Algumas decisões da vida são muito difíceis e precisam ser tomadas com muito cuidado, ainda mais quando são sobre o futuro profissional. Para os jovens, decidir qual caminho seguir é um verdadeiro desafio e pode, inclusive, levar a complicações como a ansiedade, por exemplo. O estágio e a aprendizagem são ótimas maneiras de começar.
O que os jovens pensam nessa fase?
Segundo pesquisa do Nube com mais de 25 mil participantes, 41,30% dos iniciantes pretendem fazer algo para contribuir com a sociedade no futuro. Já, 20,15% busca receber um alto salário. Todavia, atuar em uma área prazerosa e ainda ter retorno financeiro, para muitos, pode parecer uma missão complicada, repleta de incertezas.
Além disso, outro levantamento também do Nube, com mais de 48 mil respondentes, revelou os aspectos mais almejados na carreira: 39,35% deseja ter sucesso e reconhecimento, 22,66% estabilidade laboral, 18,61% uma profissão capaz de ajudar as pessoas, 9,86% atuar em uma empresa socialmente responsável e 9,49% ter uma boa remuneração e benefícios.
Ademais a essas preocupações, a saúde mental dos jovens piorou no período de pandemia e para 34,22% deles, a concorrência aumentará muito e as exigências também no pós-Covid, conforme análise do Nube. Assim, de acordo com o documento publicado na revista científica Jama Pediatrics, da American Medical Association, os sintomas de depressão e ansiedade em crianças e adolescentes dobraram desde o surgimento do coronavírus.
Como diminuir a angústia
Para a diretora executiva do Instituto Ser +, especialista em capacitação de jovens em vulnerabilidade social, Wandreza Bayona, eles sempre estão ansiosos pelos próximos passos, afinal, é o futuro em jogo. “A urgência por algo concreto e se deparar com a realidade sobre o número de desempregados, por exemplo, causa insegurança, especialmente para quem se encontra em situação de vulnerabilidade social. Contudo, eles precisam compreender a capacidade de assumir o protagonismo da própria vida mesmo sendo novos”, explica
Segundo especialistas, é possível diminuir a angústia e a ansiedade causadas pela escolha da jornada nessa fase ainda tão repleta de incertezas. Entre as alternativas disponíveis, pedir ajuda é uma boa saída. Testes vocacionais, por exemplo, podem ajudar. “Outra alternativa válida é conversar com quem já atua nas áreas de interesse. Assim, consegue-se ter uma visão realista e não romantizada da atividade e do mercado”, afirma a coordenadora de pessoas e cultura da startup PhoneTrack, Karoline Hasse.
Mesmo com o medo e a indecisão ganhado força entre a nova geração desde 2020, para a coordenadora é possível minimizar essa tensão. “Eles podem amenizar esse sentimento pensando pelos próximos cinco ou dez anos. As pessoas mudam de interesse ao longo do tempo e pensar em um futuro a médio e longo prazo tira um pouco desse peso”,complementa.
Um bom primeiro passo pode ser uma análise do cenário, quais são as principais funções exercidas e quais são as universidades mais reconhecidas para essa atuação. Esse exercício é válido para qualquer segmento, seja de exatas, humanas ou biológicas.
Quando começar a estudar, procure se inserir no mundo corporativo logo cedo. Assim, compreende-se na prática se aquele assunto e operação te satisfazem. Um estágio é um aliado nesse sentido. Afinal, a modalidade não requer experiência prévia e ao mesmo tempo o indivíduo consegue alinhar estudos e trabalho, pois a carga horária é melhor em relação a uma posição CLT.
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Como você pensa em dar esse primeiro passo?
