Para ter sucesso em qualquer profissão, é necessário entender muito além dos conhecimentos técnicos da área, também é imprescindível o domínio de soft skills, reconhecidas como habilidades interpessoais. Quando o assunto é mulher no mercado de trabalho, ainda persistem algumas questões sociais. Por isso, elas precisam de bastante resiliência para lidar com problemáticas inerentes. Nesta matéria, vamos aprofundar no segmento tech, a fim de ilustrar esse cotidiano corporativo e suas exigências.
Soft skills na área tech
Conforme Mariel Reyes Milk, CEO da {reprograma}, startup social com o propósito de ensinar programação para mulheres em vulnerabilidade, as empresas, atualmente, estão em busca de quem se encaixa em sua cultura institucional, para interagir com o todo o time de maneira assertiva. Na área em destaque, ela elenca algumas competências indispensáveis para um desempenho de excelência, são elas:
- Capacidade de trabalhar em equipe:
Independentemente do cargo a qual foi designada, é fundamental conseguir compartilhar experiências com o seu time e entender o seu retorno. Dessa forma, alcançar o sucesso se torna muito mais palpável.
- Comunicação efetiva:
Para Bárbara Boechat, mestranda em otimização e inteligência computacional pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e data science analyst na multinacional Accenture, essa é a principal aptidão para o progresso de um projeto. “O processo de aprendizado de novas tecnologias é mais tranquilo quando se mantém um bom relacionamento com o time. Destaco esse movimento, porque essa área está em constante mudança e é extremamente importante captar o máximo de informações dos colegas.”
O procedimento é crucial. “Inclusive, por vezes, uma conversa de cinco minutos evita noites trabalhando, tentando desenvolver uma solução já pensada antes”, completa Bárbara. Ainda, há desenvolvedoras incumbidas de coordenar outros membros da equipe, por isso, é imprescindível ter uma comunicação eficaz.
- Problem solving:
“Pensamento crítico e obtenção de uma solução criativa para um problema relacionado a software é essencial”, afirma Mariel. Desse modo, defina a questão, determine sua origem, identifique, priorize e selecione as melhores alternativas possíveis para implementar uma saída.
- Paciência e perseverança:
Assim como Bárbara exemplificou, é raro um código funcionar na primeira tentativa. Logo, é primordial ter afinco nessa busca. “Muitas vezes, as programadoras precisam de várias tentativas para fazer um aplicativo ou uma página funcionar corretamente, sem erros”, salienta a CEO - Chief Executive Officer.
- Bom gerenciamento de tempo:
Não apenas nesse ramo, mas em todos, o gerenciamento de tempo é um diferencial. Entretanto, atuar sob pressão e ainda cumprir prazos é de grande relevância nesse nicho, tendo em vista a transformação rápida e rotineira das informações. “É uma área de grande urgência, demanda profissionais cada vez mais ágeis e eficientes em suas funções, principalmente em momentos como a pandemia, pois trazem um peso ainda maior para o mundo digital”, explica a mestranda.
Benefícios de ter essas habilidades bem desenvolvidas
Quando bem entendidas e executadas, essas aptidões resultam em pontos positivos tanto para a corporação, quanto para a especialista em questão. Atuar em time promove a colaboração, resolve problemas de maneira criativa e permite criar novos produtos e serviços inovadores, com um mix de contribuições de todos.
Já a capacidade de administrar as horas acarreta em uma sabedoria para lidar com a tensão e o estresse, ocasionando menores chances de frustração quando algo não opera como esperado. Isso impacta diretamente na força de persistência, atributo de quem continua tentando e aprendendo com os próprios erros.
Para alcançar tais feitos, o treinamento dos colaboradores é impreterível para melhorar a dinâmica interna, bem como a otimização do expediente e a conexão de ideias em diferentes setores da instituição. Por isso, é vital um investimento no desenvolvimento dessas maestrias, para uma melhor prática das operações.
Como as soft skills impactam na liderança
De acordo com Bárbara, “infelizmente a presença de mulheres, de forma geral, é pequena na área. Consequentemente, em cargos de liderança também”. Nos últimos cinco anos, essa participação cresceu 60%, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Todavia, ainda assim, elas representam apenas 20% dos de quem com tecnologia na liderança, em todo o Brasil. Logo, chegamos a esse escalão cientes da minoria feminina. Por isso, é essencial ter habilidades bem desenvolvidas para evitar situações hostis entre a equipe.
Na instituição onde a graduada em ciência da computação atua, há um procedimento para igualar essa disparidade. “Até 2025, a meta é sermos 50% mulheres e 50% homens, no quadro de funcionários”, destaca Bárbara. É fundamental estimular políticas internas como essa, de modo a tornar o ambiente laboral gradualmente equiparável. Onde não acontecerão mais circunstâncias como “assédio ou descredibilidade baseada no gênero”, como algo normalizado.
Por fim, o Nube entende essa luta e promove discussões acerca do tema, de modo a não silenciar a atual situação da profissão e da sociedade. Acompanhe nosso blog e fique por dentro de dicas de carreira, hábitos corporativos com opiniões de especialistas e diversos outros assuntos para enriquecer seu repertório. Conte conosco em prol de carreiras igualitárias!