Mesmo com uma boa queda nos últimos anos, o desemprego ainda afeta grande parte dos brasileiros. Esse fator, somado a criatividade e proatividade do nosso povo leva muita gente ao caminho do empreendedorismo. No entanto, essa é uma questão positiva, afinal, impacta na economia, aumenta o poder de compra e gera empregos e estágios pelo país. Portanto, se você tem esse sonho, veja como realizá-lo no próximo ano.
Essa jornada pode começar bem cedo
Criar o próprio negócio já melhorou a vida de milhões de pessoas. Contudo, muitas vezes essa não é a primeira escolha de quem está iniciando uma carreira, seja pela falta de experiência, conhecimento, oportunidade ou até por geralmente buscarem antes uma opção estável, para depois embarcar nesse universo.
Mesmo assim, essa atividade se torna cada vez mais comum. Para se ter ideia, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae, o Brasil é a 7ª nação mais empreendedora no mundo. Com 9,9% de sua população nessa atuação, 14 milhões de tupiniquins são donos de empresas.
Entretanto, essa pode ser a alternativa para quem deseja prosperidade, felicidade e independência. Para a CEO da Negócios Acelerados e diretora da Fundação Mulheres Aceleradas, Larissa De Lucca, é possível começar essa jornada desde cedo. ”Podemos começar a implantar medidas para o futuro, pensando um Brasil de inovações e corporações ajudando a sociedade, com produtos, serviços e tecnologias".
Essas mudanças demandam tempo e investimentos. Criar essa cultura necessita de medidas implementadas a longo prazo. “O primeiro passo é trazer essas noções desde a infância, mostrando o valor do dinheiro e a importância do esforço individual. Essas questões devem ser colocadas primeiramente de forma lúdica, com brincadeiras e jogos e serem lentamente inseridas de forma mais séria”, aconselha Larissa.
O papel de educar, contudo, é da família, escolas e educadores. “Nos colégios, as crianças podem ter mais contato com os princípios de comandar uma organização, conhecer a história de grandes exemplos, fazer dinâmicas na sala de aula. Mais para a frente, podem aprender conceitos básicos de economia e testar suas próprias idéias”, afirma.
É bom ressaltar: essa é uma profissão como qualquer outra. “Se as escolas e faculdades a tratassem assim, os cursos não seriam focados apenas em corporações ou na parte acadêmica. Com tanta gente nesse segmento, é fundamental mostrar para as próximas gerações como essa opção também é viável”, ressalta a CEO.
Ter apoio de amigos e familiares deve ser uma constante para quem busca o sucesso. “Erros são comuns nas trajetórias de qualquer um. Nos resta levantar e tentar novamente. Isso também vale para os jovens. É normal ter medo de falhar, mas é preciso se reerguer e retomar, assim aprendemos a ser melhores, na prática”, complementa a especialista.
O que é preciso para se tornar um bom empreendedor?
Quem toma essa decisão deve conhecer bem o produto e o público do setor no qual atua, mas para alcançar o sucesso é preciso muito mais. Resiliência, foco e determinação são algumas das principais habilidades para essas pessoas. Segundo o consultor em gestão empresarial e coordenador do Programa de Gratuidade Senac Goiás (PSG), Fernando Moraes, estar atualizado é fundamental. De acordo com ele, qualquer um pode partir nesse rumo, mas é necessário se preparar. Além disso, é essencial lidar com o fracasso e ser capaz de retomar quantas vezes for exigido.
Ademais, é imprescindível saber quem se quer atingir. “Não dá para alcançar todo mundo, então é indispensável definir um público-alvo. Quando você capta isso, entende as dores e, assim, encontra as oportunidades, Essa é uma das principais características para o sucesso”, ressalta. Ele ainda explica a relevância de falar outras línguas e estar pronto para fazer negócios pelo WhatsApp, e-mail, telefone e presencialmente. Estar presente nas redes sociais também é um diferencial.
Nesse contexto, um dos conceitos mais utilizados é o VUCA (Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade):
Volatilidade: para o consultor, a alteração está no comportamento da população. “Um exemplo disso, é o fim da fidelidade às lojas onde fazíamos compras. O consumidor vai buscar o melhor preço, a distância e vantagem para ele. As coisas mudam muito e durante o tempo todo”, explica.
Incerteza: “hoje não existe mais a certeza. Por exemplo, uma pessoa abre uma pizzaria e vai ter o apoio de amigos e familiares no início, mas provavelmente eles não vão comer lá toda semana. Assim, é preciso conquistar novos clientes para garantir o sucesso”.
Complexidade: conforme Moraes, outro ponto a ser avaliado é a complexidade do negócio. "Esse ambiente tem transformado as corporações. É crucial ter a capacidade de se adaptar às novidades, de entender o mercado extremamente competitivo, rápido e complexo”.
Ambiguidade: “somos bombardeados por informações, os acontecimentos no mundo influenciam diretamente no Brasil. Então, é preciso estar atento a essas movimentações. Por exemplo, a pandemia impactou a produção e a comercialização de muitos produtos. A guerra entre Rússia e Ucrânia também. Então, isso altera o fluxo do nosso agronegócio e, consequentemente, dos pequenos empreendedores compradores de alimentos”, pontuou.
Algumas competências são fundamentais
De acordo com um levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio a estes negócios - Sebrae, cerca de 23% das micro e pequenas empresas fecham as portas antes de completar cinco anos de atividade no país. Para evitar essa situação, a vice-presidente da BNI Brasil - Business Network International, Mara Martins, lista algumas competências imprescindíveis.
Liderança: “gerenciar não é uma tarefa fácil. Esse dom pode ser de natureza ou a partir de cursos”, explica a especialista.
Humanização: é necessário entender e compreender o momento pessoal e profissional de cada indivíduo.
Espírito de equipe: de acordo com uma pesquisa divulgada pela The Adler Group, cerca de 85% das oportunidades de trabalho são preenchidas por indicações. Logo, criar boas relações é algo valioso.
Autogestão: essa soft skill é relevante para qualquer pessoa. “Controlar a sua própria gestão é extremamente relevante, ainda mais pensando no mundo digital, onde cada vez mais se atua em home office”.
Resiliência: problemas aparecerão durante a trajetória. “A resiliência possibilita a tomada de decisões com calma e sem impulsividade”.
Planejamento: para respeitar prazos e definir bem as atividades. “Desenvolver as tarefas de forma objetiva gera resultados mensuráveis, criando um controle maior sobre o seu projeto", diz a vice-presidente.
Portanto, se você possui o sonho do próprio negócio, siga essas dicas e fique pronto para atingir suas metas. Na hora de montar seu time, conte com o Nube para contratar os melhores estagiários e aprendizes. Esperamos por você!