Antigamente, os requisitos para conquistar uma vaga eram mais conhecimentos técnicos, mas, atualmente, as empresas procuram por soft skills. Afinal, a sociedade sofreu impactos na vida pessoal, social e profissional, com isso, as habilidades socioemocionais tornaram-se prioridade dos recrutadores. Então, se você procura uma oportunidade de estágio ou aprendizagem, fique atento.
O desenvolvimento
De acordo com levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), adolescentes de 15 anos se acham menos criativos, curiosos, persistentes e responsáveis em relação às crianças de dez anos. “A análise faz um alerta para a importância das aptidões socioemocionais desde a infância. Afinal, quando o jovem chega ao mercado de trabalho, ele é exigido para além das competências da área, sendo necessário o desenvolvimento de múltiplas atribuições”, afirma o diretor acadêmico do Centro Universitário Senac, Daniel Garcia Correa.
Segundo a professora de Administração da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), Letícia Moraes, tais maestrias são fundamentais hoje em dia, pois proporcionam o autoconhecimento. “Em tempos de incertezas, essas skills contribuem para definir e gerenciar as ações necessárias diante de acontecimentos cotidianos ou não para buscar respostas ágeis e efetivas, além de melhores soluções para resolução de problemas simples e complexos”, explica.
Nesse sentido, a docente elencou algumas características primordiais e um diferencial para carreira em 2022. Veja:
- Agir com responsabilidade e colaboração na busca de soluções para questões locais e globais;
- Pensar criticamente, questionando o por quê e a finalidade das coisas;
- Ter flexibilidade cognitiva para pensar sistemicamente, fora do padrão, adaptando-se a variadas situações;
- Trabalhar e gerenciar pessoas – seus pares ou não - e resolver conflitos, minimizando sua interferência na qualidade da comunicação interpessoal e na resolução de problemas;
- Manter-se atualizado sobre as questões mundiais, novas tecnologias e seu uso de forma ética e consciente;
- Ter respeito e solidariedade em todas as relações.
Para criar esse know how, conforme Letícia, o caminho é o incentivo aos trabalhos em equipe com projetos coletivos, corporativos e sociais. “Outro grande aliado é o entendimento de outros saberes, como atividades culturais e artísticas as quais estimulam a troca de experiências e de vivências, o diálogo e a comunicação assertiva”, complementa.
Candidatos, atentem-se!
Os candidatos devem estar atentos a esse novo cenário do mercado. “Além da escolaridade formal - como a graduação no ensino superior, cursos de atualização, bom desempenho profissional nas experiências corporativas - o mundo corporativo quer indivíduos atentos ao autoconhecimento e à prática dos autocuidados em relação à saúde física e mental, pessoas dispostas ao diálogo e cautelosas quanto à sua imagem e postura”, destaca a educadora.
Por fim, o perfil do profissional do futuro será ter capacidade de liderar e de liderar-se. “Ou seja, apto a assumir responsabilidades para além de suas funções, manter-se constantemente atualizado, pensar e agir sistemicamente, ter objetivos alinhados com os corporativos, assim como compartilhar e partilhar dos mesmos valores. Bem como ser proativo, aberto a mudanças e flexível para lidar com os desafios trazidos pela pandemia”, conclui Letícia.
Continue acompanhando nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diariamente e contamos com a participação de diferentes especialistas. Assim, você destaca a sua corporação em meio ao mundo empresarial. Conte com o Nube!