Os modelos de trabalho mudaram bastante durante a pandemia da Covid-19. Algumas empresas implementaram o home office, outras preferiram o híbrido e até o retorno para o presencial. Independentemente da escolha, realizar uma boa gestão é fundamental. Dessa forma, os líderes devem ficar atentos e gerenciar da melhor forma seus aprendizes, estagiários e funcionários para terem uma boa performance.
A gestão em home office
De acordo com estudo da Microsoft sobre as tendências de trabalho, no Brasil, 58% dos colaboradores estão considerando mudar para o modelo híbrido ou remoto em 2022. No entanto, para 38% deles, o maior desafio é saber quando e como comparecer presencialmente na corporação. Ou seja, demonstra uma falta de governança e isso afeta o clima organizacional e, consequentemente, os resultados.
Com uma boa estratégia, critérios definidos e clareza sobre os processos, qualquer formato funcionará bem. “Acredito em um meio termo de adequações das dinâmicas com a cultura empresarial e na disciplina dos integrantes. É preciso descobrir como atuar melhor e não qual a melhor maneira de supervisionar”, ressalta o sócio-fundador da O4B, Marco Oliveira.
Para ele, um líder precisa estabelecer métodos, inserir tecnologias e ferramentas para auxiliar e facilitar o cotidiano. “É necessário ter um procedimento estruturado, comunicável e transparente para todos. Além disso, muito diálogo”. Para 53% dos entrevistados, o bem-estar e a saúde se tornaram fatores essenciais.
No Brasil, a priorização desses dois aspectos representa a maior preocupação para 71% dos participantes. “O tempo antes gasto com a locomoção até o escritório não deve ser utilizado para trabalhar ainda mais. Isso pode ser resultado da falta de rotina ou de gestão. É preciso responsabilidade e disciplina de ambos os lados”, explica Oliveira.
A importância da gestão humanizada
Com as mudanças de cenário e dificuldades enfrentadas nos últimos anos, diversas alterações ocorreram na vida da população. Nesse contexto, a tecnologia foi uma forte aliada para manter o equilíbrio dos negócios, aproximando equipes e auxiliando em tarefas antes vistas como impossíveis de serem realizadas a distância.
No mercado de trabalho, o clima é de novidades e adequações. Afinal, novos jeitos de cumprir uma jornada estão se estabelecendo. Mesmo com a presença física sendo muito importante, esse tipo de atuação deixará de ser absoluto. Acompanhando esse movimento, as lideranças tiveram um olhar mais atento e cirúrgico para cada indivíduo.
Com isso, os RHs precisam lidar com questões além de carreira ou desempenho. Assim, passam a ter o desafio de compreender a vida dos membros por trás de uma função, minimizando riscos de estresse, ansiedade e depressão. Afinal, casos de Burnout estão se tornando cada vez mais comuns.
Para mapear e compreender as necessidades, trabalhando de forma próxima e empática, a tecnologia tem sido essencial, viabilizando canais de comunicação, pesquisas de clima, entre outras ações. Ademais, atua na resolução de problemas de forma genuína, ao mesmo tempo com assertividade e agilidade.
Esse gerenciamento mais humanizado faz parte também do interesse dos grandes talentos dos dias atuais. Com isso, as companhias devem ter a preocupação com a parte do ser humano por trás do crachá, assim como seus interesses, necessidades e percepções. Assuntos como horários mais flexíveis e benefícios variados também pedem um olhar menos restrito e acompanham essa tendência de uma realidade digital.
Para sobreviver a tantas transformações, é crucial quebrar conceitos pré-estabelecidos há muitos anos. “Hoje, percebemos uma união não apenas quanto à sociedade on-line nas redes sociais, mas também dentro do ambiente empresarial”, destaca o head de produto na Senior Sistemas, Ricardo Kremer.
Portanto, essas ferramentas são meios para viabilizar alterações. Elas não substituirão as pessoas, apenas potencializarão suas competências. “Com certeza respiramos hoje apenas uma pequena parte da nova era. Essa conciliação será mais concreta e inevitável entre a relação humana, o mundo dos negócios e a ciência”, complementa Kremer.
O impacto na felicidade da equipe
Possuir um núcleo destinado a valorizar o colaborador, aliado às expectativas, promove mais qualidade de vida durante as atividades profissionais. Um ponto chave para isso é manter o clima organizacional saudável, criando medidas para tornar as relações mais harmoniosas, por meio da integração entre as equipes, a diminuição do peso psicológico na obrigatoriedade de cumprir metas e no desenvolvimento das tarefas ao longo do processo.
De acordo com o estudo da Decoding Digital Talent, 93% dos colaboradores da América Latina desejam trocar de organização nos próximos dois a três anos e 64% já estão em busca de novos ares. Para 95% dos respondentes, o objetivo é atuar em casa pelo menos uma vez na semana, mostrando o quão valiosa é a qualidade de vida, visando contribuir com a manutenção do seu equilíbrio.
A busca por candidatos qualificados está cada vez mais acirrada. Isso leva as lideranças a repensarem a motivação de seus colegas, além de exigir um olhar atento aos movimentos do mercado, pensando em formas de alavancar a carreira, aprendizagem e autonomia. “Na minha visão, é legal começar pela seleção de talentos, avaliando assim as habilidades técnicas e competências de relacionamento interpessoal, além de estabelecer formas de reconhecer o bom desempenho do time”, afirma a diretora de gente & cultura na Softplan, Waleska Cunha.
Para ela, um gestor deve entender as demandas do seu grupo, investir em capacitação e criar fluxos para gerar maior satisfação. “Além disso, ter uma boa comunicação, dar autonomia e deixar o indivíduo se sentir importante e ter consciência do seu papel como parte do crescimento do negócio é imprescindível”.
Com essa nova relação, seja no virtual ou presencial, é necessário ter o diálogo humanizado, interagindo mais e procurando compreender o outro de forma empática, com o objetivo de melhorar e deixar o clima mais leve. “Essa atitude lhe trará resultados não somente na parte interna, mas também no relacionamento com o cliente. É essencial oferecer feedbacks contínuos, eliminar qualquer ruído na comunicação e promover pesquisas de satisfação”, finaliza Waleska.
Portanto, promova essa prática em seu empreendimento e construa vínculos positivos com todos ao seu redor. Dessa forma, o sucesso fica muito mais viável. Se deseja contar com estagiários e aprendizes para te ajudarem nessa missão, entre em contato com o Nube. Esperamos por você!