Esse ano, a Copa do Mundo Fifa ou Campeonato Mundial de Futebol Fifa terá a sua vigésima segunda edição. O torneio internacional de futebol masculino, organizado pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), ocorrerá no Catar, a primeira vez realizado no Oriente Médio e a última a ter o formato de 32 equipes, tendo em vista como a competição terá uma mudança no evento de 2026, onde será sediado no Canadá, Estados Unidos e México, passando para 48 times. Com sete cidades-sede, a disputa terá início neste domingo, 20 de novembro e permanecerá até 18 de dezembro, um período contrário ao tradicional devido às altas temperaturas do país no meio do ano. Contudo, em meio a crise política das eleições e a recém emergência sanitária mundial, como as empresas estão se adaptando para engajar os colaboradores, mesmo os em home office, sem perder a animação trazida por uma das maiores paixões nacionais? A tradicional torcida no meio do expediente ainda faz sentido? Vamos analisar melhor o assunto agora!
Como conciliar o trabalho com os jogos?
O “novo normal” trazido pela pandemia, modificou muito os padrões de trabalho dos brasileiros, os quais passaram a conhecer e aderir ao turno remoto ou híbrido. Assim, tornou-se ainda mais complicado para as organizações se prepararem para esse evento de forma unida para torcer pelo país, com empregados em várias partes do território. Contudo, para companhias como Ajinomoto do Brasil, Allianz Partners Brasil, Banco Cetelem, Grupo SEB, Prati-Donaduzzi e Verzani & Sandrini, ainda vale a pena investir em ações de engajamento para ver a seleção entrar em campo. No entanto, a maneira como isso será feito dependerá da dinâmica de cada setor e da quantidade de envolvidos presentes nas instituições ao longo da semana.
Logo, nos casos de corporações com grande parte dos colaboradores em regime presencial, as TVs não deixaram de ser uma opção simples e eficaz durante os jogos. A farmacêutica Prati-Donaduzzi, o Grupo SEB, e a Allianz Partners Brasil, estão apostando nas tradicionais projeções para permitir à equipe presencial, assistir as partidas durante o expediente. A superintendente de RH da Allianz Partners Brasil, Simone Rezende, explica como a instituição não para: “O foco da nossa empresa é no atendimento ao cliente, 24h por dia e sete dias por semana. Entretanto, ainda assim, existe a preocupação em oferecer aos analistas a possibilidade de assistirem aos jogos, sintonizando as TVs de nossas operações. Também vamos ter carrinhos de pipoca e um dia especial temático para entrarmos no clima do campeonato. Dessa forma conseguimos conciliar nosso negócio com o bem-estar e engajamento dos funcionários”, reforça.
Uma opção vantajosa é utilizar do evento para motivar cada vez mais o time. Nesse sentido, a realização de sorteios e competições passam a ser uma escolha versátil para empreendimentos com uma mistura de profissionais em diferentes modelos. Com a campanha intitulada “Copa #Ajilover Na Torcida Com Vocês”, a Ajinomoto do Brasil está desenvolvendo diversas ações para o público interno, incluindo ambientações na sede, sortimentos com produtos do grupo, além do bolão virtual por área, onde os times vencedores irão concorrer à bola oficial do torneio.
Outro ponto a ser levado em conta e se jogar na criatividade é o álbum da Copa. Como uma tradição, as figurinhas das seleções também começaram a fazer sucesso nos corredores das corporações. Assim, oferecer bônus para trabalhadores destaque ou quando metas são batidas engaja gradativamente mais nas demandas. Em alguns locais há, inclusive, a personalização dos adesivos de acordo com a cultura do ambiente, com rostos do próprio quadro de contratações e objetos marcantes no escritório.
No Banco Cetelem, o investimento será principalmente focado na jornada reduzida nos dias e horários de aparecimento do Brasil, aproveitando para usar o benefício da “Short Friday”, no qual os encarregados atuarão até às 13h, quando houverem disputas às 16h. Oferecerão, também, televisores por todo o banco, além de comes e bebes.
Esse pode ser um momento usado como estratégia de marketing para alavancar o conhecimento geral sobre o estabelecimento. Campanhas de incentivo, com postagens nas redes sociais dos próprios assalariados, seja de vídeos ou fotos de momentos felizes do evento passados com a firma geram, também, uma divulgação gratuita de marca a qual tende a uma elevação dos números gerais. Esse é o caso da Verzani & Sandrini. “O nosso foco, após o reposicionamento, tem sido na humanização e na inovação. Por isso, queremos levar a animação dos nossos colaboradores para a Internet, nosso compromisso também é com a sintonia da nossa equipe”, comenta Luciana Faccini, gerente de Recursos Humanos da Verzani & Sandrini.
Fique ligado ao dito na lei
Durante a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, foi editado um Decreto Presidencial instituindo feriado nos dias de jogos da seleção brasileira, obrigando os empregadores a liberar as ocupações nesta data. Na ocasião, quem atuava em tais momentos deveria ser remunerado em dobro. Esse decreto trouxe confusão entre os contratantes.
Na Copa do Qatar, diante da ausência de uma legislação em sentido contrário ao de 2014, vale a lei trabalhista vigente. Ela é clara e delimita as hipóteses onde o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário. Deste modo, não existe a obrigação de liberá-lo em tais circunstâncias e, caso haja falta sem justificativa, estará sujeito a sofrer descontos na remuneração e aplicação de medidas disciplinares conforme a gravidade do fato e sua recorrência. A possibilidade de acompanhar o evento no ambiente corporativo pode ser cogitada em prol da qualidade do clima organizacional. Como um todo, não é regra do estabelecimento aplicar benefícios referentes ao tema, porém cria uma relação de incentivo e animação com o time em geral.
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