Essa discussão vem tomando cada vez mais espaço entre estudantes, estagiários e efetivos, pois afeta diretamente na qualidade de vida de todos. Afinal, o ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) é uma abordagem para avaliar até qual ponto as corporações estão trabalhando em prol de objetivos sociais. Além do seu próprio papel, gradativamente se espera mais responsabilidade por parte delas. Entretanto, essa iniciativa realmente veio para ficar? Ela impacta no dia a dia empresarial? Entenda mais sobre o assunto agora!
Entenda o conceito de ESG para ficar por dentro das tendências do mercado
O termo, traduzido para o português, significa "Governança ambiental, social e corporativa” e foi criado por um projeto ligado à ONU (Organização das Nações Unidas) em 2004. Segundo a plataforma Expert XP, globalmente, mais de 30 trilhões de dólares ativos sob gestão são gerenciados por fundos definidores das estratégias sustentáveis. Nos últimos anos, cada vez mais investidores estão colocando o conceito de “investidores responsáveis” como fator decisivo na alocação de recursos.
Consoante à Thiago Souza, head de marketing da Dootax, “estar de acordo com o ESG muitas vezes é algo visto pelo departamento financeiro como relevante, tendo em vista o fomento do mercado para disponibilizar incentivos. Porém, dentro do ‘G’ também há a transparência, algo no qual a área fiscal está totalmente envolvida”, comenta. Isso demonstra o quanto a prática é parte de um conjunto dentro de uma organização.
“As empresas estarem com o compliance em dia é fundamental para a reputação, assim como não ter certidões positivas de débitos. Dessa forma, elas estão implementando essas normas”, expõe Souza. Essas são algumas das maneiras de acrescentar tais ações nas estratégias corporativas. Afinal, esse interesse só tende a crescer.
De acordo com um levantamento do International Business Report (IBR), feito pela Grant Thornton em 29 países, para 89% dos entrevistados, a concepção é importante para as vendas. Ao falar de relacionamento com os clientes e fornecedores, 54% também acreditam em uma melhora após aderirem. Outros 53% afirmaram: hábitos ambientais, sociais e de governança abrem novas fontes de financiamento e taxas mais competitivas.
Por que se importar com o ESG?
1) O engajamento dos investidores e o comportamento dos consumidores estão levando as empresas a se reinventarem:
Segundo o Google Trends, em 2021, as pesquisas por esse tema atingiram seu nível mais alto em 16 anos. A procura foi quatro vezes maior se comparada com a média de 2020 e 13 vezes superior ao ciclo de 2019. Ou seja, os consumidores levam em conta se a marca realmente é adepta dessas resoluções antes de adquirirem algum produto.
2) A regulação força, cada vez mais, os tópicos ESG na agenda:
Um estudo realizado pela Ágora Investimentos concluiu: a adoção de uma agenda ESG traz diversos impactos positivos, como melhora na reputação, maior lucratividade e até uma melhora em seu valor comercial. Conforme os dados, as entidades preocupadas com essas questões tendem a se destacar em seus nichos, tendo em vista o consumo consciente como uma tendência universal. Além disso, constroem um bom relacionamento com o governo e a população, pois reconhecem seu papel como agentes transformadores, sem colocar o capital acima de tudo.
3) ESG tem gerado retorno acima do mercado nos últimos anos:
Segundo estimativa da Bloomberg, o ESG deve atrair 53 trilhões de dólares em investimentos até 2025, equivalente a um terço dos ativos. Em 2020, o montante mundial de alguma forma ligado à prática representou 38 trilhões.
Quanto à ascensão da pandemia, explicitar o papel dessa concepção se tornou difícil. Entretanto, de acordo com uma reportagem da Folha de S. Paulo, em setembro de 2020, Fiona Reynolds, a CEO da agência independente PRI, apoiada pela ONU, publicou um artigo no qual evidenciava o quanto a crise sanitária havia alimentado as chamadas do ESG de forma substancial. Portanto, é notável o quanto essa temática está em alta atualmente.
A incorporação do ESG nos investimentos: escuta consciente
Existem muitos proveitos em incorporar essas condições nas táticas das operações. Para a página Expert XP, é possível destacar três pontos: (1) existem diversas estratégias e elas não são excludentes, pelo contrário; (2) há uma série de provedores de dados ESG, utilizando diferentes metodologias; (3) identificar quais fatores são relevantes para cada setor não é uma tarefa simples, embora seja essencial.
Pensando nisso, Juliana Algodoal, PhD em análise do discurso em situação de trabalho e fundadora da empresa Linguagem Direta, elencou seis técnicas para desenvolver uma ação vital do ESG, a escuta consciente. Para ela, “ouvir com atenção é uma ferramenta muito útil para os discursos dos gestores e lideranças a atuarem de forma positiva em negociações”. Confira:
1) Autoconhecimento:
Antes de participar de uma reunião, é preciso reconhecer as suas forças e fraquezas no tema. “Isso faz o interlocutor ter o melhor aproveitamento do seu discurso”, comenta Juliana.
2) Ganha-ganha:
“Seguindo as diretrizes ESG, um negócio não pode ser benéfico para apenas uma ponta da cadeia. É preciso estar ciente: em uma negociação todos devem ceder para todos obterem ganhos”, explica a PhD.
3) Nem tudo é negociável:
É necessário ter domínio sobre o assunto da conversa e deixar claro os itens negociáveis para não assumir uma postura intransigente;
4) Expressões podem ajudar:
“Durante essa transação, é recomendado trocar as expressões ‘não, mas…’ por ‘sim, e…’. Dessa forma, o negociador estabelece uma comunicação flexível, podendo colaborar para o desfecho positivo”, recomenda Juliana.
5) Ganhar no grito não é uma opção:
“O debate de ideias sempre enriquece ao trazer valor. De forma alguma deve ser feito com agressividade ou com o objetivo de atingir ou atacar pessoas”, ressalta a linguista.
6) Discurso ESG X atuação ESG:
As falas do gestor devem estar alinhadas com as diretrizes da instituição, de dentro para fora e vice e versa. É imprescindível dar o exemplo.
Entre as vantagens geradas por esse método, Juliana cita uma bem relevante. “Essa habilidade também aproxima as empresas e seus líderes da criatividade, da diversidade. Quem pratica a escuta humanizada em negociações acolhe e mostra o quanto está de fato preocupado em ser ESG além do discurso”, conclui.
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