Um dos desafios da comunicação é encontrar e entender os pontos de contato ideais. Saber falar com os estagiários, aprendizes e efetivos, bem como com os fornecedores e parceiros e, claro, com os consumidores é essencial para uma empresa de sucesso. O processo é ativar a conexão com mensagens consistentes e frequentes, relevantes o suficiente para criar uma disponibilidade mental na audiência. Sendo assim, descubra como se relacionar com públicos distintos, com suas particularidades e desafios.
Entenda como se comunicar com público nichados, explorando suas dores e soluções para satisfazer todos os envolvidos
Consoante a Fabiana Jadão, managing director da Iris Worldwide São Paulo, existem algumas maneiras de chegar até essas pessoas. “Em nossa agência, temos uma metodologia global, conhecida como ‘For The Forward’ ou, em português, ‘Para a frente’, consiste em identificar os pontos para fazer uma marca saltar à frente da concorrência. Essa metodologia é dividida em três etapas: o Step Back (Passo para trás), ou seja, perceber a urgência do problema de negócios, impedindo o passo para frente; o Bold Leap Forward (Salto Ousado para Frente), realizado criativamente para construir estratégias para permitir assumir riscos calculados”, afirma.
Ainda, ela continua: “por fim, o Participation Brand, corporações nas quais seus usuários não são colocados no centro de suas decisões e, principalmente, na sua construção, eventualmente serão esquecidas. Esse último se apresenta mais palpável, pois são projetadas para gerar altos níveis de entusiasmo e envolvimento, para se inserir no estilo de vida das pessoas. Ou seja, mobilizam seu mercado para fazer o marketing para elas, de modo a ser um diferencial competitivo”, explica. Em geral, essas ações são voltadas para B2B, “business to business”.
Contudo, essa especialização também permite incidir em “B2C”, ou seja, “business to custom”, melhorando os produtos e serviços, bem como a experiência de quem opta por comprar ao conectar sua oferta à qualidade do cotidiano do indivíduo. Porém, o principal objetivo sempre deve ser converter novos clientes e aumentar o potencial de lucro, independentemente do segmento e tamanho da entidade. “Mobilizamos diversas origens e conjuntos de habilidades em martech, dados, design e inovação para remover barreiras à participação em todas as etapas da jornada”, comenta Fabiana.
Quando falamos em desenvolver campanhas, o público-alvo deve ser protagonista. É preciso muita atenção e cuidado, desde a compreensão do comportamento básico até os desafios mais profundos, os quis podem ser descobertos de diversas maneiras, como uma análise de métricas ou pesquisas secundárias. “São extremamente eficazes para criar segmentações com características relevantes, gerando poderosos insights para a comunicação”, destaca a managing director da Iris Worldwide São Paulo.
Essa questão nos permite analisar dois cenários quando trabalhamos com indivíduos nichados. O primeiro consiste em uma mensagem ampla ou múltiplas específicas. Já o segundo traz a discussão da viabilidade de separações, afinal, diversos recados precisam de divisões diferentes. Uma alternativa pode ser utilizar o segmento mais amplo, qualificado para pontos de contato graduais, para então analisar as seções até chegar nas referências mais específicas.
Com pontua Fabiana: “para todo problema, há uma estratégia”. Todavia, é essencial contar com profissionais capacitados a criar ações com direcionamento, analisando suas estatísticas para colher pontos negativos e positivos.
A comunicação impacta na percepção do colaborador e na cultura organizacional do negócio, fique atento!
Assim, um bom planejamento tem grande impacto não só nos resultados da área, mas na instituição como um todo. Ter atenção às táticas previstas no planejamento permite evitar ou reverter percepções por parte dos cooperadores. De acordo com a Gallup, 74% dos participantes possuem o sentimento de perder informações sobre a empresa onde trabalham. Ou seja, o timing da interação interna também é fundamental. Dessa forma, dar as mãos ao RH (Recursos Humanos), em parceria com a alta cadeia hierárquica, é um bom caminho para gerenciar efeitos.
De acordo com Shree Lahiri, editora sênior do Reputation Today, a comunicação interna é a peça-chave para o sucesso de uma organização e quando falamos disso também expressamos sobre nossos próprios princípios. Para Lahiri, “valores surgem quando você fala de cultura corporativa. Quando compartilhados, afetam esse diálogo, influenciando fatores importantes, como a motivação dos colaboradores, cooperação da equipe, eficácia e assim por diante”.
Segundo ela, existem duas diretrizes para nortear essa relação. Veja:
- A comunicação eficaz incentiva uma cultura positiva e é essencial para a forma como os colaboradores trabalham;
- Os funcionários devem ser mantidos informados, principalmente nas questões com implicação na sua realização de tarefas.
Como colocar em prática a comunicação assertiva no ambiente de trabalho da minha empresa?
Para Gabriel Kessler, CGO (Chief Growth Officer) da Dialog, colocar as ações em prática talvez seja o momento mais desafiador. “Imagine o seguinte exemplo: você, como funcionário de um empreendimento, está em dúvida sobre um novo benefício oferecido. O que você faz? Entra em contato com o RH para mais detalhes, certo? Se o retorno não for rápido, provavelmente haverá um sentimento de insatisfação e uma percepção negativa da área”, comenta.
Contudo, para reverter esse cenário, Kessler continua: “agora, idealize a comunicação interna nessa jogada, usando seus canais para divulgar um material produzido em conjunto com o RH, no qual todas as informações estão disponíveis sobre o assunto, bem como as respostas para as perguntas frequentes. A partir disso, a percepção se torna positiva”.
Além disso, esse trâmite também permite mais tempo livre para os profissionais do campo, invés de gastar suas energias e tempo respondendo questões fáceis, poderia investir em demandas mais complexas. Com esse simples exemplo, é possível enxergar como um bom plano pode reverter e até mesmo evitar posturas ruins por parte dos cooperadores, contribuindo para uma melhora notável do clima organizacional.
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