O cenário da empregabilidade no Brasil está desafiador. Enquanto se recuperava da instabilidade política e econômica, iniciada em 2014, a nação tomou outro impacto com a pandemia global do coronavírus. Para entender se isso se reflete nos processos seletivos destinados à juventude, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa e perguntou: “como você avalia as exigências das empresas para contratação?”.
Mundo profissional complexo
Para cerca de 44% (ou 10.543) dos entrevistados, “depende: algumas pedem corretamente, outras exageram”. Para a gerente de treinamentos do Nube, Yolanda Brandão, com a velocidade das mudanças no mundo, aceleradas pela tecnologia, o mundo profissional está ficando mais complexo e isso pode fazer o jovem perceber o aumento nas exigências. “Por isso, o estágio e aprendizagem são excelentes alternativas para quem está em início de carreira, pois essas modalidades não exigem experiência prévia e habilitam esse indivíduos para os desafios do mercado”.
Outros 16,7% (4.017) acham o nível de requisitos muito grande e esse fator os prejudicam de conquistar uma colocação. Yolanda elencou dicas para quem se vê nessa situação:
Tenha uma rotina. Estabeleça um horário para buscar diariamente oportunidades. Atualize seu currículo no site do Nube e se inscreva para as vagas com o seu perfil.
Faça um cadastro no LinkedIn. Além de se conectar com vários contatos, você pode seguir empresas onde você gostaria de atuar e ver quais posições estão abertas.
Crie uma estratégia de autodesenvolvimento. No nosso portal, identifique quais as habilidades e conhecimentos são solicitados pelas companhias. Quais dessas capacidades você ainda não tem? Como pode desenvolvê-las?
Se capacitar é fundamental
Para 15,2% (3.643), o problema maior está na falta de qualificação das pessoas, não nos empreendimentos. “Quanto mais participar de processos seletivos, mais experiência você terá. Por isso é importante se inscrever para as chances para atuar como estagiário ou jovem aprendiz. Também temos cursos on-line e gratuitos capazes de ajudar: ‘Falar em público: encare esse desafio’, ‘Como elaborar seu currículo’ e ‘Gestão de Carreira’”, sugere.
Outros 12,9% (3.103) acham a cobrança justa, mas não atingem as determinações solicitadas. Para esses, Yolanda destaca a importância de avaliar o desempenho nos recrutamentos já concorridos para entender as razões de aprovação ou reprovação. “Pondere também quais conhecimentos e skills ainda são necessários a se aprimorar e busque experiências responsáveis por ajudá-lo”.
Por fim, segundo 11,2% (2.677) dos respondentes, o nível demandado poderia ser menor, pois isso facilitaria a aprovação. Contudo, a coordenadora defende a necessidade de se preparar. “Além de ser aprovado em um processo seletivo, a capacitação é fundamental para a carreira. O autodesenvolvimento e o aprendizado ao longo da vida é imprescindível para a vida profissional, mas também para outras esferas e, a curto prazo, aumenta as chances de conseguir uma vaga”, conclui.
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