto inicial, o estágio pode proporcionar o contato direto com as vivências de uma especialidade, tirar a base da teoria e aplicá-la cotidianamente. Então, a experiência sai da imaginação, assim, é possível ver verdadeiramente como será seu objeto de estudo e ponderar se você realmente se identificou.
Por fim, Fernando Senna, cofundador da Start Empreendedor, deixa um conselho promissor para os futuros especialistas. “Qualquer pessoa e profissão, em diferentes nichos, podem atingir níveis inimagináveis do sucesso. Como exemplo nós temos, Walt Disney no mundo do entretenimento, Steve Jobs no meio da tecnologia e Phill Knight no segmento do varejo e do produto físico. O resultado dos acontecimentos em sua vida, estão ligados ao seu esforço, a sua dedicação e ao comprometimento”, finaliza.
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