Construir uma carreira exige dedicação e isso não quer dizer apenas trabalhar árduo diariamente. Tem a ver, diretamente, com desenvolvimento de habilidades para combater, principalmente, as adversidades e desafios de qualquer profissão. Continue lendo e entenda melhor sobre o assunto.
Os efeitos da sobrecarga
Isso não é uma tarefa fácil. Segundo levantamento realizado pela startup de pesquisas Pulse, os diretores executivos, por exemplo, estão se sentindo mais sobrecarregados, estressados e com dificuldade para equilibrar lazer e trabalho: 56,3% pontuaram a carga de laboral alta – no caso dos não gestores, esse nível despenca para 25,6%.
“Quanto mais se evolui na jornada executiva, maiores são as responsabilidades e demandas. Ou seja, as pressões não diminuirão, mas cabe a ele agir para um caminho equilibrado e menos atordoante”, explica o consultor em planejamento estratégico e governança corporativa, Uranio Bonoldi.
Segundo a psicanalista, doutora Andréa Ladislau, o acúmulo de responsabilidades, a competitividade, o excesso de pressões e cobranças comuns no mundo corporativo e os novos comportamentos desenvolvidos em relação a isso têm aumentado os casos de depressão e Síndrome de Burnout.
Nesse sentido, a doença do esgotamento, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), muito ligada ao labor, será um dos maiores motivos de afastamento no mundo e esse cenário gera um impacto na economia global de cerca de US$ 1 trilhão por ano.
“Essa realidade tem sido um dos desafios atuais da sociedade. Como aumentar o bem-estar e a qualidade de vida dos colaboradores, empreendedores e, consequentemente, a produtividade das empresas? Se faz urgente voltar o olhar para a definição do propósito de vida e da saúde mental em detrimento das inúmeras pressões sofridas pela velocidade do mundo e frente às inovações tecnológicas e adaptações sociais”, explica Andréa.
Como mudar esse cenário?
Uma parte fundamental dessa busca é saber quando descansar. Com as tecnologias atuais, acaba sendo cada vez mais difícil sair do trabalho – smartphones, tablets e notebooks deixam os executivos e, principalmente, o gestor em constante prontidão. “Por isso, é essencial delimitar um horário para se desligar, pode ser apenas quatro ou três horas. Período ideal para a higiene mental, para cuidar de si próprio e fazer algo sem relação com a rotina laboral”, comenta o especialista.
Além disso, repassar demandas para manter uma bouda a suavizar a pressão. “Delegar funções é imprescindível para a disposição intelectual, afinal, ninguém dá conta de tudo sozinho. Daí a importância também de treinar os colaboradores, incentivá-los e ter uma boa relação com a equipe para estar na sua retaguarda de maneira assertiva”, analisa o consultor.
Exercícios físicos regulares e sessões de conversa com os funcionários também ajudam a dissipar a sobrecarga. “Sobretudo, dar e receber feedbacks incentiva a participação na companhia e motiva os cooperadores, desafogando a correria do ‘cabeça’ no dia a dia”, finaliza Bonoldi.
“O mais importante é, desenvolver por meio da Inteligência Emocional (IE) o encontro com o seu próprio limite em um mundo onde somos testados a cada segundo, a controlar e manter a mente equilibrada, mediante hábitos menos estressantes”, diz a doutora.
Segundo ela, não dá para negar os impactos na vitalidade por conta de suas múltiplas tarefas nos tempos atuais, sejam eles famosos ou não. “No entanto, a linha tênue da IE está em compreender a diferença entre comprometer-se e se engajar corporativamente em relação a se encharcar de afazeres, se matar de trabalhar e no fim, gerar e desenvolver transtornos e neuroses psicológicas severas”, conclui Andréa.
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