A comunicação interna tem se destacado entre os líderes de recursos humanos como um dos principais assuntos em 2022. Isso se dá não somente pelas dificuldades trazidas pela pandemia e a inserção ativa do home office, mas, também, pelo fato de ter se tornado um diferencial competitivo para a empresa, principalmente quando aborda temas como ESG, saúde mental, comunicação entre setores e com as lideranças. Uma tradicional pesquisa realizada durante um evento voltado para heads de RH, o HR First Class, reforça essa importância: 97,5% dos participantes afirmaram considerar essa ferramenta como totalmente estratégica e 2,5% acreditam realmente ser, porém de forma parcial. Nenhum dos presentes responderam achar o 100% o contrário. Por qual razão ser bem entendido é tão crucial no mercado de trabalho? Vamos falar sobre isso!
A comunicação inserida no ambiente profissional
Comunicação é uma palavra derivada do termo latino “communicare“, o qual significa “participar algo, tornar comum”. Desde o princípio dos tempos, ela sempre foi vital, sendo uma maneira de integração, instrução, troca mútua e desenvolvimento. Por definição, o termo consiste na transmissão de informação entre um emissor e um receptor por meio de determinado canal. É preciso se comunicar com assertividade para induzir à confiabilidade. Por isso, uma entidade deve se planejar bem para conseguir uma boa aceitação no mercado. Dentro do contexto empresarial, pode-se dividir didaticamente entre interna e externa.
A primeira diz respeito à transmissão de mensagens dentro do próprio âmbito e é sempre entre seus colaboradores. Também é conhecida como endocomunicação ou endomarketing, e tem a função de fazer circular dados dentro do estabelecimento. No segundo caso, não há níveis hierárquicos, mas existem vários receptores, como fornecedores de materiais, prestadores de serviços, clientes, parceiros, governo e a sociedade como um todo. A principal diferença trata do fato de sair de dentro da esfera corporativa e se destinar para agentes externos a ela.
A relevância do tema para disseminação da cultura laboral foi ressaltada pelos 57,5% os quais informaram como o departamento de RH de onde atuam usa disso para alinhar propósitos e disseminar tal pensamento. Somente 11,7% disse utilizar artifícios restritos para esta finalidade e nenhum participante alegou não buscar esse objetivo. Na apuração também foi questionado quais instrumentos eles consideram mais efetivos. Lá, 21,7% acreditam ser os comunicados internos, newsletter e TV empresarial; 19,2% pontuam as pesquisas internas, eventos e palestras; já 16,7% creem serem as táticas de integração, como planner, Google forms, Trello entre outras. Porém, 39,2% afirmaram crer em todas as opções juntas e 25,8% na primeira e na segunda, enquanto somente 5% pensa na segunda e terceira como melhores.
O levantamento é realizado, apurado e apresentado durante o evento HR First Class, na qual, em sua 15ª edição, abordou a comunicação interna e a relevância de lidar com todos os públicos internos. “Por que comunicar é importante? Porque aquele funcionário lá na frente da loja vai cuidar do seu cliente, ele vai ser fiel e voltar. Para isso, ele precisa estar engajado à companhia”, comentou Agata Silva, Diretora Latam do Meta (composta pelo Instagram, Facebook e outras mídias) durante sua palestra no evento.
A convidada também ressaltou a necessidade de compreender os objetivos da companhia ao investir no ramo. “É interessante entender quais indicadores e drivers de negócio você tem e como uma ferramenta de comunicabilidade de fato consegue te ajudar a entregar os seus resultados, porque sem eles ninguém vai investir no projeto”, complementa.
No entanto, Ariel Costa, diretor de operações da Simplifica.CI (empresa de comunicação 4.0 e plataformas digitais), também palestrante do evento, ressaltou como é crucial a escolha dos materiais. “Pensam: Qual canal eu vou usar na minha corporação? Depende, eles são importantes. Vocês devem estar em todo o lugar, o tempo inteiro, porém necessita ser pessoal, a segmentação é relevante. Então, utilizar tecnologia diferentes, conforme a diversidade do seu público, faz toda a diferença”, pontua.
Atente-se a erros comuns e prejudiciais
Em um mundo onde tudo transmite alguma mensagem, conseguir entender o outro e ser compreendido tornaram-se habilidades fundamentais para a prosperidade. Nesse contexto, as palavras não estão sozinhas na hora de informar algo, são seguidas de gestos, expressões faciais, olhares, postura corporal e até mesmo a roupa. Logo, quem se dá bem nesses aspectos, tem mais reconhecimento, autoridade e rentabilidade.
A especialista e estrategista de comunicação Fabiana Teixeira, elenca os cinco principais erros prejudiciais nessa jornada.
- Ser prolixo: é essencial respeitar o principal ativo das pessoas atualmente: o tempo. Seja claro e assertivo.
- Não ouvir: uma escuta assertiva é a melhor aliada. Se concentre na conversa, evite distrações. Faça as perguntas certas.
- Vícios de linguagem: eles empobrecem a fala. Demonstram falta de preparo e tem impacto direto na autoridade da notícia.
- Não se posicionar: esse é um processo de troca. O outro precisa saber o seu posicionamento e receber o feedback. Isso deve ser e estar alinhado.
- Linguagem corporal: 55% da interação é realizada de forma não verbal. O corpo grita e entrega todas as emoções. É preciso estar atento às expressões faciais, olho no olho, gestos, postura. Tudo transmite alguma coisa.
“Se comunicar bem não é dom, é treino. Saber como transmitir uma mensagem é o principal aliado de alguém buscando sucesso profissional em qualquer carreira. É preciso entender qual comunicabilidade você quer exercer e o propósito do seu recado para ser assertivo e conquistar os interlocutores”, explica a especialista.
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