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Quiet Quitting: como lidar com isso? 

Notícia | 20/10/2022

Carolina Amaral

O termo “quiet quitting”, está muito em alta ultimamente e é discutido em vários locais. Isso porque, apesar de já acontecer a muito tempo, agora ganhou um nome e ainda  viralizou no TikTok, gerando um forte debate nas redes sociais. A “demissão silenciosa”, em inglês, se refere àqueles profissionais realizando somente as tarefas propostas para sua função, ou seja, nunca além da obrigação, um comportamento bastante comum, principalmente, na Geração Z. Conheça mais sobre essa tendência, como lidar com ela e evitá-la dentro de uma organização!

 

O contexto na qual surgiu esse comportamento

O Covid-19, como um todo, causou diversas mudanças em todo o cenário mundial. Dessa maneira, as formas de vida se alteraram, assim como mentalidade, expectativas, sonhos, metas, etc e o setor empresarial não ficou de fora dessa onda de conduta. “A pandemia alterou profundamente a dinâmica corporativa. O home-office se tornou definitivo e muitos profissionais esticaram sua jornada por temer uma demissão. A juventude começou a trabalhar nesse contexto, onde a necessidade de criar uma relação saudável com o trabalho nunca esteve tão escancarada”, afirma  Wanderley Cintra Jr,  psicólogo especializado em comportamento no ofício. Ele acredita nesse fenômeno atrelado à questão do bem-estar profissional.

No geral, os relacionamentos entre empregado e empregador mudaram imensamente. As necessidades e particularidades de cada um dos contratados ficaram mais em evidência no período das entidades de portas fechadas e o isolamento em alta. Com a popularização do teletrabalho,  grande parcela social enxergou a possibilidade de priorizar a qualidade de vida, porém, por outro lado, boa parte da população sentiu o peso da quarentena e a solidão de se manter distante. Assim, sentiram falta do presencial e se sobrecarregaram com as jornadas corporativas, impactando diretamente no bem estar dessas pessoas. Prova disso são os números divulgados pela Closecare, uma plataforma de gestão de atestados médicos. Segundo números da startup, entre janeiro de 2020 e abril de 2022 foram entregues 480 mil atestados relacionados a algum transtorno psicológico. 

O relatório Employee Stress Check 2022, divulgado pela organização Talkspace, mostrou como um em cada dois trabalhadores se sente esgotado. Ainda sobre o mesmo levantamento, 57% das pessoas dariam mais prioridade ao atual emprego se oferecesse mais serviços de saúde mental. “Em diversas ocasiões, o quiet quitting tem menos a ver com a falta de disposição de um funcionário e mais com um ambiente de trabalho tóxico e uma gestão sem estímulo para a equipe se engajar nas atividades”, comenta Cintra Jr.

Isso se relaciona com um estudo realizado pela consultoria de desenvolvimento de liderança Zenger/Folkman. O material mostrou como gestores avaliados como menos eficazes têm de três a quatro vezes mais empregados enquadrados nas categorias do termo, enquanto aqueles capazes de equilibrar os resultados com a satisfação do time viram 62% de seus liderados dispostos a se dedicar mais. “Isso não é bom para ninguém. Nem para a liderança, com a diminuição do rendimento, nem para os colaboradores, perdendo oportunidades de crescimento pessoal e dentro do grupo”, pontua o psicólogo.

De acordo com o especialista, é papel do supervisor conquistar a confiança de seus operários, para eles se sentirem confortáveis em vestir a camisa da marca. Nesse sentido, três dicas para construir esse ambiente saudável chamam a atenção.

Prepare sua liderança: a consultoria Michael Page realizou um levantamento, em 2022, no qual oito em cada dez profissionais apontam o responsável pelo setor como principal motivo para querer deixar o local. “Líderes inspiradores cativam seus colaboradores e levam a equipe a potencializar seus resultados. Invista em treinamentos robustos e em uma relação transparente entre todas as partes, fomentando um ambiente onde todos se sintam confortáveis para se abrir e expor seus incômodos, evitando intrigas internas”, aconselha Cintra Jr.

Estimule a comunicação: ruídos comunicacionais e falta de entendimento em um diálogo estão entre as maiores reclamações do quiet quitting. Nesse sentido, entregar um retorno, parecer ou apreciação é essencial para a criação de vínculos fortes. A intenção é transmitir uma mensagem construtiva para melhorar o comportamento e desempenho. “É sobre auxiliar o seu colaborador, a partir de uma visão de fora, a encontrar seu caminho, e incentivar a equipe a exercitar esse comportamento entre si”, aponta o terapeuta. “O feedback pode vir tanto a partir de um tom corretivo, quanto através de um reforço positivo. É importante, se a equipe realizar uma tarefa com primor, não haver omissão”, reitera.

Incentive cuidados com o psicológico: o autocuidado é crucial, principalmente tendo em vista como a exaustão física e mental são os maiores gatilhos para a demissão. Para Cintra Jr., entretanto, o trabalho pode e deve ser uma atividade realizadora. “É possível promover ações relacionadas à saúde mental, como palestras com especialistas ou mesmo descontos em sessões de terapia. É necessário da empresa não só auxiliar os colaboradores a criarem uma relação mais saudável com seu ofício, mas também demonstrar se importar e disponibilidade para ajudar”, complementa.

Dessa maneira, fica claro como a sensação de abertura a conversa e liberdade de expressão são fundamentais quando se deseja evitar tal situação. “Se há o sentimento de ter um espaço para falar com as lideranças e apontar deficiências no tratamento, na distribuição de atividades ou, até mesmo, em relação à remuneração, pode-se evitar o enraizamento desse movimento na organização. Com essas informações em mãos, é possível analisar as mudanças a serem implementadas para uma melhor experiência dos especialistas naquele ambiente corporativo. Agir de forma preventiva também é uma possibilidade, com a realização de pesquisas de clima para identificar esse tipo de insatisfação”, finaliza a Líder de Pessoas e Cultura na Abler, Veridiana Barcelos.

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