Com a crise sanitária, levar as operações para o virtual se tornou essencial para a continuidade das atividades. Foi-se o tempo no qual as companhias podiam simplesmente se manter fora desse universo. Agora, estudantes, estagiários, aprendizes e efetivos precisam atualizar suas competências para se adaptarem às demandas latentes de uma realidade cada vez mais globalizada. Nesse contexto, essas mudanças trouxeram muitos questionamentos, entre eles: quem não se digitalizar vai deixar de existir?
A digitalização é uma certeza entre as empresas de sucesso
Consoante a Antonio Wrobleski, engenheiro com MBA na NYU (New York University) e presidente do conselho de administração da Pathfind, “em ‘O futuro é mais rápido do que você pensa’, Peter Diamandis e Steven Kotler abordam a importância da convergência tecnológica e como ela está transformando a economia, as empresas e consequentemente as nossas vidas”, comenta.
A expectativa é uma conectividade ainda maior entre usuários e setores distintos. “Segundo as previsões dos autores, nos próximos dez anos, nós vamos presenciar mais inovações se comparada com as vistas no último século, graças à crescente interligação entre modernidade e serviços”, ressalta Wrobleski.
Segundo dados da Sondagem do Comércio, feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a pandemia acelerou esse processo e, para se ter uma ideia, no Brasil, as vendas on-line passaram a representar 21,2% do faturamento do comércio varejista em 2021, em comparação com 9,2% do mundo pré-pandêmico.
“Para Diamandis e Kotler, em cinco anos, a corporação não investidora do virtual tenderá a deixar de existir. Em outras palavras, é possível afirmar: a digitalização será uma questão de sobrevivência”, expõe o engenheiro. Ou seja, é melhor prestar atenção nesse ponto para não chegar nesse extremo.
Isso acontece por um motivo muito específico: as decisões precisam ser tomadas com base no maior número possível de dados e não há possibilidades de colhê-los sem o apoio das ferramentas da web. Essas métricas são quantificadas para apresentar insights mediante estratégias e planos de ação traçados visando crescer o negócio.
O consumidor tem se tornado mais exigente e antenado
Uma coisa é certa: a experiência de compra e, principalmente, a segurança e a comodidade ao fechar um contrato sem sair de casa vêm determinando como as coisas devem funcionar daqui para frente. Além do conforto e da confiabilidade, adaptar as metodologias para o ciberespaço promove redução de custos e facilita o controle da gestão, seja de mercadorias ou de colaboradores. Como a assinatura digital, por exemplo.
“O fato é: a transformação digital é um caminho sem volta. Considerando a tecnologia cada vez mais presente no nosso dia a dia, seja como transporte, varejo, educação, saúde, alimentação, setor imobiliário e entretenimento, por exemplo”, ressalta o MBA. Esses campos citados possuem a tendência de crescimento mediante ao investimento em metodologias mais atuais.
A grande vantagem dessa adequação é eliminar intermediários para dar mais poder ao utilizador, passando a ter total controle sobre suas decisões de compra. Já para as corporações, entregar rapidamente e com qualidade é indispensável para conquistar novos públicos. Com o domínio virtual, tudo isso fica mais fácil e prático.
Para Wrobleski, “encontrar e implementar soluções inteligentes com o objetivo de melhorar a experiência do consumidor final, portanto, são o caminho para as instituições continuarem no mercado. O futuro chegou mais rapidamente graças à Covid-19 e não há como retroceder. A mudança é progressiva e, por aqui, ainda temos um longo caminho a percorrer”, finaliza o presidente do conselho de administração da Pathfind.
4 tendências corporativas para ter mais segurança tecnologicamente
Nesse contexto, ao digitalizar procedimentos e, consequentemente, a operação por completo, toda organização precisa se precaver com alguns pontos sensíveis. Conforme o Panorama de Ameaças 2021 da Kaspersky, houve um aumento de 23% dos ciberataques no Brasil, apenas nos oito primeiros meses de 2021, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Ou seja, estar atento ao processo de adaptação também é essencial para ter sucesso ao tornar seus sistemas virtuais. Levando isso em consideração, Luciano Macaferri Rodrigues, diretor geral da Thales no Brasil, trouxe alguns tópicos e tendências para todo executivo ficar ligado diante desse movimento.
“Em 2022, as lições aprendidas nos últimos dois anos serão fundamentais para um caminho mais sustentável e seguro do ponto de vista virtual. A inovação e digitalização continuarão a ser motores-chave, considerando a chegada do 5G, os avanços de biometria, as carteiras digitais e práticas financeiras”, pontua Rodrigues.
Tendo isso em vista, confira os principais assuntos para este ano, segundo a área de Segurança de Identidade Digital da Thales.
1) Aumento da adoção de carteiras de identidade pelos cidadãos:
O roubo de identidade e a fraude financeira cresceram nos últimos anos. Os criminosos aproveitaram vulnerabilidades visualizadas durante o isolamento social para corromper informações e ativos pessoais. Hoje, existem recursos como carteiras de identidade digital para proporcionar aos cidadãos mais tranquilidade em relação aos seus dados e os ajudar a acessar serviços públicos com mais facilidade.
“Neste ano, veremos um rápido investimento nesses instrumentos, como carteiras de identidade, para melhorar as operações de governos em todo o mundo, a exemplo dos Estados Unidos”, evidencia Rodrigues.
2) Práticas sustentáveis em finanças:
Como nunca, os indivíduos estão exigindo das corporações iniciativas sustentáveis. No Brasil, grandes instituições financeiras já estão tomando medidas ambientalmente responsáveis, oferecendo empréstimos verdes, títulos de renda fixa para financiar projetos com impacto positivo ao meio ambiente.
“Também estão incentivando os consumidores a adotar extratos digitais e serviços bancários on-line, para ajudar a reduzir o uso de papel e atividades de transporte associadas”, afirma o diretor geral da Thales.
3) Transformação digital mais acelerada:
A transformação digital das indústrias, iniciada há alguns anos, foi significativamente acelerada pela Covid-19. Entretanto, continuará sendo o centro das atenções para muitas marcas neste ano. “Os sistemas eKYC e de inscrição são facilitadores críticos da experiência virtual. Combinadas com a rápida adoção de eSIMS e 5G, essas tecnologias continuarão a remodelar o ambiente operacional e criar uma série de novas possibilidades para as operadoras de telecomunicações”, comenta Rodrigues.
4) 2022 será o ano da autenticação multifator obrigatória:
Os empreendimentos lutam há muito tempo para implementar a autenticação multifator (MFA), equilibrando a proteção de informações com simplicidade de uso e conveniência para os colaboradores. “No entanto, em 2022, as grandes empresas do setor começaram a decidir tornar o MFA um requisito para acessar determinados serviços. Com ataques cibernéticos em ascensão, será necessário repensar seu relacionamento com a prática de segurança, especialmente em linha com o aumento do trabalho remoto e híbrido”, expõe Rodrigues.
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