O Brasil está passando por um momento de grande transformação social, mas ainda existe um grande caminho até o fim da desigualdade. A luta torna-se maior e a cada dia novas pessoas assumem papéis de extrema importância em posições de liderança em suas comunidades impactando diretamente a sociedade. Inclusive, em cargos corporativos. Ou seja, um passo muito importante também para o mercado.
O cenário atual
Segundo a consultoria em diversidade Ethos, existem apenas 4,7% de pessoas negras em cargos de chefia nas 500 empresas brasileiras pesquisadas. Além disso, muitas companhias não possuem políticas para impulsionar a presença de mulheres em posições de gestão. “Um dos meus superiores chegou a elogiar meu currículo, mas disse não me promover, porque eu era mulher”, diz a publicitária, pós-graduada em Marketing e em Relações Internacionais, Ana Fontes.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), só 20% dos trabalhadores brasileiros de TI são do sexo feminino. Já segundo o levantamento da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom), apenas 30% dos colaboradores são negros, pardos e indígenas.
Felizmente, algumas instituições do setor têm buscado alternativas para combater as desigualdades. A startup Feedz, por exemplo, possui uma política de inclusão e diversidade bastante atuante. Conforme a head de People & Cultura, Camila Bonetti, o time passa por uma imersão para o ambiente estar preparado para quem vai chegar. “Atualmente, temos 31% de funcionários negros, 60% de mulheres e 30% LGBTQIA+ e buscamos aumentar ainda mais esses números até 2022”, explica.
Em conformidade com a pesquisa global da Diversity Matters, cooperadores de companhias diversas relatam níveis muito mais altos de inovação e colaboração. Eles têm chances 152% maiores de propor novas ideias e tentar outras formas de fazer. Para o Boston Consulting Group, 19% a mais de receita é gerada por equipes de gestão diversificadas devido à capacidade de inovação.
Diversidade constrói um ambiente mais feliz
Ainda, organizações com políticas sólidas de inclusão têm 50% menos chances de conflitos internos. Além disso, o desempenho da equipe é 50% maior, conforme estudo da Hay Group. O head de Tecnologia da Feedz, Emerson Silva, queria um grupo múltiplo. “Em toda minha experiência no mercado de tecnologia os times eram majoritariamente compostos por homens brancos. Geralmente, nesses casos, é cada um por si, mas com uma galera diversa, todos se ajudam, compartilham experiências e o resultado disso é uma qualidade muito maior, um ambiente rico e um conhecimento frugal”, finaliza.
Outras personalidades preferem tornar-se protagonistas de suas próprias histórias e promovem a pluralidade como um dever legítimo a ser cumprido. A psicóloga Maitê Lourenço, por exemplo, criou em 2016 o BlackRocks, um laboratório de inovação comprometido com a aceleração de negócios e pessoas e com desenvolvimento de gestão.
O projeto ganhou notoriedade, impactando a vida de centenas de empreendedores. “Durante e depois da nossa atuação, encontramos vários profissionais extremamente criativos e com muita competência. Estão cada vez mais criando estratégias de atuação no ecossistema e tornando-se compradores e fornecedores da rede”, conta a empreendedora.
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