Não é segredo para ninguém a disparidade de gênero no mercado de trabalho no Brasil e no mundo. Apesar desse cenário ter melhorado nos últimos anos, ainda está distante do ideal. Por isso, é fundamental os gestores terem essa consciência e fomentarem a mudança do panorama, desde a contratação de estagiárias até a promoção aos mais altos cargos do organograma. Veja dicas para isso acontecer!
As principais dificuldades para o crescimento das mulheres
Estar dentro de um negócio e avançar até conquistar cargos de liderança não é uma tarefa fácil e, para as trabalhadoras, é menos ainda. A dificuldade também é encontrada na hora de empreender. De acordo com um levantamento feito pelo Sebrae-SP e o Movimento Aladas, 24 milhões de brasileiras desejam seguir esse caminho, mas 43% delas não o fazem por medo de falhar.
Além disso, conforme o relatório “Women in the Workplace 2021”, da consultoria McKinsey, quanto mais alto for o cargo, maior a porcentagem masculina. Enquanto há 75% de homens nesses postos, apenas 25% das colaboradoras alcançam esse patamar.
Segundo dados do LinkedIn, esse número está em crescimento. No Brasil, por exemplo, esse salto foi de 41%, em 2020, comparado ao ano anterior. Entre os homens, o aumento foi de 22% no mesmo período. Esse movimento é visto como consequência de uma série de desafios enfrentados por elas em suas vidas profissionais.
Para a consultora empresarial, Luiza Castanho, a pandemia obrigou a conciliação do home office com as tarefas domésticas. “Isso proporcionou mais flexibilidade para tentar algo novo”, comenta. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, quase metade dos lares no país é sustentado por mulheres. No entanto, com a chegada da Covid-19, mais de 8,5 milhões delas perderam seus empregos.
Para o negócio dar certo é preciso coragem e criatividade. Afinal, é essencial oferecer algo diferente ao consumidor. Muitas empresas quebram no país justamente por não proporcionarem nada novo. Também, é necessário pensar em uma estratégia e boa comunicação com o cliente alvo. “Nesse sentido, quem não tem um site, LinkedIn ou Instagram, por exemplo, praticamente não existe”, diz a especialista.
A mentora lista alguns exemplos: “diversas donas de casa resolveram fazer bolos, marmitas ou churrasquinhos para vender na rua, professoras passaram a dar aulas particulares e de reforço para crianças”. Para a economia, isso é interessante, pois gera novos postos de trabalho e ajuda muita gente.
Nesse sentido, veja as principais dificuldades enfrentadas nessa trajetória:
O apoio entre as mulheres: esse fator é fundamental. Quando se apoiam e lutam todos os dias para ocupar espaços de destaque dentro das empresas, isso serve para abrir portas para quem está chegando. O percurso nunca é fácil, por conta disso, contar com a força de quem já passou pelas mesmas situações é de extremo valor.
Assédio e importunação sexual: essa é uma das principais adversidades. Por isso, é essencial denunciar e não aceitar esses casos. No entanto, os colegas devem apoiar e ajudar, principalmente os homens. A aplicação de treinamentos e punições rigorosas também são interessantes nessa luta.
Falta de confiança no trabalho: muitas vezes, são vistas com desconfiança mesmo apresentando bons resultados. Contudo, os líderes devem analisar apenas a capacidade técnica e acreditar na competência de suas funcionárias.
As mulheres nos cargos mais altos das empresas
A presença feminina no ambiente executivo e cargos C levels vem se tornando pauta cada vez mais urgente. Como prova disso, as empresas listadas na bolsa terão regras para aumentar a diversidade de gênero na alta cúpula. Para elas estarem preparadas e conquistarem mais espaço, é importante o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e conexões.
Essa necessidade é observada no cotidiano. "Durante muitos processos internos, precisamos convencer a executiva de como ela está preparada para assumir uma posição em conselho, quando isso é claro para todos. Por isso, é interessante fomentar essa representatividade e utilizar nosso networking para facilitar a multiplicação de moças na diretoria, por meio da troca de experiências”, conta a sócia da Exec, Thais Pegoraro.
O mundo no qual vivemos hoje foi criado a partir de uma perspectiva masculina e, por isso, domina os espaços de tomada de decisão. No Brasil, por exemplo, as mulheres compõem mais da metade da população. No entanto, o mesmo dado não se reflete em equidade, pois 57% delas não se veem representadas nas publicidades, segundo o estudo visual da GPS, realizado pela Getty Images em 2021. Na política, plataforma fundamental para alterar realidades, a proporção é ainda mais baixa: de 27 unidades da federação, apenas uma tem governadora. Mesmo tendo eleições em 2022, a partir de 2023, somente duas comandarão seus estados, ou seja, ainda há muito para ser mudado.
Conforme o estudo da Fundação Getúlio Vargas - FGV “Mulheres perdem trabalho após terem filhos”, após dois anos de retorno às atividades profissionais, quase metade das mães tiram licença-maternidade e não conseguem se manter no mercado de trabalho. Soma-se a isso o fato de se dedicarem horas às tarefas do lar.
A paridade de gênero retrocedeu no mundo todo. Atualmente, o tempo necessário para alcançar a equidade no âmbito profissional passou de cem para 136 anos, em decorrência dos efeitos da pandemia de Covid-19. As informações são do Global Gender Gap Report 2021, do Fórum Econômico Mundial. Logo, as organizações devem ter a preocupação de elaborar iniciativas para acelerar esse processo e reverter o panorama.
Focar nesse movimento não traz benefícios apenas para a sociedade, mas também fortalece o empreendimento. Afinal, uma equipe diversa, plural e mista gera troca de ideias e pensamentos. A junção de pontos de vista e histórias de vida favorece o grupo e proporciona a criação de soluções inovadoras e facilita a vencer as adversidades.
Conciliar as valências de cada membro é o segredo para o sucesso.
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