O período pós pandêmico, o qual nos encontramos atualmente, foi responsável por instaurar a fragilidade psicológica na população, não só do Brasil, como mundial. Apesar de grande parte das preocupações com a saúde terem sido reduzidas, outras como o cuidado mental refletiram e se intensificaram no meio empresarial. Nesse sentido, para manter uma equipe motivada e produtiva, atentar-se a esse item se tornou crucial. Então, veja nesta matéria a importância de zelar pelos seus aprendizes, estagiários ou efetivos em função de construir um time forte e preparado para os desafios de equilibrar a vida profissional e pessoal de maneira positiva.
Os exageros podem fazer mal em qualquer âmbito
Tudo em quantidades exageradas, assim como o consumo de açúcar, por exemplo, pode comprometer o nosso bem-estar. Essa relação de medidas não deve estar atrelada apenas à alimentação, mas sim considerar outros aspectos, como o sono, tempo nas telas entre outros. Nesse sentido, o trabalho sem determinada regulamentação não ficaria de fora, afinal, o instante de contribuição exige força intelectual e física diariamente. Por isso, ao solicitar do corpo e cérebro para atender uma rotina exaustiva sem um intervalo de descanso, ocasiona em consequências desfavoráveis à vitalidade.
Ao longo dos anos, a cobrança de ficar o tempo todo ativo pode gerar problemas graves para os indivíduos. O cansaço excessivo começou a ganhar outras classificações preocupantes pelos profissionais da saúde, como a Síndrome de Burnout. De acordo com a pesquisa da Gattaz Health & Result, 18% dos brasileiros sofrem com o transtorno e, em âmbito mundial, um total de 39,6 milhões de pessoas já foram diagnosticadas, segundo dados da 72ª Assembléia Mundial de Saúde, de 2019.
Afinal, o que é a Síndrome de Burnout e como identificá-la?
O Ministério da Saúde classifica essa doença como: um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico gerado por hábitos laborais exaustivos, os quais demandam competitividade ou responsabilidade. Em suma, ela é ocasionada por um alto volume de atribuições. Esta síndrome, então, acaba sendo recorrente em profissionais com uma rotina de constante pressão e encubida de preocupações, como médicos, enfermeiros, consultores financeiros, policiais, jornalistas, dentre outros.
Ainda segundo a determinação da pasta, entre os principais sintomas, estão: cansaço excessivo, físico e mental, dor de cabeça frequente, alterações no apetite, insônia, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança, negatividade constante, sentimentos de derrota e desesperança, sensação de incompetência, alterações repentinas de humor, isolamento, fadiga. pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais, e alteração nos batimentos cardíacos. O analista de projetos Bim, Pedro Henrique Shinohara apontou como o seu cotidiano puxado em um cargo anterior afetou a sua sanidade. “O sobrecarregamento me fez mal, eu tinha um alto volume de tarefas e precisei buscar terapia”, compartilha.
Os números incluídos nesses aspectos servem de alerta para gestores de empresas. Assim, as corporações e lideranças buscam, cada vez mais, adotar medidas para garantir um ambiente saudável e proteger o estado psicológico de seus colaboradores. Para Tonia Casarin, autora best-seller e especialista em liderança, o Burnout pode ser resultado da gestão inadequada de equipes. “A sobrecarga e a percepção de falta de controle podem agravar os sintomas dessa síndrome. Isso então, resulta em problemas de saúde física e mental. Eles podem refletir e gerar baixo desempenho também nos demais componentes do grupo", avalia.
Existem maneiras para prevenir o cansaço diário de chegar em um nível preocupante
A pandemia da Covid-19 fez as pessoas ponderarem mais sobre os exageros, esgotamento e a importância de integrar o ofício em suas vivências. “Devivo ao momento presenciado nos últimos dois anos, a população passou a rever suas prioridades, inclusive suas escolhas na carreira”, comenta a especialista. A partir disso, Shinohara, agora ocupa uma posição com horário flexível e independência para executar os afazeres. “Hoje em dia, meus gestores não me cobram e são bem abertos quanto às necessidades de descanso, sem rigidez na carga horária e prazos estipulados antecipadamente. Dessa maneira, eles contribuem contra essa cultura de aproveitamento”, explica. Ao considerar essas medidas, Tônia também lista quatro práticas para evitar o transtorno na equipe:
Alinhe valores: ao alinhar valores da empresa e o propósito da função com a cupação de cada um, o time alcança o pertencimento e inclusão com relação a motivação de todos. “Pesquisas já mostraram como a conexão entre valores individuais e os da organização pode ser uma barreira protetora e muitas lideranças não estão atentas a isso”, alerta.
Crie um ambiente seguro: ter um ambiente com segurança e conforto da abertura para assumir riscos nas relações interpessoais. Ou seja, assim, os colaboradores compartilham ideias, passam por um processo de valorização e contribuem mais. “O meio laboral deve ser um lugar para os colegas cuidarem uns dos outros. A liderança deve procurar ser inclusiva e ouvir todos em função de garantir a participação completa na solução de problemas. Também perguntar como estão as demandas e maneiras de auxiliar, dessa forma dá clareza ao time quanto às prioridades”, diz Tonia.
Comunidades de suporte: promova troca e conexão, as conversas informais também são necessárias para gerar vínculo. Por isso, incentive a criação de grupos de suporte (ERG - employees resources Groups) e fomente o crescimento da ação. “A sensação de comunidade e os relacionamentos são fundamentais para o bem-estar. Somos seres sociais e muitas pessoas se sentem sozinhas e esse isolamento pode afetar a sua saúde mental”, aconselha.
Reconheça o time: um grupo tem sempre diferentes tarefas a desempenhar, logo é fundamental destacar a sua relevância a fim de criar uma cultura de apreciação. “O reconhecimento é necessário para o desenvolvimento contínuo e incentivar a entrega de resultados. Quando reconhecemos alguém, mostramos como ele faz a diferença e isso pode refletir no seu engajamento e produtividade ”, finaliza a autora.
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